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ALAVRAS; 2,053


Tudo pareceu zumbir para Brahms quando ele parou em frente a porta do seu quarto e não a viu lá

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Tudo pareceu zumbir para Brahms quando ele parou em frente a porta do seu quarto e não a viu lá. Nenhum som foi ouvido além daquela estática irritante, e logo a visão dele ficou turva; por um brevíssimo momento, o Heelshire se sentiu abandonado, e então esse sentimento angustiante virou raiva pura. Entretanto, bastou que ele virasse o corpo coberto por nada além da toalha fracamente segurada na cintura para congelar o coração, pois apesar dos olhos arregalados de irritação atrás da máscara, Brahms nem mesmo conseguiu colocar esse ódio para fora ao te ver dois passos atrás da porta do quarto dele, encarando-o com cautela e confusão.

"Não vai me responder?" Perguntou, dando um passo para frente e fazendo de sua presença ainda mais notável. Talvez pela pressa e desespero o homem sequer notou sua figura espreitando o outro cômodo, e pelas mesmas fortes emoções não tenha te ouvido. "As roupas não serviram, Brahms? São as maiores que tenho."

Com sua fala, ele olhou para o braço com dois panos em cima cuidadosamente, perdendo seu suspiro frustrado pelo estado do rapaz. Está limpo, mas pingando no carpete do corredor.

"Não vesti." Ele murmurou, de repente esquecendo todas as incertezas e raiva que passou a menos de dois minutos atrás ao ver a incrível oportunidade de ser tocado por você. "Me ajuda." Choramingou, dando passos curtos para frente com o corpo curvado, se aproximando como se tivesse cautela por se tratar de algum tipo de predador.

"Isso é demais, Brahms. Você já tá molhando tudo, entra no seu quarto e tenta vestir o melhor possível para quando eu for te colocar dormir. Já estamos atrasados no cronograma." Você franziu o cenho e saiu de perto do batente da porta, ignorando a voz infantilizada e o olhar carente que mesmo através dos cachos desfeitos pela água você pôde notar ao se afastar um pouco do homem que tentou se aproximar. "Te espero aqui. Quando estiver coberto me avisa." Seu tom não deu espaço para discussões e a promessa de colocá-lo para dormir depois foi o bastante para Brahms não querer discutir, fazendo nada além de acenar e entrar no próprio quarto ansiosamente.

Você se encostou na parede contrária a da porta dele e esperou pacientemente, tentando não pensar muito no que deu a ele para vestir. Enquanto aquelas sujas dele estão para lavar, não te restou outra opção senão pegar sua calcinha mais maleável e sua maior camisola, sorte que o rapaz não parecia se importar com o arranjo. Mas quando Brahms usou da voz falha para chamar seu nome e você entrou no cômodo para vê-lo de pé naquela mesma posição encolhida com o braços atrás das costas ao lado da cama, porém vestido com uma camisola decotada que aperta o peitoral peludo e não cobre totalmente a virilha secou sua boca e fez sua tentativa de pensar no homem com nada além de profissionalismo cair por terra.

Como não achar sexy um homem tão grande e viril, quase assustador com aquela máscara de cerâmica, se portanto à sua frente de maneira submissa e se vestindo com algo tão fofo e feminino, deixando o fundo da calcinha macia de algodão aparecendo com um volume adorável que certamente são suas bolas espremidas pelo pano pequeno em comparação a ele?

𝗦𝗘𝗝𝗔 𝗕𝗢𝗠  ≈  Brahms HeelshireOnde histórias criam vida. Descubra agora