capítulo dezenove

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capítulo dezenove

Como isso pode acontecer?
Como pode ser?
Não há nenhum fim
Não há paz
A escuridão está tão perto
As luzes desaparecem rapidamente
E agora está tudo acabado.

Harry se deixou cair no chão do quarto quando o guarda fechou a porta. Seus joelhos cederam automaticamente, sua cabeça latejou e as lágrimas continuaram caindo. O moreno olhou para suas mãos e suas roupas, havia sangue em tudo que seus olhos viam. Mas não era seu sangue, nenhuma gota daquele líquido vermelho era seu.

Eu não pude salvá-lo... — Murmurou para si mesmo, naquela escuridão do quarto.

Harry desatou a chorar, ainda ajoelhado no chão do quarto vazio. O choro era tão alto que ele tinha certeza que o castelo inteiro conseguia ouvir.

[...]

2 horas antes...

Harry sabia que era tarde demais quando a criada, Lilian, virou-se para eles e deu um sorriso de gelar a espinha.

— Nós temos que voltar agora mesmo! — Harry cutucou Serpens e indicou o castelo, que estava a uma distância considerável. O príncipe não entendeu muito bem o que estava acontecendo, mas sabia que provavelmente era algo muito errado, já que o moreno parecia extremamente desesperado.

O quarto príncipe segurou as rédeas do cavalo e o colocou para correr o mais rápido possível, Scorpius veio logo atrás ainda um pouco desajeitado. Em questão de minutos eles chegaram até o castelo e, ao chegarem lá, tudo parecia normal. Harry praticamente saltou do cavalo e correu para dentro, a procura de Draco, ele precisava contar tudo que sabia dessa vez.

— Você sabe onde está Draco? — O moreno perguntou para um dos guardas que estava no corredor. O homem o olhou e negou com a cabeça, Harry começou a entrar em desespero. Estava com medo de que realmente era tarde demais.

— Harry, se acalme! — Serpens tentou segurá-lo, mas ele se desvencilhou de seus braços, o empurrando.

— Eu tenho que achar Draco. Eu fiz uma besteira da última vez, eu devia ter contado a ele. — Potter continuou correndo meio sem rumo. Ele acabou indo parar na frente da sala real, e pensou que talvez Draco estivesse lá, já que ele estava ajudando Cepheus a controlar o reino.

Sem pensar muito sobre isso, ele simplesmente empurrou a porta da sala real, mesmo com os inúmeros protestos de Serpens dizendo que ele não podia fazer isso. Quando a porta se abriu, ele teve a visão de Draco parado no meio do salão, seu coração pôde bater tranquilamente por um segundo, porém, ele notou que Draco estava com sua espada desembainhada e apontada para seu próprio irmão, Perseus, que sentava-se no trono real, com as pernas cruzadas, um sorriso vitorioso nos lábios e as sobrancelhas erguidas.

— Draco! — Potter chamou pelo amado. Serpens e Scorpius entraram na sala logo depois dele e ficaram chocados com a situação.

— Saíam! — Draco olhou para os três com um olhar de advertência. Harry queria correr até ele e tirá-lo dali o mais rápido possível.

— Podem ficar! Quanto mais audiência, melhor. Eu adoro um espetáculo. — O terceiro príncipe disse.

— Cadê o Cepheus? — Potter questionou, ainda parado no mesmo lugar e se segurando para não ir até onde os dois homens estavam.

— Harry, agora não! Eu mandei sair. Saia do castelo, vocês três, e não voltem. — Draco direcionou seu olhar para os três de novo, havia algo em seus olhos como se ele estivesse implorando.

Somewhere Someday | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora