Capítulo dois: Desespero.
⚠️ — TW// Violência gráfica.
Tola. As ações a traíram antes de sua racionalidade.
Caiu sobre os calcanhares dando alguns passos para longe.
Tinha feito de novo, o que jurou dolorosamente não fazer.
O peso de seus pecados a alvejando como flechas flamejantes, afligindo uma dor indescritível em seu coração. Jurou que podia ver suas ancestrais julgando-a, e riu amargamente com isso.
"Está tudo bem, eu posso curá-la." Nem mesmo acreditava nisso, parecia egoísta imaginar que uma magia tão pura pudesse vir de alguém indigna como si própria.
Santas. O título parecia irônico diante de uma mulher tão lamentável. Nunca poderia se nomear uma. Estava condenada a ser uma experiência medíocre e sem valor, uma maga de apoio que de nada servia. Afinal, Dante estava correto em suas palavras. Ela era inútil. Uma escrava de suas fraquezas, inseguranças e passados que não eram seus.
Engatinhou para perto da outra mulher, sem ter forças para se levantar. Vivian se afastou, assustada. Não havia mais sinais de sua antiga coragem.
- Não me toque, meretriz! - disse ela, conforme suas costas se chocaram com a parede contrária do corredor.
Callidora pensou em retrucar, mas apenas bufou e avançou ainda mais. De alguma forma desfaria esse erro, ainda era uma maga nascida na família Gagnon - embora fosse um fardo depois de todos esses anos. E se não funcionasse, bem, provaria que ela era uma farsa total.
Não hesitou em tocar o cabo da adaga, mesmo sob os protestos e arranhões que recebeu da bruxa de Diamond.
- Ouça. Posso curá-la agora ou você morrerá lentamente devido à perda de sangue. - Callidora disse exasperada, olhando nos olhos da outra mulher com uma determinação latente. - Não pense que Dante será complacente.
Sorriu irônica, uma mão puxando a adaga de onde estava cuidadosamente alojada. Seus olhos se fecharam em agonia com o grito de dor que a outra emitiu. Largou o objeto no chão, tentando ignorar a quantidade de sangue que escorria do ferimento agora.
A de olhos de rubi parecia tonta, entorpecida pela dor, embora pudessem ser pelo medo, tanto que não conseguiu resistir por muito mais.
Gagnon buscou concentração enquanto seu grimório flutuava ao lado de seu ombro, virando inúmeras páginas de uma vez. Tocou a ferida com a ponta dos dedos, manchando-os de vermelho carmesim, sua magia demorando para agir como deveria. Os experimentos de Moris tendo algum efeito no desequilíbrio de seu mana, ao menos.
O brilho dourado desceu por seus braços, quente como raios de sol em uma tarde de verão, até a ponta dos dedos antes de começar a fechar a ferida por fora, reparando o dano por dentro.
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House of Cards - Zenon Zogratis x Oc.
FanfictionVocê não precisa continuar sujando suas mãos de sangue. Era o que Victor havia dito, mas eu estava em Helheim pela segunda vez, após cometer um ato atroz que não só custaria minha alma, mas a do jovem Zogratis também. Talvez houvessem realmente boa...