C l u b e d e D u e l o s
A notícia de que Colin Creevey fora atacado e agora se achava deitado como morto na ala hospitalar espalhou-se pela escola inteira até a manhã de domingo. A atmosfera carregou-se de boatos e suspeitas. Os alunos do primeiro ano agora andavam pelo castelo em grupos unidos, como se tivessem medo de ser atacados, caso se aventurassem a andar sozinhos.
Pansy estava desaparecendo cada vez mais, e Draco e Diana estavam verdadeiramente preocupados. Os dois tentavam conversar com a menina, mas ela sempre se esquivava do assunto ou arrumava uma desculpa para ir embora novamente.
Nesse meio-tempo, escondido dos professores, assolava a escola um próspero comércio de talismãs, amuletos e outras mandingas protetoras. Neville Longbottom comprara um, mas Draco não tinha muita certeza do porquê, já que ele era sangue-puro e não corria perigo, se a lenda da Câmara Secreta estava correta.
Uma semana mais tarde, Draco recebeu a notícia de que estariam reabrindo o Clube de Duelos. Draco, Pansy e Diana ficaram animados com a ideia. Assim, às oito horas daquela noite os três voltaram correndo para o Salão Principal. As longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, cuja iluminação era produzida por milhares de velas que flutuavam no alto. O teto voltara a ser um veludo negro, e a maior parte da escola parecia estar reunida sob ele, as varinhas na mão e as caras animadas.
"Ah, que bom que vamos ter alguém experiente." Pansy comentou com sarcasmo quando Gilderoy Lockhart vinha entrando no palco, resplandecente em suas vestes ameixa-escuras, acompanhado por ninguém mais do que Sirius Black.
O professor de vôo foi bem aplaudido - especialmente pela Grifinória. Lockhart acenou um braço pedindo silêncio e disse em voz alta:
"Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente!
"O Prof. Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno Clube de Duelos, para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões, quem quiser conhecer os detalhes, leia os livros que publiquei.
"Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Prof. Black", disse Lockhart, dando um largo sorriso. "Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de vôo mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo!"
"Não acho que estão preocupados comigo, Gilderoy." Disse Sirius com um leve sorrisinho travesso, girando sua varinha entre os dedos. Lockhart riu em uma tentativa falha de esconder seu desprazer.
Draco assistiu com diversão quando os dois professores se viraram um para o outro e trocaram reverências.
"Pads vai acabar com ele." Draco não se surpreendeu ao ouvir a voz de Harry ao seu lado. Percebeu Ron e Hermione um pouco afastados. Arqueou a sobrancelha com o apelido e o grifinório se corrigiu. "Sirius."
"Certo." Disse Draco com um sorrisinho.
"Tomara mesmo." Diana resmungou.
"Como vocês veem, estamos segurando nossas varinhas na posição de combate normalmente adotada." Disse Lockhart aos alunos em silêncio. "Quando contarmos três, lançaremos os primeiros feitiços. Nenhum de nós está pretendendo matar, é claro."
"Isso é o que ele pensa." Harry murmurou, entretido. Como se tivesse escutado, Sirius encontrou seu afilhado na multidão e enviou-lhe uma piscadela.
"Um... doi...!"
"Expelliarmus!" Viram um lampejo vermelho ofuscante e Lockhart foi lançado para o alto: voou para os fundos do palco, colidiu com a parede, foi escorregando e acabou estatelado no chão.
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O Papel das Sombras - O menino que sobreviveu 2
FanfictionDraco estava determinado a passar seu segundo ano sem mais problemas, mas é claro que ninguém iria permitir que isso acontecesse. E, dessa vez, ele não só tem que lidar com mais uma ameaça em Hogwarts, mas agora também havia uma mais nova suspeita c...