Spank-me

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Notas do autor: "spank-me", é o mesmo que "me bata''.

Último capítulo, espero que gostem. Como sempre, eu desejo muito que quem esteja lendo realmente goste desse tipo de tema e não aconteça como da ultima vez! Demorei a atualizar pq perdi a paciência, se começarem isso aqui e irem até o último capítulo, reclamando o tempo inteiro, eu não vou ser obrigada a ser educada.

Boa leitura para aqueles que gostam.

...

Oito anos depois.

Um verdadeiro e atencioso dominador, não estremesse de prazer somente naquela encenação gostosa, cheia de violência e tortura. Não, um verdadeiro e digno de tal título, sente prazer em compreender. O seu amor habita na compreensão, no desejo e no cuidado do seu submisso fiel, protegendo e respeitando seus limites, os menores que fossem. Na mesma proporção, é de sua natureza guiar e elevar a submissão de seu parceiro, com cuidado, passo a passo, com lições e castigos a serem aplicados.

    Por isso me casei com ele? Não, eu não me casei com o meu professor e dono, por causa do seu alter ego. De forma alguma. No começo era fácil dizer que o que mais fazia meu coração disparar era o Uchiha Sasuke dentro de roupas de couro, olhar arrogante e algo para marcar a minha pele, em mãos.

    É, eu amava o dominador dentro dele e pensei que amava apenas essa parte sua por um longo ano. Isso passou a ser um problema quando ele realmente se empenhou em ter algo a mais comigo. Eu queria ser dominada o tempo inteiro, e não suportava aqueles passeios idiotas, idas ao cinema ou jantares onde ele se referia a mim como "querida". Eu estava doente em uma única parte sua, e só tive noção disso quando passou a magoá-lo, de tão óbvio.

    Foi imprescindível que nos afastássemos. Sasuke havia dito que já não era saudável nossa relação, não estava no código, não fazia parte do acordo e havia passado do contrato. Ironicamente, suas duas versões me deram esse fora, primeiro o sádico frio, mas eu contornei tudo e nós acabamos por transar durante uma madrugada inteira. Na manhã seguinte, a sua versão aceitável terminou comigo.

    Foi doloroso, essas idas e vindas eram comuns, porque eu não era uma boa submissa, mas dessa vez, pareceu ser... definitiva.

    Terminei a faculdade e tudo pareceu ficar pior porque, eu não via mais o professor, não achava ele em lugar algum, não nos trombamos na rua, não íamos as mesmas festas. Era como se ele tivesse deletado sua existência da minha vida, por completo.

    Talvez tenha sido um teste, pois nos dias dos namorados, senti falta do Uchiha que abria a porta para mim e me dava presentes, me levava para sair e me tratava respeitosamente. Na maior parte do tempo eu sofria com essa parte, e só nas vezes que o desejo surgia, o sádico me visitava em sonhos, mas na realidade me via sem os dois.

    Nos reencontramos em uma peça de teatro, e Sasuke foi o primeiro a se aproximar, comentando sobre a peça como se fossemos amigos de longa data. Isso me fez rir muito, e ao fim da noite, ele me convidou para tomar um drink. Nossas saídas se tornaram frequentes, ele passou a me buscar no trabalho sempre que podia.

    Seu auto controle ainda é invejável, pois um mês saindo, eu já tentei fazê-lo me levar para cama tantas vezes que ele disse que eu deveria me envergonhar, em um tom amigável. Mas, só transamos de novo, três meses depois, e o sexo mais baunilha possível, que foi capaz de me surpreender, pois eu tinha certeza que ele não gostava.

    Não duvidaria se ele dissesse que estava me testando, e acabou se acostumando nos primeiros dois meses. Eu não me apaixonei por ele nesses seus testes, eu sempre fui apaixonada, mas estava cega demais para enxergar isso. Quando passamos a ter sessões outra vez, já estávamos ficando a muito tempo, então Sasuke me pediu em namoro antes e como água e vinho, ele mudou rapidamente ao me devolver a coleira e mandar eu caminhar de quatro ao seu lado, como uma cadela.

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