𝑷𝒂𝒕𝒊𝒆𝒏𝒄𝒆 𝒐𝒏 𝒂 𝑴𝒐𝒏𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕 [Tradução]

[Capítulo 22]

*~ Junho de 2021 ~*~

Harry beliscou a ponta do nariz e respirou fundo algumas vezes, fazendo o possível para evitar a dor de cabeça que estava se instalando atrás de seus olhos. Fazia 14 anos desde que ele foi amaldiçoado e em grande parte estava adormecido dentro dele, mas qualquer tipo de emoção negativa resultaria em algum tipo de dor. Esses dias isso geralmente significava apenas uma leve dor de cabeça ou uma dor na parte inferior das costas e nas pernas, mas tinha sido um caminho difícil para chegar onde Harry sentia que estava no controle.

Levou um tempo para ele aceitar que teria que coexistir com a dor, que nunca estaria realmente livre dela, mas aprendera a lidar com ela. Levou vários anos com um curandeiro mental e alguns olhares duros e dolorosos para si mesmo, mas ele estava mais saudável e feliz do que nunca e pretendia continuar assim.

Ele ainda via seu curador mental uma vez por semana e mantinha um diário, que o ajudava a organizar seus pensamentos e sentimentos. Ele definiria as coisas que precisava dizer e a melhor forma de dizê-las, além de catalogar as coisas que encontrara e como reagira a elas. Ele ainda achava difícil se comunicar e havia momentos em que as palavras não saíam, quando ele simplesmente não conseguia se tornar vulnerável para dizer o que realmente queria, mas estava tentando e isso, no que lhe dizia respeito, era o principal. .

Ele sentiu dedos gentis passarem por seu cabelo e olhou para cima para ver Draco sentado ao lado dele no banco de pedra, um sorriso gentil e familiar em seu rosto. "Reunião ruim?" ele perguntou, continuando a acariciar o cabelo de Harry suavemente.

"Eles são idiotas," Harry disse com uma bufada. "Estou tentando aprovar essa legislação há meses, mas eles estão brigando comigo a cada passo. É enfurecedor."

"Eles vão ouvir eventualmente, amor," Draco disse, seus dedos acalmando a tensão de Harry. "Você é um especialista de renome mundial em magia negra, eles têm que ouvir."

"Você acha que sim, não é? No entanto, aqui estamos, seis meses depois, e estou pensando em cometer um assassinato."

Ele se inclinou para o toque de Draco e fechou os olhos, deixando as ações gentis do homem afastarem lentamente sua dor de cabeça. Eles eram mais próximos do que a maioria dos amigos e Harry guardava essa proximidade com ciúmes. Ele confidenciou a Draco anos atrás que os anos que passou tão faminto por toques, tanto quando criança quanto adulto, tiveram um impacto profundo nele e ele perguntou, não que precisasse, se Draco o ajudaria. ele se aclimatar ao toque que não era nada mais do que platônico.

Draco aceitou o desafio, naturalmente tátil como era, e ensinou a Harry lições gentis sobre o que significava ser íntimo de alguém quando não havia nada romântico ou sexual envolvido. Seus toques ajudaram a afugentar a dor nos dias em que Harry não conseguia controlar seus sentimentos negativos e ajudaram Harry a se sentir ancorado em um mundo que às vezes o confundia e perturbava.

"Você está se sentindo bem?" Draco perguntou e Harry abriu os olhos para dar ao homem um sorriso irônico.

"Estou bem", assegurou-lhe. "Uma manhã trancada discutindo com aqueles bastardos sempre me dá dor de cabeça, maldição ou nenhuma maldição."

"Bom, devemos ir então ou corremos o risco de chegar atrasados."

Harry olhou para o relógio quando Draco tirou a mão e disse, "Droga, eu não percebi a hora. Ainda bem que você estava aqui."

"Não é sempre?"

"Sua reunião foi mais bem sucedida do que a minha?" Harry perguntou enquanto eles caminhavam pelo jardim do Ministério e voltavam para o átrio.

"Certamente foi," Draco respondeu com um sorriso felino. "Nev e eu somos agora os fornecedores oficiais do Ministério para todas as necessidades de Herbologia."