20. Entenda como meu cérebro funciona

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Draco se afastou de Hermione e se levantou, puxando-a do sofá e praticamente a carregando para a cama. Ela se sentia fraca. Duvidava que pudesse fazer aquilo sozinha. E ele sabia disso. Ele sempre sabia coisas sobre ela, mas ela nunca tinha certeza de como.

Quando chegaram à cama, ele a pressionou de bruços no colchão. Ela estava de topless, mas ainda vestia sua saia, calcinha, meias e sapatos. Sapatos Mary Jane práticos, nada sexy, sem saltos.

Sentiu quando ele tirou seus sapatos.

Não tinha certeza se as instruções para não se mover ainda estavam em vigor. Ela continuou imóvel, de qualquer forma.

Na verdade, era bom não estar no controle.

Esse era um sentimento que Hermione nunca se imaginara tendo.

Quando perdera o controle por causa de seus instintos Ômega, parecia-lhe cruelmente vulnerável. Horrível. Um pesadelo absoluto de traição; ter sua mente e corpo simplesmente a abandonando por qualquer Alfa que desejasse controlá-la.

No passado, quando transou com Draco, ela apenas se resignou a ceder a seus instintos. Sentiu-se forçada a desistir de seu senso de controle e odiou isso.

Manter o controle era uma necessidade para ela. Não era algo que pudesse desistir com segurança. Hermione não sabia como era não estar no controle. Ela passou sete anos mantendo Harry e Rony vivos, não-expulsos e sendo aprovados em todas as matérias de Hogwarts, pois estava no controle.

Não estar voluntariamente no controle parecia um conceito tão estranho quanto falhar intencionalmente em seus N.I.E.M.s.

Consequências muito ruins, capazes de alterar vidas e potencialmente mortais poderiam resultar caso ela não estivesse no controle. Ela poderia não ter tido uma bolsa de contas contendo a capa de invisibilidade de Harry, livros, roupas, dinheiro, Essência de Ditamno e todo um conjunto de equipamentos de acampamento.

Não estar no controle era ter Anthony Goldstein empurrando sua mente para algum lugar onde ela não alcançava para que ele pudesse fazer o que quisesse com ela.

Simplesmente pensar em perder seu senso de controle fazia o peito de Hermione se apertar e ter dificuldade de respirar.

Mas quando Draco lhe disse "fique quieta" e então ela decidiu ficar quieta, parecia diferente. Tinha sido uma escolha.

Ela confiava em Draco. Sabia que ele não a machucaria. Sendo assim, escolher deixá-lo estar no controle porque ela queria, em vez de por puro desespero, era um alívio intenso.

Alfas gostavam de estar no controle. Eles precisavam disso. Precisavam ser necessários e terem alguém para cuidar. Mesmo sem uma Ômega, os Alfas tendiam a gostar de um conjunto muito específico de preferências no quarto. Hermione não tinha certeza se algum dia estaria interessada em permitir que alguém a amarrasse e lhe batesse. No entanto, permitir que Draco lhe dissesse para ficar quieta, a carregasse e a colocasse na cama; e confiar nele simplesmente porque decidiu confiar...

Era agradável. Como se houvesse um nó de ansiedade no fundo de sua mente que de repente se fora pela primeira vez em sua vida inteira.

Ela sentiu a mão de Draco deslizar por sua perna.

Gemeu fracamente.

— Levante os quadris para mim — disse ele. Sua voz estava rouca e seus dedos acariciaram seus ossos do quadril enquanto ele a guiava do jeito que a queria.

Hermione se mexeu até que suas costas estivessem arqueadas, seus joelhos bem abertos.

Ele gostava daquela posição. Malfoy transava com ela quase todas as noites. Mas Hermione geralmente estava perdida em uma névoa de hormônios. Ela nunca se sentira particularmente coerente quando isso acontecia. A sensação dele dentro dela era intensamente satisfatória. Mas quando ela assumiu a pose, ocorreu-lhe pela primeira vez que estava muito exposta e embaraçosamente indecente.

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