Capítulo 04

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Desci do carro enfurecida,Loan tinha batido em meu carro de propósito. Mas nem fazendo isso ele ganhou,babaca.

—Seu imbecil.

Gritei enfurecida enquanto a multidão ia à loucura. Meu carro tinha amaçado a parte traseira,droga mais um problema.

—Se for por conta do concerto do carro,eu pago.

Loan disse fazendo pouco caso e me virei caminhando em sua direção.

—Então é assim que ganha todas as corridas? Bate nós carros dos seus adversários e depois vêm com papinho que vai pagar pra se passar de bonzinho? Pode até ser,mas comigo essa não cola.

Loan se aproximou deixando pouco espaço entre nós,sentia sua respiração pesada na minha. Encarei seus olhos profundamente,vendo a raiva dançar neles. Loan colou nossos corpos e aproximou sua boca no meu ouvido.

—Posso te mostrar o que faço com minhas adversárias.

O mesmo sussurrou e se afastou com um sorriso malicioso em seus lábios.

—E eu posso te mostrar o que faço com meus inimigos.

Sorri maliciosa e ele deixou um sorriso surpreso escapar. Ficamos nos encarando por um tempo,até que ouvimos sons de sirenes e a multidão correndo desesperada. 

—Merda.

Sussurrei vendo as pessoas correndo pra lá e pra cá,a polícia tava vindo e ninguém queria ser preso.

—Vem comigo.

Senti Loan puxar meu braço e correr até seu carro.

—Não vou com você.

Disse irritada quando o mesmo soltou meu braço e abriu a porta do carro.

—Então fica aí Medusa,as polícias irão te prender e nunca mais irá sair da cadeia.

Fechei a cara e me virei pra sair quando ouvir sua voz.

—Até chegar em seu carro para sair daqui você irá presa,entra nesse carro e vamos dá um fora daqui.

Me virei e olhei em seus olhos,que praticamente me imploravam para entrar no carro. Me virei e caminhei até o carro ao ouvir o som das sirenes mais perto,realmente se tivesse tentado ir até meu carro,provavelmente agora estaria sendo algemada.

Loan acelerou o carro saindo dali. Loan entrou na primeira rua vazia que viu facilitando nossa fulga. Depois um tempo no carro Loan parou em frente a uma casa,em uma rua deserta.

—O que estamos fazendo aqui?

—Minha casa.

Olhei pra ele séria e ele abriu um sorriso ladino.

—Fica tranquila medusinha,não farei nada que você não queira.

Finalizou com um sorriso malicioso. 

—Babaca.

Rolei os olhos e desci do carro.

—Aonde você vai?

Loan perguntou saindo do carro,não o respondi e continuei caminhando na direção que tínhamos vindo. Quando cheguei na esquina uma viatura apareceu,meu corpo paralisou e quando ia sacar minha arma,senti mãos grossas na minha cintura me virando e em seguida lábios se encostando nos meus. Mordi os lábios de Loan e ele gemeu de dor se afastando.

—Você é louco?

—Louca é você,tá querendo ser presa? Fiz isso pra não chamar atenção dos policias.

Olhei pra rua e a vi deserta,droga.

—Foda-se você não tinha esse direito.

Esbravejei irritada.

—Ok Medusa,desculpa. Agora vamos para minha casa se não quiser ser presa.

Fiquei um tempo olhando pra ele pesando se vou ou não. Suspirei frustrada ao perceber que tinha apenas uma opção,não quero ser presa.

—Se encostar um dedo em mim eu te mato.

Disse passando por ele e indo em direção a sua casa. Loan soltou uma gargalhada e se aproximou com um sorriso debochado.

—Só encostarei em você,se você pedir.

Piscou e passou seu braço pelo meu pescoço,dei uma cotovelada em sua barriga e ele gemeu de dor.

—É agressiva assim também na hora do sexo? 

Olhei seria pra Loan que tava com um sorriso brincalhão no rosto. Ignorei Loan e caminhei até a porta da sua casa e escorando nela e o esperando abrir.

—Sinta-se em casa Medusinha.

—Não me chama assim novamente.

Disse irritada,o mesmo parecia se divertir com minha raiva.

—Tá bom,medusinha.

Tirei minha faca e mandei em sua direção que desviou gargalhando.

—Não foi dessa vez medusinha.

—Idiota.

                                              †

Estava na varanda da casa olhando as estrelas,eu não curtia muito as estrelas,mas elas me lembravam alguém. Alguém que amava intensamente as estrelas,que as achavam o fenômeno mais lindo da natureza. Alguém que no final virou o que mais amava.

Ouvi sons de passos e logo Loan apareceu do meu lado.

—O que faz sozinha aqui?

—Nada que seja da sua conta.

Murmurei me levantando e passando por ele,mas o mesmo interrompeu meus passos segurando meu braço.

—É sempre grossa com os outros Medusa?

Loan perguntou aproximando seu corpo do meu.

—É sempre mesquinho Loan?

Perguntei debochada e o mesmo apertou meu braço colando sua boca em meu ouvido.

—Não sou mesquinho,apenas desfruto das boas vontades que a vida me proporciona.

Rio sarcástica e o mesmo olha em meus olhos com um ponto de interrogação na testa.

—E quais são as boas vontades que a vida lhe proporciona?

O mesmo sorri ladino e cola nossos corpos.

—Essa é uma delas.

Fiquei sem entender,mas entendi quando Loan colou seus lábios nos meus. Tentei o empurrar mas o mesmo aprofundou o beijo e me deixei levar por meros segundos. Queria o deixar com o gostinho que conseguiu,e quando o sentir sorrir vitorioso dei uma joelhada no meio das suas pernas. O mesmo se afastou gemendo de dor e colocando as mãos no seu pênis por cima da calça.

—Eu disse que se encostasse em mim eu te matava,mas só não te mato porque me livrou de ser presa. Mas na próxima eu não perdoou. 

—Sua vadia.

Loan disse com dificuldade e gargalhei.

—É como dizem,quem rir por último rir melhor.

Mandei um beijo no ar para o mesmo e subi as escadas para o segundo andar rindo.

Fui abrindo as portas do corredor até encontrar a de um quarto vazio. Entrei no mesmo e olhei em volta,até que Loan tinha bom gosto,a decoração era linda. Me aproximei da janela do quarto e no mesmo momento uma viatura passou na rua. Loan morava perto da pista onde faziam as corridas,por isso a polícia sempre passava nessa rua.

Espero que amanhã eu possa ir embora,não aguento mais a presença de Loan.

Continue...🌺

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