1972, Clarisse já se encontrava com seus treze anos, e Liam com seus quinze. Estavam mais unidos do que nunca, pareciam irmãos... bem, no ponto de vista da menina, já no dele...
A garota estava sentada no chão, em um cantinho, lendo um livro que havia achado por ali.Liam, estava em seu quarto, ficava andando de um lado para o outro, frustrado. Ele queria tanto que o sentimento que ele sentia pela amiga fosse recíproco. Mas, sabia que não poderia simplesmente forçá-la a sentir algo a mais. Muller, havia criado uma certa obsessão doentia pela Clifford, mas nunca deixando claro aos olhos dela.
Souberam que naquele mesmo dia, um novo garoto entraria naquela casa. Alguns até se animaram, diferente de outros... Clarisse queria receber bem o novo hóspede, deixar uma boa impressão. Então, se apressou em pegar seus materiais de desenho, e começar um novo. Mas, para, assim que começa a passar o lápis pela folha, ela precisaria vê-lo pessoalmente.
Ao receberem o chamado, que o garoto havia finalmente chegado, todos descem correndo, e ficam de pé, em frente aos sofás, observando o menino entrar com uma mala em sua mão.
E foi ali, que finalmente/infelizmente, conheceram Charles Lee Ray, um garoto de quatorze anos, apenas um ano mais velho que Clarisse.
Todos se apresentam formalmente, até chegar na vez da única garota adolescente que morava ali.— Prazer em conhecê-lo, Charles. Me chamo Clarisse Clifford, espero que sejamos bons amigos. — A menina sorria docemente para o garoto de cabelos meio encaracolados. Ao mesmo tempo que o Lee Ray estava confuso, sobre o porquê de ter uma menina ali, em sua cabeça já se encontrava vários planos para o futuro com a garota.
— Muito prazer, Clarisse. Acho que seremos bons amigos. — O rapaz, diz apertando a mão da menina delicadamente, em seguida, levando até seus lábios, e deixando um beijo nas costas da mão quente da garota, ganhando um sorriso fofo da parte da mesma.
Liam, por outro lado, já não tinha ido com a cara de Charles, e o queria matar ali mesmo, por estar tocando em Clarisse. Ou, como ele dizia, sua Clarisse.
Os garotos da casa, levam Charles para o seu quarto, enquanto a única menina, corria para buscar seus materiais de desenho. Observava o Lee Ray de longe, que estava lendo um livro desconhecido por ela. Olhava para cada detalhe do novo possível amigo, o desenhando, como um presente de boas-vindas.
Charles sabia que estava sendo observado pela mesma. Mas, preferiu fingir que não fazia ideia, para ver no que iria dar. O rapaz, já havia percebido que a menina era inocente, e também já sabia, que iria mudar aquilo.
— O que você está fazendo? — Ao escutar a voz de Liam, Clarisse pula assustada, colocando a mão em seu peito.— Nada... bom, estou fazendo um desenho para o novo morador. Acha que ele vai gostar? — A bela jovem, vira seu desenho para Liam, que se abaixa ao lado da mesma, e franze seu cenho ao observar o desenho.
— Clarisse... você sabe que eu amo os seus desenhos. Mas... esse não está muito bom. Os traços todos tortos, a pintura borrada... acho que ele não vai gostar. Ou, ele pode fingir, só para não te magoar. — As palavras de Liam, foram como facadas no coração da jovem, que abaixa seu olhar triste. Todos os dias se esforçava para conseguir melhorar os seus desenhos.
— Mas... eu me esforcei nesse desenho... talvez, eu não tenha me esforçado o bastante. — Clarisse começa a guardar seus materiais, enquanto Liam se levantava com um sorriso discreto em seus lábios, vendo que a menina não entregaria o desenho para o Lee Ray.
— Vou preparar um lanche para a gente. Eu já volto. — Clarisse concorda com a cabeça e se levanta, olhando para o desenho em suas mãos novamente. Suspira, e começa a ir em direção ao seu quarto, para guardar seus materiais de pintura.
— Você desenha? — A menina congela em seu lugar, ao ouvir a voz do novato.Se vira lentamente, e olha para o mesmo, que ainda não tirava seus olhos de seu livro. Clarisse olha para os seus materiais, e esconde o seu novo desenho atrás de suas costas.
— Eu tento... mas, nem são tão bons. — A mesma dá de ombros, e se vira para voltar a andar. Mas, novamente é interrompida por Charles.— Adoraria ver os seus desenhos. Se importa? Tenho certeza que são bons. — Finalmente, Charles deixa o livro de lado, e olha para a garota, que estava hesitante. Em passos lentos, se senta ao lado do garoto, e pega sua pasta, entregando para o mesmo.
— "Nem são tão bons", esses desenhos são ótimos. Você desenha muito bem, Clarisse. Quem quer que seja que colocou na sua cabeça, que não são bons, tenho certeza que a pessoa tem problema. — O sorriso que todos adoravam, estava de volta aos lábios de Clarisse, que olhava animada para Charles, que observava atentamente os desenho feitos pela menina.
— E esse que você está escondendo atrás de você? — Automaticamente, Clarisse arregala seus olhos, e aperta o desenho em sua mão.
— Não deu muito certo... errei os traços, a pintura, eu errei tudo nele. — As palavras de Liam estava de volta na cabeça da mesma, e logo se levanta para jogar o desenho fora na lixeira mais próxima.
Charles a puxa pelo braço delicadamente, a sentando de volta no sofá, e se aproxima da mesma, pegando o desenho de sua mão. Lee Ray olha para o desenho, e sorri de lado ao ver seu rosto ali.
— Era para ser um desenho de boas-vindas para você... mas, Liam me disse que o desenho não estava muito bom, e que talvez você odiaria. — Clarisse diz, ansiosa, brincando com suas próprias mãos.
— Então, o seu amigo está errado... eu realmente adorei o desenho. Posso ficar com ele? — Charles aponta para o desenho, olhando fixamente para a garota ao seu lado, com um sorriso em seus lábios. Mas, em sua mente se passava apenas uma coisa... como se livraria de Liam?
— Você realmente quer isso? Bom, se você gostou... bem-vindo. — Clarisse sorri pequeno, olhando para o desenho nas mãos de Charles.
— Clarisse, fiz os nossos lanch- — Liam, para de falar, ao encontrar sua amiga, e o novato juntos, sorrindo um para o outro.
Palavras: 1053
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ɪɴɴᴏᴄᴇɴᴛ ᴀssᴀssɪɴ 𝟤 | 𝑪𝒉𝒂𝒓𝒍𝒆𝒔 𝑳𝒆𝒆 𝑹𝒂𝒚
Ficción General- Charles, ao botar seus olhos na menina carismática, já sentia que teria um futuro com a mesma, tentaria a transformar em uma assassina, como você. Clarisse, por outro lado, ao ver o Lee Ray pela primeira vez, sentia que seriam bons amigos. - Livro...