Capítulo 03 | Mais perto

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— Não, agora é minha vez.

***

        Eu repousei minha mão esquerda em sua nuca, me aproximei lentamente de seu rosto e vi de perto a pureza personificada sob a luz do luar. Pat me olhava com tanta devoção que eu quase não consegui me mexer. Até que fui despertado pelo seu hálito fresco, quente e um pouco alcoólico e, enfim, o beijei.

         Eu sabia o que aquela noite significava e o que eu menos queria era parecer desesperado demais ou contido demais. Eu estava o contrário de tímido, e eu queria que o Pat soubesse. E pelo jeito que ele me olhou quando nossos lábios se soltaram, ele sabia.

        Pat voltou a me beijar, e reparei que, assim como eu, ele também estava diferente. Eu estava com uma mão em sua nuca e a outra apoiada na pedra para não desequilibrar, e ele estava tão entregue que senti que se eu o soltasse, ele seria levado pelo vento e se misturaria com toda a areia da praia.

        O seu braço, que estava apoiado no joelho, escorregou largado pela sua perna e repousou na pedra, enquanto Pat se deixava levar pelos movimentos que eu fazia com nosso beijo ao som das ondas do mar. Ele está me deixando comandar, pensei.

         Coloquei minha mão direita sobre seu joelho e o puxei para mais perto de mim. Seus incríveis 1,86m de altura não saíram do lugar, mas ele deixou que sua perna abrisse, guiada pela minha mão. Aproximei meu corpo do seu sem desgrudar nosso beijo molhado e ele passou seu braço — que antes estava adormecido — por trás da minha cintura e me apertou. Minha mão foi deslizando por seu joelho até a parte interna de sua coxa que estava coberta pelo fino tecido de sua calça, e deixou minha mente criativa para imaginar como deve ser senti-lo sem ela.

         Enquanto seu braço apertava minha cintura e eu sentia os cabelos em minha nuca serem agarrados e repuxados com vontade, eu fui passeando minha mão pelo calor de sua perna enorme e macia, até que encontrei um volume em sua calça. Eu estava palpitando tanto que era possível ver as veias saltando em meu pescoço. Eu precisava avançar, eu não podia parar. Ainda o beijando, eu estava ofegante, alarmado. Eu precisava sentir Pat mais de perto.

        Hesitante, coloquei minha mão de maneira leve sobre seu membro quente, que estava pedindo pra ser tocado, mas eu não sabia até onde eu podia ou devia ir. Pat gemeu baixinho com os lábios colados nos meus, e eu empalideci ao abrir meus olhos e ver a cara safada que ele estava fazendo e aumentei a pressão. O apalpei um pouco mais forte, ainda por cima do tecido, enquanto olhava seu rosto de perto, sentindo sua boca aberta encaixada na minha, assistindo seus olhos marejados de prazer.

         Em meio a empolgação de finalmente ter aquele homem tão próximo a meu corpo e ter seu controle em minha mão, o puxei pra perto com meu braço livre, e num susto em conjunto, demos um pulo na pedra.

Shia, Pat! Você ouviu isso?!

***

[00] • VOCÊ • [ PatPran | BadBuddy ] ):)Onde histórias criam vida. Descubra agora