Eles chegaram à Hogwarts, finalmente, depois de uma viagem cheias de sermões vindos de Hermione para as duas crianças à sua frente; e repetindo as palavras dela "isso é só o começo" então escutariam muito mais na saída do trem.
Desceram junto com Harry, Rony e Ginny; os gêmeos estavam cabisbaixos e mal falavam alguma coisa, eles sabiam que haviam vacilado e feito algo que não deviam, também que suas desculpas não adiantariam muita coisa.
Quando chegaram à Hogwarts, a primeira coisa que fizeram foi ir ao Salão principal assistir à cerimônia dos alunos que acabaram de entrar.Hermione mal encostou no prato quando a comida apareceu em sua frente, estava com o semblante sério, apesar de não deixar transparecer, também estava triste por Draco ter pedido um tempo; imaginava que tinha feito algo de errado, quando não fazia ideia do que poderia ter feito, e não perguntaria a ele; chegou a conclusão de que ele poderia estar passando por muitas coisas e que não iria incomodá-lo com isso.
Quando chegaram à comunal da Grifinória, Hermione deixou os alunos subirem e olhou para as duas crianças que estavam sentadas na poltrona, respirou fundo, e eles dois sabiam que estavam mais encrencados do que imaginavam.
— Vocês tem alguma ideia do que fizeram? — Hermione colocou as mãos no rosto, e depois posicionou as mesmas na cintura. — Eu não acredito, eu não posso confiar nos meus próprios filhos? Vocês sabem o risco que estão passando aqui? Vocês pelo menos me escutam?
As crianças permaneceram caladas, e seus olhares baixos, de longe podiam ver que eles estavam tristes, mas também estavam longe de estarem arrependidos.
— Sinceramente, vocês quebraram minha confiança, mentiram para mim e ainda fizeram o senhor e a senhora Weasley de bobos!
— Mas mamãe... — Rose tentou se explicar, mas Hermione estava com tanta raiva e preocupação, que a cortou.
— Nem tente, senhorita Rose, já é muita coisa para a minha cabeça! Vocês dois irão ficar de castigo por um bom tempo.
— Ah mas tudo bem né? Não é como se aqui tivesse alguma coisa legal pra fazer mesmo. — Rose disse, Scorpius apenas colocou a mão na boca de sua irmã.
— E mesmo que tenha, vocês não vão fazer por que estão de castigo! — Hermione responde, impaciente. — Eu achei que por vocês serem inteligentes, sempre mostrarem ser obedientes, que iriam me escutar! Nunca passou pela minha cabeça que vocês fariam uma coisa dessas! Sinceramente, desde quando vocês planejam isso?
— Desde que a senhora disse que nós iríamos ficar lá, mãe. — Scorpius diz, com uma voz baixa, quase que um sussurro.
— Ah, claro, era de se esperar! E eu toda inocente acreditando que vocês haviam aceitado super bem que nem haviam contestado, agora sei o porquê que não contestaram!!! — Hermione levou uma de suas mãos à sua testa, e respirou fundo.
— Desculpa, mãe! — Os dois falaram em uníssono, mas o arrependimento não estava tão claro em suas faces. — Nós só queríamos acompanhar vocês! — Rose disse, suspirando em seguida.
— Eu sei disso! — Hermione encarou os dois. — Mas eu queria deixar vocês aos cuidados dos Weasleys por que Hogwarts não é um lugar tão seguro agora, eu queria ter a certeza que poderia descansar, estudar e não me preocupar pois vocês estariam em boas mãos! Apesar que, ainda sim, eu me preocuparia com vocês, mas não da mesma forma que eu me preocupo aqui!! Eles são ótimos bruxos, e vocês estariam em completa segurança! — Ela respirou fundo. — Mas o que aconteceu, aconteceu. Não adianta mais ficar brigando com vocês por uma coisa que já fizeram!
— Exatamente, mamãe! Não adianta mais brigar com a gente por uma coisa que já pass... — Rose diz, tentando acabar com aquilo.
— Vocês estão isentos da briga, mas não isentos do castigo! — Hermione adiantou, e Rose suspirou assentindo com a cabeça. — Vamos, subindo para os dormitórios para descansarem um pouco.
— Mas mãe, você não falou quais são nossos castigos! — Scorpius disse, fazendo Rose respirar fundo e contar até dez, "burro" pequena garota soltou.
— Vocês não irão sair da comunal sem a minha permissão, 1 semana sem xadrez bruxo, sem biblioteca por 1 semana! — As crianças suspiravam a cada palavra de Hermione. — E mesmo assim, parece ser pouco.
As crianças subiram para o dormitório da Grifinória, iriam descansar para fazer absolutamente nada na manhã seguinte, já que estavam proibidos de passear pela escola como faziam antes!
•••
Draco estava triste, e ninguém poderia julga-lo! Sua vida estava triste, não tinha nada além das crianças e Hermione que alegraria aquele coração; mas naquele momento, mesmo com toda a tristeza que ele sentia, ele queria ficar só e pensar em como tudo isso iria acabar.
Ele estava mais triste, pelo fato de que havia quebrado o coração da única pessoa que ainda que não soubesse de tudo que está se passando, não soltava sua mão nem 1 minuto, que sempre estava ali para apoiá-lo no que fosse.— É demais para ela! — Ele pensou. — Ela tem os próprios problemas, ela vem sendo perseguida por anos pelo Voldemort por apenas ser amiga do Potter, se ele descobrisse que ela é a pessoa que eu amo, ele iria usá-la de todas as formas, você fez o certo Draco! Você está protegendo ela, as crianças, sua família.
— Mas por que eu? — Ele se perguntava. — Por que isso tinha que acontecer comigo? Isso não é justo!
Por causa da decisão de seus pais, mais por parte de Lucius em seguir o Lorde, ele estava envolvido! Aquilo era uma relação de sangue, se os pais estavam, era meio óbvio que o filho não podia se rebelar contra; e parando para pensar, se isso tudo não houvesse acontecido, se a sua vida não houvesse mudado do nada ele estaria daquele lado sem pestanejar, do lado que ele sempre acreditou que era o certo.
Mas por que o pai dele tinha que ser assim? Fazer escolhas por ele e pela família sem pensar nas consequências? Ele não pensou nos sentimentos e da própria escolha do filho.
— Bobagem minha pensar que ele se importaria com meus sentimentos. — Draco soltou uma risada, logo mudando sua expressão para tristeza. — Se isso tudo não tivesse acontecido, eu sei que ainda seria um babaca.
Draco fez escolhas toda a sua vida, ele poderia ter escolhido ser legal, ser uma pessoa gentil apesar do que ele havia aprendido, logo, ele pensou em pessoas que cresceram em lares como o dele mas que não agiram da mesma forma que ele agiu a vida inteira.
— Não posso culpá-lo por tudo, é claro que não posso! Mas isso é tão mais fácil! Finalmente ter uma explicação do motivo que eu sou assim. Mas nem tudo foi culpa dele, eu sei.
— Cara.. você tá bem? — Blaise olha para Draco com uma cara de confuso, ele estava tão perdido em seus pensamentos que não sabia que a sua voz que ele pensava que estava dentro da cabeça dele, estava saindo de sua boca. Ele também nem havia percebido que Blaise havia chegado ao dormitório, e provavelmente havia escutado tudo. — Julgando pelo seu desabafo, não né?
— Pra falar a verdade, não mesmo! — Draco suspirou. — Blaise, eu não sei o que eu faço, de verdade.
— Por que você está se remoendo aí? — Blaise sentou em frente de Draco, que revistou o dormitório para ver se não havia mais ninguém; Ele afastou a manga de sua camisa longa preta de seu braço para que Blaise pudesse ver a marca que agora estava nele. — Mas que porra é essa Draco?
— Fala baixo, Blaise. — Draco pediu, quase sussurrando, e puxando sua manga para cobrir seu braço.
— Você realmente entrou para isso? você é doido? Hermione já sabe? — Blaise sussurrou, indignado.
— Não foi minha escolha, Blaise. — Draco respirou fundo. — Eu pedi um tempo a Hermione e ela não precisa saber.
— Claro que ela precisa saber, Draco. — Blaise responde. — Draco, isso é perigoso demais!
— E é exatamente por ser perigoso que eu não vou dizer a ela, Blaise. — Draco disse. — Eu não vou por minha família em perigo mais do que já estou colocando; Eu não quero dar esse desgosto para eles mostrando essa coisa que tenho agora marcada comigo.
— Mas antes ela sabendo do perigo Draco, do que não estando alerta. — Blaise responde. — Você entende? Ela precisa se preparar e vocês precisam proteger seus filhos, ela PRECISA dessa informação Draco.
Draco ficou pensativo, e apenas afirmou com a cabeça, ele estava certo, aquele era mesmo o certo a se fazer.
Continua...
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Malfoy Granger: Twins
Fanfiction- O quê? Hermione olhava para as duas crianças à sua frente, sua pele estava pálida e sua boca entreaberta. - É, eles disseram que eram seus filhos; e do Malfoy. - Harry a encarava, com uma vontade de rir enorme: a expressão dela era impagável. - E...