Capítulo 02

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Senti meu celular tocar e o peguei vendo o número de papai no identificador.

-Papai?

Grego: Querida,bom dia. Será que poderia vir no galpão?

Ouvi umas vozes no fundo e gritos de dor. Logo identifiquei o que estava acontecendo e abri um sorriso ladino.

-Será uma honra papai.

-O que ela está fazendo aqui?

Ouvi alguém perguntar assim que passei pelas portas do galpão. Levantei o olhar vendo alguns dos aliados de meu pai que estavam na festa. Mas um deles,que eu me lembre não estava na festa,me deixando desconfiada.

Caminhei até meu pai,que estava com as mãos e a camisa sujas de sangue.

-Ela é herdeira da minha máfia,nada mais justo ela estar aqui.

-Ela não vai nem aguentar vê o torturando.

Olhei na direção do homem o vendo rir,como se tivesse falado a piada mais engraçada do mundo. Sabia que por ser mulher,iria ouvir muitos comentários machistas. Mas eu estava preparada para passar por cima de todos que tentassem me impedir.

-Não é porque sou mulher que isso irá interferir na minha conduta,talvez eu seja melhor que todos vocês juntos.

Caminhei até a mesa onde tinha alguns instrumentos de tortura. Analisei todos os instrumentos e peguei uma faca bem afiada.

-Você? Você não passa de uma vadia que devia estar no seu lugar e não aqui.

Virei no mesmo instante lançando a faca que estava em minha mão em sua direção, acertando sua garganta e o fazendo se desequilibrar e cair e em poucos segundos se engasgar com o seu sangue.

-O próximo que que dúvidar de mim só por eu ser mulher,terá o mesmo destino que ele.

Disse firme olhando pra todos que estavam supresos e em choque olhando para o corpo morto do rapaz. Parei meu olhar no homem que não lembrava de o ter visto na festa,o mesmo me encarava profundamente,sustentei seu olhar até lembrar do que vim fazer aqui. Me virei e peguei outra faca e caminhei até o homem sentado na cadeira olhando em choque pro corpo do rapaz.

Ri baixinho,daqui a pouco ele estaria no mesmo lugar que ele.

-Então,vai precisar que faça algo ou vai abrir a boca?

Arquiei uma sombracelha me aproximando do homem que rapidamente começou a dizer tudo que precisávamos saber.

Com poucas palavras conseguir fazer o que todos esses homens juntos não conseguiram. Mas só por eu ser mulher,eles acham que não sou capaz de nada. Isso é hipócrita,quantas mulheres hoje em dia fazem mais coisas que os homens,quantas mulheres são independes,que não precisam deles pra nada. Mas perante aos rótulos da sociedade sempre seremos as frágeis,que dependem deles.

Peguei um pano limpando o sangue que estava em minha mão e papai se aproximou.

-Mandou bem querida.

Papai sorria orgulhoso,sorri em agradecimento e coloquei o pano em cima da mesa e encarei papai.

-O carregamento chega hoje,vou passar na casa pra dá uma olhadinha.

Disse baixo para que terceiros não ouvissem nossa conversa. Eles podiam até ser aliados de meu pai,mas não sabemos como são as pessoas perto de dinheiro,aqui é confiando com um olho aberto e outro fechado.

-Quer que eu vá junto?

-Não precisa,vá descansar.

Pisquei pro mesmo e caminhei em direção a porta. O corpo do rapaz nem estava ali mais,e pela falta de um dos aliados de meu pai ele provavelmente era pai do rapaz,mais uma dor de cabeça,com certeza ele iria querer vingança e eu estaria o esperando.

Encarei mais uma vez o homem tatuado o mesmo me encarava da mesma forma penetrante de antes.

Saí do galpão vendo Alex escorado no capô do seu carro.

-Uau,mandou bem aquela hora.

Parei olhando pra Alex que me encarava com um sorriso ladino. Me aproximei do mesmo calmamente e murmurei para que apenas ele escutasse.

-Em que momento lhe dei liberdade para conversar comigo?

O mesmo me olhou surpreso,claramente ele não esperava uma resposta dessas. Mas como disse,é confiando com um olho aberto e outro fechado. E Alex não me passava nem um pouco de confiança,mas talvez seja apenas coisa da minha cabeça. Ultimamente não venho tendo boas noites de sono e isso talvez esteja me afetando.

-Desculpa eu...

-Acompanhe meu pai,irei fazer algo que não precisarei de ti.

Não o dei tempo de terminar de falar,eu estava farta de palavras,pra mim mais vale uma ação do que qualquer palavra.Coloquei meus óculos escuros e entrei em meu carro o ligando e saindo dali em seguida.

Depois de meia hora na estrada cheguei na casa onde iria chegar o carregamento. A casa era uma casa comum como qualquer outra,mas nessa casa passava todos os carregamentos da máfia.Um dia após a chegada das cargas eu as levava para a sede da máfia e como a segurança da casa era feita por tecnologia,para todos os seguranças os carregamentos ficavam aqui,e isso evitava o roubo de nossos produtos.

Desci do carro e entrei na casa que era bem simples,entrei em um corredor e abrir uma porta descendo pro porão onde estavam colocando a carga. Aqui era bem espaçoso,tinha várias salas onde eram colocadas as cargas em cada uma delas,para não levantar suspeitas dos seguranças. Os vi colocando as armas na sala que estava "desocupada". Me aproximei vendo só armas pesadas.

Peguei uma AK-47 e mirei na parede ouvindo o som da bala se chocando contra a parede e fazendo um buraco. Abri um sorriso ladino,mais um bebê pra minha coleção.

-Pronto chefe.

Ouvi um dos seguranças dizer e me virei acenando para mesmo.

-Pode se retirar.

Logo ele saiu acompanhado com os outros e fiquei por ali o resto da tarde conferindo as armas,uma mais potente que a outra. No finalzinho da tarde sair daquela casa e fui para um barzinho no centro da cidade.

Entrei no bar sendo recebida pelo cheiro do álcool,observei alguns adolescentes no local bebendo e fumando. Neguei com a cabeça e caminhei até o balcão observando bem o local que tinha mudado bastante des da última vez que vim aqui.

-Meu Deus.

Ouvi o tilindar de algo se chocando com o chão e se quebrando,me virei na direção do som vendo quem esperava ver por aqui.

...
Continue...🌺

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