Capítulo 06 | Detalhes

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Acho que eu entendi o que você quer, pensei.

***

Num súbito momento de coragem, tirei minha blusa e sem pensar duas vezes, tirei também a minha cueca, ainda sem conseguir iniciar qualquer tipo de contato visual. Ouvi Pat engolir seco.

Eu estava nu, em frente a ele, apenas com o meu relógio — nosso relógio —, que carregava nossas memórias, pronto para testemunhar as novas, que eu sabia que só me fariam o amar cada vez mais.

Ele colocou as duas mãos no meu rosto, como eu havia feito minutos atrás, sustentou nosso olhar e com um sorriso empolgado e incrédulo disse:

— Você é tão lindo, Pran.

Suas mãos desceram acariciando meu pescoço e começaram a massagear meus ombros, até que foram adiante passeando pelos meus braços e encontraram as minhas mãos aguardando as suas.

Pat então me puxou, nos guiando até a cama e se sentou em minha frente sem desviar os olhos dos meus.

Todos detalhes não vividos daqueles anos que passaram, mas não se foram, estavam ali, presentes naquela madrugada, urgentes em nossa carne e marcados em nossa tez.

Mal pude me mover e já senti sua saliva envolvendo meu membro que agora pulsava quente em sua boca. Soltei um gemido sussurrado, deixando minhas cordas vocais ruir um tom mais grave, e enquanto minhas pernas tremiam soltas, eu tentava me equilibrar apoiando meus braços na cabeça de Pat.

Eu não estava fazendo nada, apenas assistia enquanto ele movia sua cabeça em minha ereção, a fazendo penetrar seus lábios macios e molhados sob a penumbra do luar enquanto suas mãos apertavam ritmadas a minha bunda.

Quando eu comecei a puxar seu cabelo e a tentar mover sua cabeça com as minhas mãos, ele me enfiou todo na sua boca e me deixou lá por alguns segundos. Eu tenho quase certeza que nesse momento eu vi mais estrelas que as presentes no céu aquela noite.

Eu estava tremendo, salivando e gemendo por Pat, e eu precisava de mais. Me retirei de sua boca com muito pesar, mas cheio de fome. Tirei a cueca dele e me sentei de frente em seu colo, com as pernas abertas, ajoelhado na cama. O abracei por trás do pescoço e o beijei com mais forças do que eu achei que tivera. Seus lábios estavam vermelhos, quentes e com meu gosto.

Sentado em seu colo, com ele despido sob mim, senti nossos membros se encostarem e comecei a me mexer pra frente e para trás, nos fazendo roçar.

Pat segurou minha cintura e começou a me guiar, fazendo movimentos circulares e um pouco parecido com o das ondas. Então percebi que, de repente, eu estava rebolando sobre ele e eu nunca me imaginei fazendo algo remotamente parecido com isso com mais ninguém e definitivamente não teria coragem ou vontade de o fazer.

Sentir meu corpo ser comandado por ele foi uma das experiências mais excitantes que eu já participei na vida. Eu gosto de ter controle sobre as coisas a minha volta, mas quando se tratava de Pat, ele poderia revirar meu mundo de cabeça pra baixo e eu reviraria de volta o dele só para tê-lo comigo.

O deitei na cama. Ele me olhou no fundo dos olhos e suplicou.

Pran, eu quero sentir você...

Ele disse baixinho, com a voz falha e rouca de tanto gemer ofegante no meu ouvido. Ele esticou o braço, pegou uma embalagem pequena que estava debaixo do travesseiro e me entregou.

— Eu quero sentir você dentro de mim...

***

[00] • VOCÊ • [ PatPran | BadBuddy ] ):)Onde histórias criam vida. Descubra agora