➥𝑷𝑹𝑶𝑳𝑶𝑮𝑼𝑬

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A CABEÇA DE ALICE BALANÇAVA conforme a música que tocava em seus ouvidos, sentido a terra sob seus calçados enquanto caminhava até sua casa

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A CABEÇA DE ALICE BALANÇAVA conforme a música que tocava em seus ouvidos, sentido a terra sob seus calçados enquanto caminhava até sua casa.

Levou em torno de cinco minutos para ela chegar na fazenda, a garota então tirou a chave do bolso de sua calça, se aproximando da casa, mas logo percebeu que a porta estava entre a berta. Alice franziu a testa, sabendo que não deveria ter ninguém em casa naquele momento.

Deixando isso de lado, ela passa pela porta, fechando a em seguida e faz seu caminho até a cozinha, encontrando sua mãe encostada na mesa. — Mãe? — A mulher se vira rapidamente — Não deveria estar no trabalho?

A mulher caminhou ligeiramente até a filha e coloca as duas mãos em seu rosto, como se procurasse algum machucado — Você tá bem? Ninguém tentou te atacar? Onde você estava Alice?

— Mãe! — A garota para as mãos da mulher mais velha — O que tá acontecendo? — Ela pergunta, o medo já tendo transformado seu rosto.

— Eu não sei — Ela murmura se afastando — É alguma doença, não sei, tem pessoas... matando umas as outras filha, é horrível — Ela fala com desespero em sua voz — Vá arrumar uma mochila, coloca algumas roupas nela, precisamos sair.

— C-como assim? E o Bill mãe? —— Ela questiona, apertando as mãos.

— Ele foi comprar alimentos, não vamos ir sem ele, agora se apresse Alice.

Ela fica parada por alguns segundos mas rapidamente corre até as escadas, indo até seu quarto. Ao chegar no local ela tira sua mochila do cabide e pega o celular de seu bolso, vendo várias chamadas perdidas de seu irmão mais velho.

Ela bota pra chamar e põe o celular entre o ombro, enquanto começa a por roupas na mochila. Apenas cinco segundos foram necessários para que ele atendesse o telefone, e Alice já podia ouvir sua respiração ofegante.

— Eli? graças a Deus, você está bem? — O desespero era perceptível em sua voz — Aqui tá um caos.

— Eu tô bem, o que tá acontecendo? Minha mãe disse que é alguma doença e que as pessoas estão se matando, ela quer sair da cidade.

Alice escuta um suspiro — Não sei se é o melhor a se fazer, mas se forem, fala para irem para algum abrigo, eu ouvi falarem sobre no rádio. De qualquer forma, não esquece a arma que eu te dei.

Seus olhos se arregalam — Você quer que eu atire em alguém?

— Eli eu não sei o que são essas coisas, mas não são mais pessoas, eu vi várias na cidade, são canibais, nem a polícia está segurando eles.

— Ok, eu vou levar ela e... — Alice é interrompida pelo irmão.

— ELI? Eu não tô ouvindo, merda a ligação tá caindo. Escuta, VOCÊ TEM QUE ATIRAR NA CABEÇA, APENAS NA CABEÇA. — Ele grita

Antes que ela pudesse responder a ligação já havia caído. Frustrada e com medo, a garota pega um banquinho e coloca na frente do armário aberto, onde ela logo sobe e pega uma caixa.

Ela coloca na cama e a abre, trazendo para seu campo de visão uma pistola 9mm. Ela rapidamente pega as balas e a arma já carregada, e põe em um cinto específico pra ela.

Alice coloca a mochila no ombro e desce as escadas rapidamente, vendo seu padrasto já na cozinha com um braço enfaixado é uma aparência não tão boa.

— O que houve — Ela pergunta apontado pro braço

— Um homem me mordeu na cidade hoje de manhã, mas pra minha sorte não foi grande coisa.

— Não? — A mãe de Alice fala com descrença — Você tá queimando de febre Bill, pode ser alguma infecção — Ela diz pegando uma cartela de remédios e entregando um a ele — Vá deitar, saímos ao amanhecer.

O homem balança a cabeça e sobe pro segundo andar. Alice faz um movimento indo até a mesa mas é interrompida por um barulho vindo das escadas.

As duas correm até o local para encontrar Bill deitado no chão, murmurando algo. A mulher mais velha se abaixa ao lado do marido, mas é brutalmente jogada no chão quando ele se levanta.

Alice cai pra trás pelo susto, enquanto o terror ultrapassava sua face. Ela imediatamente entendeu que Bill havia virado uma daquelas coisas, então pegou a arma e atirou no homem, mas ele mal se mexia.

Então lembrando das palavras do irmão, Alice aponta pra cabeça dele, atirando três vezes.
Ele cai pra trás, dessa vez morto, e ela corre até a mãe, que estava com a barriga aberta.

— Mãe — Ela murmura com lágrimas escorrendo pelo rosto — não não não, por favor — Sua boca tremia enquanto ela colocava os dois dedos sobre o pescoço da mulher, percebendo que não tinha mais batimentos.

Ela se joga pro lado, se encostando na parede. Ela leva as mãos até o joelho e enquanto balança a cabeça chorando.

O que de parece horas se passam, Alice já havia entendido que a mordida te transformava, ela só não sabia se sua mãe iria virar uma daquelas coisas, mas isso logo foi confirmado quando ela sentiu uma movimentação ao lado.

Ela começa a soluçar ao perceber, então sem ter coragem para atirar na mulher, ela pega a mochila e sai pela porta, com a arma em suas mãos.

Alice caminhou por alguns minutos que, para ela, pareceram horas. Ela não prestava mais atenção no que estava ao seu redor, sua mente ainda vagava pelo que acabara de acontecer e ela só voltou pra realidade quando avistou uma casa familiar.

Ela entrou na fazenda dos Greene com o sangue em suas mãos. A primeira pessoas que viu foi Annette com os olhos arregalados a observando. — HERSHEL, MAGGIE, VENHAM AQUI — A mulher grita e corre até menina — Alice, o que houve querida — Pergunta a examinando pelos olhos.

— M-minha mãe e Bill — Ela fala, enrolada nas próprias palavras.

Logo Maggie aparece em sua frente, com Hershel correndo atrás — Eli — Maggie diz — Você tá machucada?

— A doença — Ela nega com a cabeça — Minha mãe e Bill viraram aquelas coisas Mag — murmura Alice, enquanto mais lágrimas caiam pelo seu rosto.

Sem dar a mínima pro sangue nas mãos da garota, Maggie a abraça fortemente, o que Alice rapidamente retribuiu.

Naquele momento, a única coisa que passava pela sua cabeça era a imagem do corpo de sua mãe, e ela sabia que aquilo a acompanharia até seu último minuto de vida.

𝑵𝑬𝑿𝑻 𝑳𝑬𝑽𝑬𝑳 ──── 𝑮𝒍𝒆𝒏𝒏 𝑹𝒉𝒆𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora