Nadie mas que tu

Capítulo 30

Macarena's pov

- Macarena sai daqui - Minha mãe diz autoritária

- Mãe... - Zulema impede que eu continue  fazendo um sutil sinal negativo com a cabeça, ela ainda está ajoelhada entre minhas pernas

- Deixa que eu resolvo - Ela diz baixinho e eu concordo, me visto e saio do quarto deixando a porta entre aberta, mas Encarna bate com força, me impedindo de ter acesso visual do local. O quarto permanece silencioso por alguns instantes

- Encarna eu... - Zulema é silenciada com um tapa estalado que acredito ter sido desferido em seu rosto

- Eu cedi minha casa e você aproveitou minha ausência e se aproveitou da minha filha, você acha ético uma mulher de quarenta e poucos anos se relacionando com uma adolescente? Eu quero você fora da vida da minha filha e fora da minha casa agora! - Minha mãe abre a porta de repente dando de cara comigo, ela me empurra para trás e deixa Zulema passar, a árabe sequer olha para mim

Encarna abre a porta e fecha assim que Zahir sai, fico observando tudo do corredor de casa, minha mãe esfrega os dedos na têmpora e suspira, ela caminha em minha direção a passos lentos

- Mac... - Ela começa a falar mas eu corro para a porta assim que escuto o elevador chegar, a mais velha não tem tempo de me impedir, abro a porta a tempo de entrar no elevador e aperto o botão para ele fechar

- Por que você fez isso? - Zulema pergunta um pouco brava

- Para onde você vai? Você não tem roupas, documentos, ou dinheiro - Começo a me enrolar nas palavras, o choro começa a subir na minha garganta e já não consigo mais dizer algo com coerência, Zulema me puxa para um abraço e deposita um beijo no topo de minha cabeça

- Não se preocupe comigo cariño, eu sei me cuidar, vou para casa de Saray, tente não deixar sua mãe mais furiosa para não piorar as coisas

- Mas... - Zulema me silencia com um beijo

- Apenas a obedeça - Ela diz assim que nossos lábios se desgrudam - Te quiero Rubi, nunca te olvides de esto - Ela diz e sai do elevador assim que aporta se abre, a observo até a porta se fechar, deixo as lágrimas escorrer por meu rosto, só consigo sentir ódio, por que tudo nessa merda dessa minha vida tem que dar errado? A porta do elevador se abre e eu me deparo com uma Encarna furiosa me encarando

- Eu vou descer e quando eu voltar vou ter uma conversa séria com você - Não contesto, apenas saio do elevador dando passagem para ela entrar, noto que em sua mão ela segura uma sacola de papel, não sei o que tem dentro, acredito que os pertences mais necessários de Zulema

Entro em casa e me sento no sofá, não consigo parar de pensar em como Zulema deve estar, o que elas estão conversando? O que minha árabe fará agora? Tenho medo do que Encarna pode fazer em relação a  ela de agora em diante

- Macarena - Minha mãe diz assim que entra em casa me fazendo dar atenção a ela - Agora aquela mulher nunca mais irá entrar nessa casa, já deixei Castillo avisado

- "Essa mulher" é sua amiga - Digo sem paciência para tamanha infantilidade

- Ela era minha amiga, uma amiga de verdade jamais faria o que ela fez, ela se aproveitou de sua inocência

- Que inocência? Eu já tenho 18 anos, e foi eu quem comecei a dar em cima dela - Elevo um pouco o tom 

- Não importa, você é uma adolescente e ela uma adulta, o que ela deveria ter feito é ter te afastado - A mulher suspira e caminha em minha direção, ela se senta se frente para mim e segura minha mão - Você não era assim cariño - Ela diz calma