𝟎𝟓 | 𝐂𝐮́𝐦𝐩𝐥𝐢𝐜𝐞

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Uma tempestade caía do lado de fora do lar para meninos, o vento forte fazia com que os galhos de algumas das poucas árvores que rodeava o orfanato batessem nas janelas, dando um ar de filme de terror

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Uma tempestade caía do lado de fora do lar para meninos, o vento forte fazia com que os galhos de algumas das poucas árvores que rodeava o orfanato batessem nas janelas, dando um ar de filme de terror.

Clarisse estava sentada em sua cama, o quarto escuro, sendo clareado apenas com uma luz de um poste que ficava ao lado da janela de seu quarto. A garota observava a chuva entrar em contato com o vidro, descendo até o parapeito.

A menina já vestia sua camisola branca de mangas cumpridas e sua pantufa, com as pernas encolhidas. Quando o vidro embaçava, ela levava seu dedo indicador até ele, fazendo desenhos aleatórios e simples.

Sol, coração, rostinho feliz, estrela...

Quando o despertador da garota marca exatas quatro da manhã, ela se deita, se cobrindo até o pescoço. Mesmo sabendo que aqueles barulhos eram apenas galhos se chocando com a sua janela, aquilo a assustava. Até porquê, depois de um filme de terror tudo fica assustador, até mesmo a sua própria sombra.

Ela fecha seus olhos, quase sendo dominada pelo sono, se não fosse pela maçaneta de sua porta girando. A Clifford arregala seus olhos, levando a coberta até seu nariz, deixando apenas seus mirantes para fora.

O ranger da porta era sinistro, junto com os trovões e relâmpagos que dava do lado de fora. Alguém entra no quarto.

Em passos lentos a pessoa se aproxima da cama da garota, que já se encontrava com os seus olhos fechados, apenas esperando pelo pior. Mas, a pessoa apenas se senta na cama, chacoalhando de leve a pequena Clifford, que reconhece Liam quando um relâmpago clareia o seu cômodo confortável.

— Liam? O que está fazendo aqui a essa hora? — A menina questiona, se sentando no colchão não tão confortável de sua cama.

— Vamos aprontar com os meninos? Estão todos dormindo. — O Muller sorri travesso, segurando na mão da garota que lhe causa sentimentos estranhos.

— Isso é errado, Liam! Se descobrirem, seremos punidos e castigados. — Clarisse dita, voltando a se deitar, mas não se cobre porque o garoto a levanta, a puxando para fora da cama. Clifford resmunga incomodada, apenas aceitando ele a levar.

— Se descobrirem, eu levo a culpa pelos dois. — Muller sorri, antes de puxar a garota que calçava as pantufas para fora do quarto que era apenas dela.

O garoto mais velho puxa a menina até o porão, tudo em passos e ações que não causavam muitos barulhos. Ao estarem em frente ao cômodo escuro que tanto assustava Clarisse, eles descem as escadas, com Liam a guiando.

Sem enxergar nada, a Clifford vai tentando achar a cordinha que acenderia uma única lâmpada. Ao sentir a fina corda em sua mão, ela suspira aliviada, a puxando para baixo com um click e, finalmente, agora, ela estava conseguindo observar tudo a sua volta com um pouco mais de clareza. O Muller pegava dois baldes e preparava a sua travessura, com Clarisse fazendo apenas o pouco que ele pedia, ou mandava.

ɪɴɴᴏᴄᴇɴᴛ ᴀssᴀssɪɴ 𝟤 | 𝑪𝒉𝒂𝒓𝒍𝒆𝒔 𝑳𝒆𝒆 𝑹𝒂𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora