Hermione Granger;
Tentava prestar atenção na aula de transfiguração, na tentativa também de ignorar os pássaros de papéis que enviavam para mim; eu já sabia quem era e por isso ignorava: Malfoy já estava passando dos limites com suas brincadeiras e eu estou começando à sentir mais ódio do que costumava ter dele.
- Psiu! - Ele fazia isso pela 5° vez. - meu amor! - Os amigos dele riam e eu revirava os olhos, Rony estava do meu lado mais vermelho do que um pimentão - costumávamos comparar ele à um pimentão quando estava com raiva ou incomodado com algo.
- Malfoy, fica na sua e deixa a Hermione em paz. - Rony soltou, o loiro fez um "uuh" com a boca, se levantando logo em seguida.- Ou vai fazer o quê, cenoura?? - Retrucou, enquanto cruzava os braços, tentei fazer com que Rony não levantasse, mas ele apenas me afastou; pude escutar os passos apressados da professora Mcgonagall se aproximando de nós e com a varinha, tocar no ombro de Rony.
- Rapazes, aqui não é lugar para briguinhas infantis, vocês são crescidos demais para isso! - Eles se sentaram novamente, e ela ajeitou seus óculos. - Posso prosseguir à aula? - encarou os dois antes de voltar para frente de sua mesa.
A aula se passou, mas com olhares raivosos entre os dois garotos e ameaças em pássaros de papel, eu já estava cansada de tudo isso e apenas suspirei, saindo da sala quando acabou.
- Tem que acalmar seu amiguinho, meu amor! - Malfoy chegou por trás de mim, apenas segurei na minha varinha fortemente - Não vou fazer nada com você, Hermione!
Ele me encarou, enquanto deixava os alunos passarem por nós na saída da sala.
- Malfoy, ele não está errado em querer te bater, até eu mesma quero te bater! - Disse enquanto negava com a cabeça, revirando os olhos quando ele fez questão de tampar meu caminho, ficando em minha frente. - Malfoy o que você quer?
- Me ajude com aritmância e eu deixo você em paz por uma semana! - Ele disse e eu soltei uma risada, negando com a cabeça. - E ainda deixo o cenoura livre de ganhar um murro meu. - Ele disse enquanto sorria.
- Do mesmo jeito Draco, mesmo se eu concordasse em te ajudar, eu sei que não vai cumprir e eu sei que o Rony vai estar livre de ganhar um murro seu de qualquer maneira.
- Porque ele estaria livre? - Ele me perguntou, com a sobrancelha arqueada.
- Porquê ele te bateria primeiro se esse fosse o caso, e você ficaria no chão sem reação. - Encolhi os ombros enquanto falava, e vi o rosto de Malfoy ficar vermelho.
- E você aceitaria que seu amiguinho batesse no amor de sua vida? - Eu soltei uma risada, enquanto via os olhos acizentados dele me encararem.
- Pra mim você nunca vai ser o amor da minha vida, Malfoy, existem opções melhores.
Hermione Off.
Aquelas palavras de Hermione pareciam ter perfurado o peito de Draco profundamente, ele apenas ficou parado a encarando seriamente e simplesmente sem chão, como se tivesse voando na vassoura mais rápida do universo.
- Ok! - Ele saiu da frente dela e começou à andar, ela apenas observava ele de longe se perguntando se havia ido longe demais com as palavras, até lembrar que aquele era o Malfoy e que nunca se magoaria por pouca coisa, como ele ja fizera pior com ela antes.
Hermione seguiu seu caminho para a aula de poções, poderia se dizer que ela estava extremamente pensativa sobre isso; Draco mal à olhou durante a aula seguinte e muito menos falou ou fez alguma piada sem graça como costumara, estava com o semblante sério e só falava sobre o trabalho de poções quando lhe era conveniente.
- Gosto da parte que ele fica longe de você e mal te olha. - Rony disse, quando Hermione resolveu contar aos seus amigos sobre o que havia acontecido mais cedo, Hermione encarava a mesa da Sonserina, vendo que Draco mal mexia em sua comida e mal falava com Blaise e Pansy.
Harry apenas trocou olhares com Ginny que Hermione tentava decifrar e apesar de ter uma inteligência surpreendente, não conseguiu e optou por sair dali e levar um pouco de suco para Rose que à esperava na comunal.
- Papai está triste! - Foi a primeira coisa que escutou da garotinha quando entrou e se sentou no sofá. - Eu o encontrei chorando.
- Chorando Rose? - Hermione se sentiu, pela primeira vez quando entrava no assunto Malfoy; culpada. - Porque ele chorava?
- Ele... - Ela pintava uma figura de um homem alto, de preto e cabelos platinados, certamente seu pai. - Ele disse assim "alguém fez papai se sentir um inútil filha, e papai já estava se sentindo mal antes disso acontecer. " e ele falou que eu era muito nova pra entender essas coisas e não quis mais falar nada, daí ele me deixou ali na mulher gorda e me abraçou forte demais antes de ir. - Hermione a olhava perplexa e observava a sua filha, voltar à pintar enquanto seu olhar ia pro chão: será que havia sido muito dura ele?, apesar de saber também sobre o que ele estava passando com sua família.
Narcisa Malfoy e Lucius Malfoy estavam envolvidos na volta de você-sabe-quem e todos sabiam disso porquê eles faziam questão de demonstrar o maior interesse e orgulho de fazerem parte da seita satânica de Voldemort e pretendiam não esconder de ninguém, além disso, Hermione estava receosa de que os pais de Draco soubessem das crianças e de toda a história, e que tirassem suas próprias conclusões e tentassem fazer algo contra isso: qualquer coisa seria valida para que seu filho não casasse com uma sangue-ruim.
Ela se levantou, entregando o suco para sua filha e saindo de sua comunal novamente, precisava se resolver com Draco e pedir desculpas por fazer ele se sentir mais mal do que ele já estava se sentindo; ela andava pelos corredores rezando para Merlin para encontra-lo o mais rápido possível, andava por perto das masmorras e viu duas pessoas de longe: Draco e Blaise conversavam e era algo que parecia ser importante: apenas os dois estavam no corredor e então Hermione se escondeu em uma pilastra.
- Eu preciso Blaise, minha mãe diz que eu tenho que me juntar à eles. - Draco falava, enquanto negava com a cabeça e se encostava na parede. - Tenho que dar orgulho ao Lorde. - Continuou, enquanto Blaise afirmava com a cabeça, pensativo e observando o amigo. - Só que isso vai me custar caro, talvez a vida de Potter ou até mesmo da Hermione.
- E as crianças? - Blaise perguntou, enquanto colocava as mãos nos bolsos de sua calça.
- Vou tentar proteger elas durante a guerra, se elas ainda estiverem aqui. - Blaise concordou com a cabeça, se retirando segundos depois. - Eu sei que você está aí, Hermione!
Ela tentou fazer o mínimo barulho possível, prendia sua respiração e se perguntava como ele havia adivinhado que ela estaria ali.
- Eu te vi.
Ela finalmente saiu devagar e foi em direção à ele.
- Do que você e Blaise estavam discutindo? o que tem minha vida? o que tem meus filhos? que guerra? - Ela se desesperava e ele tampou sua boca com as mãos.
- Não vamos falar sobre isso, não confio em você 100%. - Ele tirou sua mão da boca dela e a encarou. - O que você quer, Granger?
- Podemos apenas conversar? sobre o que aconteceu hoje, vi que ficou meio abalado.
- Granger, você se expressou e eu finalmente entendo isso, foi sincera em cada palavra e olha, eu achei que poderia começar à ser mais legal e termos um relacionamento melhor por causa das crianças; mas agora sei que não dá certo.
- Draco..eu...
- Eu vou trocar meus horários de aula, se a professora Mcgonagall permitir, e não te verei mais e nem tirarei sarro da sua cara e muito menos dos seus amigos, pensa, esse é o lado bom, me ver longe sempre vai ser o lado bom de toda história que me envolve.
Hermione havia ficado sem palavras enquanto via Draco virar as costas e ir embora, agora ela se sentia a inútil que por mais que não gostasse dele conseguiu magoar ele.
Continua.
Olá, guys, desculpa a demora para atualizar (sei que deveria ter atualizado tempos atrás, mas infelizmente fiquei sem tempo.) é isso e até depois :) obrigada pelos 3K.
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Malfoy Granger: Twins
Fanfic- O quê? Hermione olhava para as duas crianças à sua frente, sua pele estava pálida e sua boca entreaberta. - É, eles disseram que eram seus filhos; e do Malfoy. - Harry a encarava, com uma vontade de rir enorme: a expressão dela era impagável. - E...