The Girl who Played with Fire

The Beggining

"Família não são as pessoas que te abraçam e te dão tudo o que você quer. São as pessoas que lutam por você, e você luta por elas" – Klaus Mikaelson (The Originals) 

Vasilisa Ivanov era, à primeira vista, só mais uma delinquente da arca, do tipo que você não dirigiria um segundo olhar. Ela possuía cabelos escuros como a noite, olhos azuis gélidos, era magra pela falta de comida decente e parecia que poderia matar qualquer um com seu olhar, com exceção é claro, do seu melhor amigo, John Murphy.

Eles eram jovens quando se conheceram, tão jovens que seus pais, Alex e Pandora Murphy, ficaram agradavelmente surpresos quando os meses se passaram e as duas crianças continuavam tão unidas quanto possível. Os anos foram se passando, e várias coisas mudaram, como os pais de Vasilisa, que passaram de vivos a flutuados, mas a única coisa que continuou a mesma, a única constante, era o laço entre os dois agora jovens.

Aos nove anos, John adoeceu terrivelmente, correndo sério risco de vida, o que levo Alex a, em uma tentativa desesperada de salvar seu filho, roubar alguns medicamentos, mesmo sabendo do alto preço que teria de pagar. Lissa estava com John, dado aos acontecimentos, ela tentava deixa-lo sozinho o mínimo possível, com medo de retornar e seu melhor amigo já ter partido.

Quando Alex chegou com os remédios, Lissa sabia o qual seria o resultado, ela sabia que Alex não sairia vivo, e isso obviamente a deixava triste, mas, sua parte egoísta agradecia a qualquer deus existente por Alex ter tomado aquela decisão, afinal, agora John não precisaria partir, e Lissa não precisaria ficar sozinha. Infelizmente, os remédios foram inúteis, Alex foi flutuado e John não pode nem ao menos se despedir.

A cada dia que passava, John ficava mais fraco, e tanto Pandora quanto Lissa já haviam esgotado sua cota de ideias para tentar ajudar o garoto acamado, ou seja, ele morreria.

- John?

- Liss, já falamos sobre isso, você vai ficar doente também – O garoto argumentou com uma voz fraca, que denunciava seu estado

- E eu achei que havia ficado claro que eu não ligo – Ressaltou Lissa – Você é minha família John, meu tudo, você morre, eu morro, simples assim.

- Lissa... – John parecia pronto para discutir, mas a garota o interrompeu

- Me promete uma coisa?

- Qualquer coisa – A resposta dele fez Lissa rir levemente

- Bobo, você nem sabe o que eu ia dizer

- Mesmo assim, eu prometo – A convicção dele fez Lissa sorrir

- Promete nunca me deixar sozinha? – Ela perguntou, olhando para o garoto acamado com expectativa

- Prometo. Vou sempre estar ao seu lado – John afirmou, prometendo a si mesmo nunca a decepcionar

- Sempre e para sempre?

- Sempre e para sempre

Surpreendentemente, mesmo sem o remédio apropriado, John apresentou um quadro de melhora, e em poucas semanas já estava como novo, seja pela sua necessidade de cumprir a promessa feita a Lissa ou um efeito tardio do remédio, nós nunca saberemos. Mas, infelizmente, as coisas só iriam piorar para a dupla de jovens, já que a mãe de John, Pandora, não apenas não superou a trágica morte de Alex como escolheu culpar John ressaltando este fato durante anos até que o garoto a encontrou morta em uma poça do próprio vômito, causado por insanas quantidades de bebida, hábito que havia se tornado comum a Pandora nos últimos cinco anos. Suas últimas palavras ao filho? Que ele havia matado o próprio pai.

Motivado pela morte de sua mãe, John e Lissa colocaram fogo nos aposentos do oficial da prisão, mas, para proteger a amiga que só havia feito aquilo para ajudá-lo com seu luto, John tomou a culpa toda para si, sendo preso como mais um delinquente juvenil.