Sempre á Espera
Sentada em minha cadeira de balanço
Lembro dos dias felizes.
Vividos em um tempo,
Que a muito se passou.
Personagens daquela vida,muitos foram esquecidos por tantos que já os amou,
e que hoje vivem suas vidas como se nunca os tivessem encontrado.
Pego a caneta,
Com mãos trêmulas,
E já sem forças.
Tentando por no papel,
Tudo de que consigo me lembrar.
Imagens vem e vão,Numa mente sofrida
Pelo tempo.
Escrevo tudo de que consigo me lembrar.Para que pelo menos no papel,
continuem vivas.
O esquecimento é Doloroso,não ser lembrado é como se nunca tivéssemos vivido
e nem importado.
Também fui esquecida,Largada por aqueles
Que sempre amei,
Sozinha hoje me encontro,
Já que útil mais não sou.
Mais não deixo de ama-los,pois o amor não se apaga assim.
Gostaria de esquecê-los,assim a mágoa não me machucaria tanto.
Ainda espero Uma visita receber,Não peço muita coisa, apenas alguns minutos
E quem sabe um abraço.
Mais minha esperaNunca se acaba, e ninguém nunca aparece,
espero aguentar até alguém se lembrar.
Tenho medo de dormir,e um anjo vir me buscar
Mais cansada estou agora,
Não consigo mais continuar.
E quando minhas lembrançasNo papel se encontrarem,
Me deitarei para dormir.
E logo o anjo chegaráE me levará para o meu descanso
do qual não vou despertar.
Espero que pelo menos um adeusEles venham me dar.
Deita ali, já sem vida,mesmo assim sentirei se suas lágrimas
molharem meu rosto
cheios de culpa e pesar.
Mais nem mesmo assim,vieram e nem uma flor sequer
eu ganhei,
que mal fiz a eles,
que pecado eu cometi?
Que nem depois de morta
o seu pesar mereci.
Talvez os amei demais,sem nada mais pedir.
Errei, por colocá-los em primeiro lugarE de mim me esquecer...
Sozinha e sempre a esperano fim da vida
me encontrei.
Se tivesse outra chance,faria tudo de novo
Porque ser mãe é o que sei
E sempre os amarei
Mesmo estando sempre à espera.