III - Uma dose de tequila.

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Afastei o óculos escuro do rosto e coloquei dentro do compartimento do meu carro. Tirei a chave da ignição e abri a porta, fechando e trancando o automóvel.

Penteei meu cabelo para trás e suspirei, começando a caminhar para a porta do restaurante já conhecido, à espera do rapaz que foi estacionar o carro em outra vaga.

Yoongi depois de um certo tempo veio caminhando em minha direção, digitando algo no celular e logo guardando.

Adentramos o estabelecimento e fomos recepcionados até uma mesa no canto do local. Sentamos um de frente para o outro, com a mesa redonda separando nós e os cardápios pousados no tecido branco.

O garçom veio até nós depois de um tempo e anotou os nossos pedidos. Me ajeitei no banco e olhei em volta do local pouco cheio.

O restaurante era um dos melhores da cidade, com cardápios maravilhosos e o local aconchegante demais.

ㅡ Como está o seu pai? - Yoongi perguntou e eu respirei fundo, negando com a cabeça lentamente.

ㅡ Sem melhoras, como sempre. - Ele assentiu e assistiu o Sommelier vir até nós e oferecer o vinho escolhido, despejando o líquido em nossas taças e deixando a garrafa no centro da mesa.

Bebi um gole da bebida e descansei a taça na mesa. Yoongi fez o mesmo que eu e me olhou por poucos instantes, soltando um riso soprado, o que me fez arquear uma sobrancelha e esperar por alguma explicação.

ㅡ Que foi? - Perguntei, atraindo sua atenção e o outro negou com a cabeça.

ㅡ Só estou pensando no seu desespero.

ㅡ Que desespero, Yoongi?

ㅡ Sobre o tal do homem lá que passou as informações para quem quer que seja que roubou o banco.

ㅡ Está dando risada disso, seu desgraçado? - Perguntei incrédulo com a falta de empatia.

Ele começou a rir baixo e eu chutei sua canela por debaixo da mesa, fazendo sua feição se tornar em sofrida.

ㅡ Cacete, Jimin, está com um sapato de ferro é? - Ignorei sua fala e tomei mais um gole da minha bebida.

Conversamos sobre outros assuntos e nossos pedidos chegaram depois de algum tempo. Enquanto comia, percebi olhares em minha direção e então procurei pela dona ou dono.

Visualizei um moreno, que estava sentado um pouco mais afastado.

Caralho, que moreno!!

Os cabelos negros bem penteados e a visão vagando pelo meu corpo. Ajeitei minha postura na cadeira e peguei a taça, levando até meus lábios e bebericando do conteúdo.

Sua íris se encontrou com a minha e a única coisa que eu soube fazer, foi manter o contato visual e engolir seco quando percebi um sorriso de canto nascendo em seu rosto.

No automático o meu também criou vida, fazendo meus olhos desviarem do seu e encarar o prato em minha frente que faltava pouco para ficar vazio.

Eu quebrei um contato visual?

Que merda.

Levei mais um bocado até a boca e mastiguei com pouca pressa, evitando de olhar para o meu lado direito e encontrar a íris intensa do moreno.

Terminei o conteúdo da taça e do prato, olhando o platinado mexer no celular com uma mão e a outra segurando seus hashis.

Sem querer, meus olhos vagaram lentamente pelo lugar e chegaram na figura do moreno, que agora não me olhava mais.

Between Love And Lies (PJM+JJK)Onde histórias criam vida. Descubra agora