Capítulo nove

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Chiclete

O dia de ontem foi bem bagunçado, Vivi sentiu mal o dia inteiro, na janta ela só não vomitou pois repetimos a mesma sopa do almoço, mas ela estava com um sono acumulado, não sei da onde veio tanto sono.

Acordei, e fui lá embaixo na cozinha e pedi pra levarem café na cama da Vivi, e fui conferir a limpeza da piscina, que deveria ter sido arrumada ontem.

Cheguei lá e já tinha um dos nossos funcionários que já estavam limpando, e eu fui ajudar, a piscina não estava tão suja, limpamos ela semanalmente, mas aprendi que tem alguns cuidados que não podem faltar.

Depois de um tempo, uma funcionária vem me chamar avisando que o médico já chegou. Desço praticamente correndo, ele estava na recepção, fui avisado que a Vivi já tinha comido e estava me esperando, antes de deixar o médico entrar, eu vejo se ela está bem vestida e assim o deixo entrar, ele está com uma pasta em mãos, eu sento ao lado da Vivi, que está asustada e com medo, seguro sua mãozinha.

- Está tudo bem com ela? - já pergunto o que estava agarrado na garganta.

- Bom... não é nada ruim, nem grave.

- Como assim,

- Bom, não sei se vocês esperavam por isso, mas eu acho uma notícia boa.

- O que está acontecendo? - Vivi aperta minha mão.

- Então, você está esperando um bebê, você está grávida.

GRÁVIDA ? meu Deus, eu não sei nem como reagir, sinto uma alegria dentro de mim, ter um filho da mulher da minha vida.

- Eu já tinha uma desconfiança quando você me falou seus sintomas, mas eu precisava ter certeza pra poder informa a vocês dois.

- Grávida? Eu tô grávida?

- Grávida? - A ficha parece não cair, nos abraçamos fortemente ainda emocionados, Vivi chora copiosamente e eu a aperto ainda mais, soltamos o abraço e demos um selinho demorado.

- Sim, você está esperando um bebê. Procurem um médico pra acompanhar o bebê de vocês marcarem todos os exames... Bom, Agora eu preciso ir. - levo ele até a porta, eu fecho a porta olho pra Vivi e ela está de pé com os olhos cheios de lágrimas.

Vou andando até ela, ela me vê e corre se jogando no meu colo.

- A gente vai ter um bebê! A GENTE VAI TER UM BEBÊ! - Ela grita.

- A gente vai ter um bebê, um bebê nosso. - ela sorri e me beija, retribuo seu beijo, sinto suas lágrimas caindo se juntando em nosso beijo, a agarro com ainda mais força e não consigo conter a emoção. Levo ela até a cama e me sento com ela em meu colo.

- Eu estou tão feliz, tão feliz, eu sonhei tanto com esse momento, a gente formando uma família, nossa família.

- Meu Deus, a ficha ainda não caiu - digo rindo- eu te amo tanto, tanto, tanto. - dou beijos em seu rosto.

- Eu também te amo, a cada dia que passa eu me sinto ainda mais apaixonada por você.

- E eu por você, eu te amo - encostamos nossas testas e ficamos alguns minutos apenas se olhando, ele esfrega seu nariz no meu e me beija, um beijo sincronizado, lento e gostoso, com sabor de felicidade, acaricio seu rosto enquanto nos beijamos, terminamos com selinhos demorados.

- Precisamos contar pros meus pais, e pra sua família, eles vão ficar tão felizes.

- Como pretende contar isso?

- O que você acha de chamarmos todo mundo aqui pro hotel, e a gente conta a noticia?  Aí a gente faz a surpresa e conta.

- Perfeito, meu bem. Eles vão ficar muito felizes.

- Ahhhhhhhh, a gente vai ter um filho. - ela me empurra pra trás sorrindo igual uma criança feliz por ganhar o brinquedo de natal.

- Nosso filho, nosso sangue, do nosso amor. - coloco a mão em sua barriga ainda sem volume,ela volta a chorar e eu limpo suas lágrimas. - pelo visto vamos ter uma chorona aqui em casa. - digo e ela cai na risada.

- Bobo. São os hormônios. - puxo ela pra um beijo e fomos comemorar mais uma conquista do nosso jeito, nos dois, juntos, nus e uma cama.

*****

No dia seguinte, acordo e ela está nua deitada sobre meu peito, seus cabelos bagunçados e seu rosto sereno, respirando calmamente ela dorme, agora carrega um filho nosso, não consigo parar de olhá-la, e agora ela parece ainda mais linda pra mim. Coloco uma mão em seu rosto e acaricio, ela se mexe e abre os olhinhos devagar se acostumando com a claridade.

- Bom dia, mamãe. - ela me olha e sorri, seus olhos brilham com a palavrinha nova.

- Bom dia, Papai! - sinto uma emoção dentro de mim, acho que vai ser assim toda vez que escutar.

- Dormiu bem?

- Muito bem, sem enjoos essa noite... - ela me da um selinho enquanto acaricia meu peito- Amor, vamos ligar logo pra nossa família?

Ela diz bem animada, é muito bom ver ela feliz desse jeito.

- Vamos.

Ela pega o celular ao lado ligando para seus pais, pedindo pra eles virem semana que vem já.

- Pronto - Ela diz após um tempo no telefone- Mamãe queria saber o que era de tão importante mas não quis falar, vai ser surpresa.

Mais tarde a gente tomou café da manhã juntos a mesa, fomos passear a tarde e marcamos uma consulta ainda essa semana com o médico para acompanhar nosso bebê. Pelo que pesquisamos era um bom médico e o mais perto.

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