Bakugou o N
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Fiquei atordoado a centímetros da porta.
Minha mão trêmula segurando a maçaneta prestes a abri-la. Tinha escutado nesse instante obscenidades vindo da boca do nerd Deku.
Estava tão imerso e ao mesmo tempo tão constrangido, que não conseguia reagir de forma alguma.
Eu me pergunto por que eu vim aqui?
QUE ÓDIO!
VONTADE DE ARROMBAR ESSA PORCARIA DE PORTA E EXPLODIR DEKU ATÉ A MORTE.
Lógico que eu faria isso. Mas não me subestimem.
Como ele pôde se masturbar pensando em mim?
Deku seu merdinha egoísta! Por que não disse antes como se sentia? Estou com tanta raiva de descobrir desse jeito que seria capaz de.... Fazer o mesmo.
— Katsuki, o que houve? Por que você não entrou ainda meu bem?
Levei um susto com a presença repentina da senhora Midoriya, não tinha percebido ela se aproximar tão de perto.
Caralho, é melhor eu ir embora.
— Deixa que eu abro pra você.
— N-Não precisa-
Assim que ela abriu a porta dei de cara com o Deku sem camisa, recuperando o fôlego e o rosto corado. Mas que merda.
— Mamãe?? .....K-KACCHAN???
— DEKU!
— Filho…
Dona Midoriya olhou confusa, intercalando o olhar entre nós dois, enquanto Deku estava completamente vermelho igual a um tomate.
Simplesmente desviei meu olhar para qualquer canto da casa.
Porra, que situação vergonhosa.
Fala sério, o quê é que eu estou fazendo aqui?
— Filho, seu amigo veio visitá-lo! Não é maravilhoso? Faz tanto tempo que não recebemos visita dele! Eu vou buscar limonadas para vocês dois. Fique à vontade Katsuki — Então, a dona Inko se retirou.
Eu queria soltar uma porrada de palavrões... no entanto, nenhuma palavra saia da minha boca, me sentia travado, isso nunca tinha acontecido antes.
Mas já que estava aqui, adentrei o quarto dele empurrando-o para dentro também, joguei minha mochila no chão, fuzilando Deku com os olhos. Arregacei as mangas, vou tirar satisfação com ele agora.
— H-Há quanto tempo você está aqui Kacchan?
— Não te interessa!
Estou sim na casa dele, mas e daí? Mando em tudo que eu quiser!
— Mas assim de repente, a última vez que você veio foi quando ainda tínhamos oito anos...
Não o respondi, tinha parado de vir vê-lo quando começamos a crescer. não poderia permitir os outros garotos deduzirem que somos um casal gay, embora eu fosse um, nunca deixei explícito, ainda não sai da porra do armário.
Observando um pouco mais o quarto dele, notei que com o passar dos anos não mudou muita coisa, exceto a cama que trocou por outra maior, a escrivaninha de estudos no canto direito, o abajur em cima dela, nas paredes havia bastante posters do All Might e um porta retrato... Meu?
— AH! i-i-isso aqui não é nada não — Ele escondia o porta retrato atrás das costas, ignorei me sentando na sua cama. Praticamente derrotado pela indignação.
Droga, eu odiava perder.
— Kacchan, diga-me porque você veio — Percebi ele esconder o porta retrato debaixo do travesseiro se sentando no outro lado da cama, ficamos praticamente de costas um para o outro.
Por que tanto constrangimento? Talvez porque eu estivesse ansiando internamente por aquele momento a dois? Eu tenho que admitir, fiquei excitado ao ouvi-lo gemer, e com uma puta vontade de fazer sexo com ele.
Era raro sentir desejo, de me sentir atraído por alguém. Por ser demissexual, eu só conseguia sentir paixão por quem tinha afinidade, e, com Deku sempre foi especial, na nossa infância nós tínhamos uma relação próxima, foi quando descobri minha sexualidade.
Gostar dele abriu portas para conhecer melhor quem eu realmente sou, apesar de nunca ter assumido esses sentimentos.
Mas depois de ouvir isso, consegui reunir um pouco de coragem para falar. Há possibilidade dele sentir o mesmo?
— Eu vi você saindo correndo da escola, pensei que estava com algum problema. Tsk, porra, digo, minha mãe se preocupa com a sua mãe.
— Entendi — Ele riu um riso sem graça.
Eu não consigo entender porque tenho adiado para tocar naquele assunto, quando penso em falar me sinto relutante. QUE PORRA.
Só vou dizer logo de uma vez por todas.
— Eu consegui te ouvir seu bastardo safado. — Disse com a voz arrastada, quase falhando de vergonha, evitei olhá-lo nos olhos.
Senti o colchão afundar-se, era ele se aproximando, sentando-se ao meu lado.
— K-Kachan, p-por favor me d-desculpa! — Percebi ele gesticular bastante, repetindo desculpas atrás de desculpas. — Eu s-sinto muito por ter ouvido aquilo, q-que v-vergonha-
— CALA ESSA BOCA NERD DEKU E ME BEIJA LOGO, PORRA!
— O que?!?
Deku me olhava surpreso. Mas qual era a parte de calar a boca e me beijar ele não entendeu? Que caralhos.
— EU NÃO VOU REPETIR DE NOVO. — Disse impaciente com a minha voz alterada. sentia minhas bochechas esquentarem de vergonha. que vontade absurda de bater e ao mesmo tempo beijar esse idiota lerdo. Será que tenho prazer em bater nesse nerd?
— Kacchan, v-você quer um beijo meu? Eu sempre quis te beijar... — Ele se aproximou cada vez mais, fechando os olhos lentamente, meu coração começou a acelerar descontroladamente. Que merda...
— Espera...!
Interrompi Deku. ele abriu os olhos novamente, um olhar verde tão iluminado quanto às esmeraldas.
— Eu vou querer mais do que um beijo...
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Katsuki Bakugou é uke? Dekubaku
Fiksi PenggemarEnquanto Izuku se recuperava depois de gozar, não imaginava que Katsuki estava logo atrás da porta com a mão trêmula segurando a maçaneta prestes a abri-la.