Juliana Martins, mulher criada dentro dos padrões conservadores, obediente à pai e mãe, sempre foi ensinada a ser a mulher perfeita para casar. Sua mãe, ainda que dentro dos padrões impostos pela sociedade, conseguiu deixar um rastro de empoderament...
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Dia da viagem, Diego chegou alguns dias antes para auxiliar Juliana com a mala que estava claramente tendo com dificuldades. Finalmente chegam à Veneza, Juliana fica completamente embasbacada com a vista.
Por ser Veneza, era um sonho dela conhecer tal cidade, e por ver neve pela primeira vez na vida.
Diego a contempla enquanto ela admira o local através do vidro do carro que os leva até o hotel selecionado pelo Diego e seu mais novo amigo e agente de viagem., Robert.
Assim que se instalam, Ju liga para os filhos por video e mostra a neve, eles ficam animados falando que também querem conhecer a neve, como está de noite eles se deitam para dormir, o voo foi extremamente cansativo.
Há alguns metros dali, uma nova amizade para Ju estava aniversariando...
O dia amanhecera frio novamente. Veneza nessa época do ano era congelante e se olhasse pela janela poderia notar o vidro embaçado, o que fazia Liz se lembrar de sua infância. Sentada no sofá com um porta retrato em mãos, ela encarava o vidro se lembrando de como se divertia fazendo desenhos e em como não podia errar, pois, não havia como apagar.
Para Liz, ter essas lembranças era um pouco estranho, mas estava se tornando um hábito em todos seus aniversários. Hoje ela completava vinte anos e o terceiro aniversário sem seu pai. Lembrara que essa data sempre fora de grandes expectativas, pois finalmente ela teria a independência que sempre quis.
Contudo, enquanto observava a neve cair lá fora, seu único desejo era voltar no tempo e se sentar na frente da lareira com seu pai, completamente dependente dele.
Os olhos de Liz se desviaram da janela assim que ela ouviu a campainha tocar. Não era sempre que recebia visitas, ainda mais depois da morte de Lucy. Levantando, ela colocou suas pantufas e fechou o casaco mais rente ao seu corpo.
A única pessoa que a visitaria nesse dia, só podia ser.
— Robert? — Ela indagou assim que abriu a porta e deu de cara com o homem sorridente parado de frente para ela.
— Feliz aniversário! — Ele desejou, sorrindo enquanto tirava detrás de si um buquê de rosas brancas e uma caixa vermelha, grande o bastante para abrigar uma almofada, aparentemente.
Um sorriso se formou no rosto de Liz. Rapidamente ela segurou o buquê e levou até seu rosto aspirando o máximo que podia do cheiro da flor que ela mais amava.
— Entre, você congelará aí fora!
Robert se apressou, sacudindo sua jaqueta coberta de neve. Liz rodopiou pela sala com seu buquê enquanto parecia dançar sobre suas pantufas pelo chão de madeira. Robert assistia com um sorriso largo no rosto a felicidade de sua namorada, pois sabia serem raras as vezes em que ela sorria genuinamente.
Levando a grande caixa, ele depositou sobre o balcão da cozinha e abriu revelando um bolo de aniversário simples, mas com o dizeres de felicitações escritos à mão, por ele mesmo, com sabor de chocolate ao leite.
