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Pov: S/n S/s

— Por quanto tempo vai ficar me evitando? Só pra mim saber.– Pergunto cruzando os braços e ele solta o ar pela boca com raiva e desvia o olhar para a porta.

— Poxa... Estamos juntos a 2 anos, e você acha que em um deslize vai me ignorar e tudo vai ficar bem? Bom saber que aos quase 27 anos você ainda acha que tudo se resolve sozinho.– Digo e ele levanta o olhar sobre mim.

— Eu falei pra Julia não te deixar entrar! Será que ela não consegue seguir uma ordem?!– Ele fala raivoso e pega o telefone de mesa.

— A sua forma de agir é ridícula. Ela não me deixou entra, eu que quase a obriguei.– Ao terminar ele me encara por segundos e se levanta com as mãos na mesa.

— Então você pode, por favor, se retirar?!– O encaro de cima abaixo.

— Deixe-me pensar... não.– Resmungo irritada.

— Até quando vai agir como uma criança?– Digo o fazendo trincar o maxilar.

— Até quando vai desrespeitar meu espaço?– Ele retruca e da um soco na mesa.

— Sua forma de lidar com as coisas continua ridícula.– Resmungo brava.

— Sério que você veio até aqui para me xingar?!– Ele pergunta incrédulo.

— Não, Joshua! Eu tô aqui pra resolver essa merda toda!– Ele morde os lábios em raiva.

— Uau, você está indo muito bem, acredite.– Ele debocha.

— Eu não consigo acreditar que a gente realmente tá discutindo por isso, quando a única coisa que eu queria era que entendesse meu lado!– Ele leva as mãos aos cabelos os pondo para trás.

— Ah, eu tenho que entender o seu lado? E quando ao meu?– Ele aponta para si mesmo.

— Josh, eu não tô diminuindo nenhum lado, eu só acho que não deveria ter me ignorado quando os dois estão quebrados...– Murmuro em baixo tom. Ele respira fundo.

— Eu só queria que, sei lá... você tivesse vindo até mim e conversado. Eu tô tentando, okay? Eu tô tentando... como acha que me sentir quando vi Tommy morto?– Ele engole em seco. Dou alguns passos a frente e vou até ele, toco seu peitoral.

— Será que você pode parar e entender o meu lado também? Só por 5 minutos...– Murmuro, ele passa a língua nos lábios e coloca as mãos na cintura.

— Me desculpa...– Peço, mesmo sabendo que a maior parte de tudo aquilo, não fosse minha culpa. Ele suspira em desistência e me puxa contra seu corpo.

— Me desculpa, eu sou um idiota.– Eu tinha vontade de dizer; "sim, eu sei." mas apenas me calei e aproveitei o momento.

Seu cheiro forte era incrível, e me fazia sentir saudade dos velhos tempos. Sua mão desfilava em minha cintura o que era gostoso de sentir, em quanto à outra permanecia enterrada no meu cabelo. Saiu do abraço e o encaro, sem perder tempo ele me beija. No fim, acho que era sempre preciso ter as nossas desavenças pra que a gente prestigiasse esses momentos.

— Vamos fazer uma promeça?– Perguntei ao desfazer o beijo.

— Ó quê a gente vai prometer um para o outro?– Ele pergunta com um pequeno e quase invisível sorriso no rosto.

— Que a gente vai se amar, até quando a gente se odiar.– Digo, ele sorrir maior.

— Que vamos nos amar, mesmo quando estivermos nos odiando.– Ele diz, assinto e ele me dá um selinho que logo vira um beijo caloroso.

"psychiatry" A new beginningOnde histórias criam vida. Descubra agora