Capitulo Dez

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VIVI

Estamos aqui sentados na clínica, esperando nossa primeira consulta, vamos ver como está nosso bebê, e estamos tão ansiosos pra saber como ele está, se está saudável.

Somos chamados para entrar, a clínica é grande e muito bem elaborada.

- Olá Papais, o caso de vocês já foi passado pra mim pelo Doutor Marcos, vou fazer algumas perguntas e ver como está o bebê de vocês, tudo bem?

- Sim - dissemos juntos.

Me deito na maca com ajuda do Chiclete, ele vem andado assim, achando que sou de vidro.

Chiclete segura minha mão, eu estou bem ansiosa e nervosa, ela coloca o gel gelado em minha barriga e põe o aparelho sobre minha barriga, e começa a olhar para o computador.

Ela gira a tela e mostra

- Aqui está o bebê de vocês, é tão pequeno que não da pra ver direito.

Lágrimas descem pelo meu rosto, estou tão emocionada, meu coração parece que vai explodir de felicidade.

- E o sexo do bebê? - Chiclete pergunta.

- Ainda é cedo pra ver, ainda vai demorar um pouquinho, mas o que tenho pra falar é que sua gravidez é saudável, está tudo bem com você e com o bebê, o segredo é evitar estresse e esforço demais.

Ficamos um tempinho conversando sobre cuidados e tirando dúvidas, e a do chiclete foi se poderíamos ter relação durante esse tempo, meu rosto ficou vermelho de vergonha, mas ela liberou e falou que não tem problemas.

*********

A semana passou correndo e hoje nossa família estão aqui, meus pais, Zé Hélio, e minha vó. Eles estão sentados na sala muito ansiosos e tentando entender o que eu e Chiclete estamos aprontando.

- Filha, por que esse suspense todo?

- Calma, eu e o Chiclete temos uma notícia muito boa pra vocês, vocês vão gostar, pelo menos eu acho.

- Então falem logo - Papai pede.

- É...bom... como eu vou falar isso?

Olho pra Chiclete pedindo ajuda e ele sorri de canto, ele abre a boca pra falar mas mamãe interrompe

- Falem logo de uma vez.

- Tá, vamos meu bem.

- Eu e o Chiclete, nós estamos.... - Ele passa sua mão pela minha cintura me ajudando - A gente vai ter um bebê, estamos grávidos. - Digo dando pulinhos e depois acariciando minha barriga

Eles abriram a boca, mamãe começou a chorar, minha avó abriu a boca, e meu pai começou a rir.

- Meu Deus, minha filha, você tá grávida - ela vem e me abraça e eu não consigo segurar caindo ao choro junto com ela, Papai e chiclete se abraçam, abraçamos todos que de uma forma estavam bastante emocionado.

- Já sabem o sexo? - vovó pergunta.

- Ainda não, ainda é recente, mas não temos preferência, né amor?

- Não, o que vier vai ser bem vindo.  - ele me abraça e chega perto me dando um selinho.

- Fruto do nosso amor. - abraço mais forte.

- Como descobriram?  Quando? - vovó quer os detalhes.

Chiclete se senta e eu sento do seu lado

- Semana passada, eu estava tendo muitos enjoos, tontura e colocava tudo pra fora. Chiclete tadinho...- faço carinho em sua barba e rindo do desespero dele - Ficou todo preocupado, pensei que ele ia ficar doido.

Mamãe sorri pra ele grata e admirada pelo cuidado dele comigo, o que não é uma novidade pra ela.

- Mas os enjoos melhoraram, pelo menos por agora, mas tá tudo bem, comigo e com nosso bebezinho.  - Chiclete coloca a mão na minha barriga ainda sem volume.

- Não é melhor vocês voltarem? Cuidar do bebê com cuidado, médicos mais perto, e ainda vai ter eu e sua avó ainda mais perto pra cuidar de você.

- Mãe, seria bom, mas a gente é tão feliz aqui. E aqui é tão calmo, um lugar que eu gostaria de ter meu bebê. Eu amo esse lugar, me acostumei com a vida aqui.

- Vamos fazer assim, Beatriz, quando Vivi estiver perto de ter o bebê, você vem e fica com ela uma temporada aqui na ilha, e quando estiver perto do parto, eles e você ficam hospedado em um hotel próximo do hospital.

- Boa ideia, vai ser ótimo ter minha mãezinha por perto nesse tempo.

- Eu topo então, vou amar cuidar de você meu amor, de você e do meu netinho... - ela olha pra minha barriga- quem diria, eu que no começo impliquei com esse relacionamento, olha onde vocês chegaram, casados e com um bebe. E o amor de vocês que é lindo, obrigada Chiclete por cuidar da minha filha com todo amor.

- Como não cuidar? Vivi foi o presente mais bonito que ganhei. - Não aguento e beijo seu rosto.

- Realmente, o Chiclete é muito apaixonado por você. - minha avó fala.

- Lindo. - ele beija meu olho e testa.

- Mas você que nos juntou, Dona Beatriz, quando tudo aconteceu, e eu sou grato por isso.

- Foi mesmo, até meu remédio ela usou pra fazer aquela mulher lá dormi. - diz tirando ridadas.

- Você fez isso? - Papai pergunta rindo.

- Beatriz, eu não imaginava. - Zé Hélio diz achando engraçado.

- Fiz, mas imagina, eu sabia que minha filha não estava feliz, tive que fazer algo.

Ficamos um bom tempo conversando, é tão bom ver minha família junta, conversando, ver a forma como eles e Chiclete se respeitam, e gostam da companhia um do outro, fico um tempo só observando todos eles ainda emocionada por esse momento, Chiclete percebe meu silêncio.

- Tudo bem? - ele da um beijo no meu rosto e pergunta pra ninguém perceber.

- Sim, só estou emocionada de ver todo mundo que eu amo junto. - Ele sorri olhando pra mim e limpa uma lágrima solitária que desce.

- Linda, parece uma criança feliz. - ele beija aonde a lágrima desceu. - Te amo.

- Te amo.

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