A vida Mia era uma droga, ou pelo menos, ela achava que era antes daquela fatídica manhã. Depois que um vírus se espalhou pela cidade, a fazendo fugir contra a própria vontade, ela se encontrou perdida em um jogo de sobrevivência inacabável.
"Cidad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Meu corpo tremia.
Eu sinto um vazio imenso no meu peito, como se parte de mim tivesse sido tirada, apesar disso não ser completamente mentira. Eu tinha acabado de perder meus pais e até esse momento, não sabia por qual motivo ou causa.
Estava dentro do carro, no banco do passageiro. Matt dirigia e minhas irmãs estavam no banco de trás, parecendo tão avulsas — enquanto olhavam pela janela — quanto eu.
— Vamos à delegacia, depois vou levar vocês a um hotel. — Matt diz ao meu lado, mas nem mesmo o respondemos. Não era como se tivéssemos outra escolha.
Dava até um pouco de pena dele, sem saber o que fazer para nos ajudar. Ele parece tão incrédulo quanto qualquer um ficaria. Talvez esteja pensando como entrou no meio dessa confusão e agora era cúmplice de um assassinato junto a três garotas
Procuro sua mão livre do volante e seguro. Eu nem mesmo poderia agradecer pela ajuda que nos estava dando naquele momento. Ele me encara assim que o toco e o percebo sorrir triste.
Será que eu estou com essa mesma expressão no rosto?
— Merda... — Escuto Matt dizer assim que volta a encara a estrada. Sigo seu olhar e percebo que um engarrafamento formava-se logo à frente. Ele freiou suavemente o carro, até que ele estivesse completamente parado.
Não era preciso que nada fosse dito naquele momento e apesar do silêncio desagradável, ninguém ousou dizer uma só palavra. Procuro meu celular no bolso, mas percebo que provavelmente deixei ele dentro da bolsa, em algum lugar na minha casa.
Ótimo!
— O que será que está causando esse engarrafamento? — Pergunto quebrando o silêncio. — Quer dizer, essa rua não é sempre tão solta apesar da grande quantidade de carros?
— Que pergunta idiota... — Jasmim resmunga do banco de trás.
— É verdade, se ela está parada assim, provavelmente foi algum acidente. — Matt me responde, ignorando completamente o insulto de Jasmim.
Eu não vou dar atenção às palavras dela. Estava destruída assim como eu e provavelmente só desejando que seja um pesadelo que logo terminará. Talvez fosse um erro discutir qualquer coisa nesse momento.
Volto a encostar na poltrona do carro me encolhendo, enquanto olhava para os prédios à nossa volta. Sem dúvidas, se alguém conseguisse voltar no tempo algum dia, seria um sortudo. Acho que quando você sabe quando será seu último dia ao lado de alguém, torna qualquer minuto ao lado dela muito mais importante.
Alguns minutos já haviam se passado quando algumas buzinas começaram a soar nos nossos ouvidos. Os carros nem mesmo estavam se movendo, então porque todos pareciam muito mais agitados agora? Tinha algo errado...
