Capítulo 07 | Eu te vejo

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Pran, eu quero sentir você... eu quero sentir você dentro de mim.

***

— Você já tinha tudo organizado, não é?

Sorri de canto de boca, um tanto surpreso, enquanto abria a embalagem do preservativo. Encaixei em mim e olhei para ele, que parecia um misto de preocupação com ansiedade. Falei com ternura:

— Eu vou ser gentil, Pat. Você pode confiar em mim.

Antes de começar qualquer coisa, eu desci meu corpo até nossos peitos se encostarem e o abracei. Nossos membros se tocavam e eu sentia o dele pulsar ao lado do meu enquanto eu me pressionava pra frente e pra trás sobre seu corpo. Ele estava implorando por mim.

Me levantei, posicionei minhas pernas entre as dele, mas paralisei por alguns segundos ao ver seu corpo esculpido, iluminado pela luz da lua, chamando por mim. Pat começou a se tocar enquanto me observava assisti-lo. E eu, que naquele momento era pura cara de desejo e cabelos bagunçados, não consegui desviar. Lubrifiquei meu membro que já estava protegido, ajoelhei na cama e me posicionei entre suas pernas que se ergueram para me receber.

Com uma mão ele se masturbava olhando pra mim, com a outra ele abriu um pouco o caminho para que eu pudesse entrar. Fiquei com medo de machucá-lo — era sua primeira vez comigo, um rapaz — e resolvi colocar um dedo primeiro. Ele estava fervendo em baixo de mim, mas eu não tinha pressa alguma de acabar aquela noite.

Devagar, introduzi um dedo nele e enquanto seu corpo se arrepiava tentando se acostumar com a nova sensação, eu o beijei lentamente. O beijo se intensificou quando acrescentei mais um dedo e fiquei me movimentando devagar e molhado dentro dele. Depois de alguns minutos, Pat já não aguentava mais — de curiosidade e vontade —, e nem eu, que já estava prestes a explodir sem nem ter me tocado.

Pat puxou meus cabelos de repente, encostando sua boca em minha orelha e sussurrou:

— Pran, mete!

Ouvir aquela suplica foi o empurrão que eu precisava para tirar meus dedos imediatamente de dentro dele e colocar meu membro.

Assim que comecei a entrar, Pat passou as unhas sem pena em minhas costas até arder e reprimiu seus gemidos entre lufadas. Tirei um pouco e coloquei novamente. Eu sinto muito, já vai passar, sussurei em sua boca encaixada na minha. Fiz isso algumas vezes até que, em uma das vezes, ele me parou e disse para eu colocar todo, enquanto alisava minha lingua na sua. Assim o fiz e recebi o ruído mais lindo e doce em meu ouvido: um gemido tímido de alívio e surpresa.

Ele me olhou por uns segundos, com o rosto franzido, boca aberta e olhos semicerrados e marejados, e me beijou. Segurei sua cabeça como se fosse o bem mais precioso que eu possuía e rebolei dentro dele, pressionando seu membro contra meu abdômen, sentindo seu corpo encolher e expandir sob o meu, olhando seu rosto se contorcer pra mim.

E como um presente surpresa sem nenhuma data especial, eu o ganhei naquela noite; e em retribuição, dei tudo de mim que era possível e impossível dar. Eu o fiz, em retribuição àquela época em que eu imaginava que jamais o teria em meus braços, que jamais tocaria sua barriga, ou beijaria teu umbigo. Eu o beijei dos lábios vermelhos, aos pés amuados; da testa franzida, aos joelhos dobrados; das vértebras expostas, ao lugar proibido que ninguém vê. E eu vi. O beijei na alma e fundo. E ele me amou tudo de volta.

À medida que seu corpo foi se acostumando com o meu, os gemidos foram se tornando mais rápidos e baixos, quase que como segredos sussurrados em confissão para mim e eu estava deslumbrado com aquilo tudo. Meu corpo, mero pedaço de carne, se fez de água salgada em crista e foi adentrando todo o espaço de Pat em um suave vai e vem como o das ondas do mar de uma noite de maré cheia.

Ele enlaçou suas pernas em minha cintura e puxou minha cabeça para perto da sua, quase encostando nossas testas. Isso me deixou impossibilitado de fazer qualquer coisa, e talvez essa fosse a intenção. Quando percebi, ele estava se movimentando em baixo de mim e eu só precisei assistir. E sentir.

Olhando em meus olhos, ele gemia e chamava meu nome:

— Pran, รักนะครับ (rak na kub/eu te amo).

E eu retribuía com beijos e gemidos baixinhos em seu ouvido, como confidências só nossas de amor.

Rak na kub, Pat. Você é todo o amor que jamais sonhei viver.

Mas não era sonho, era tudo real. E eu jamais me esquecerei daquele dia.

***

[00] • VOCÊ • [ PatPran | BadBuddy ] ):)Onde histórias criam vida. Descubra agora