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C â m a r a    S e c r e t a

"Acham que a vítima do monstro da Câmara foi a Murta-Que-Geme?!" Diana exclamou em voz baixa, encarando os dois grifinórios com surpresa enquanto os quatros deixavam a aula de feitiços que a Grifinória e a Sonserina compartilhava.

"Pensa só!" Murmurou Harry. "Aragogue disse que ela foi encontrada no banheiro. Não é uma certeza, mas vale a pena checar, não é?"

Draco assentiu. "Harry está certo, é uma ideia. Mas ainda sim..." Ele não terminou, mas os outros conseguiam sentir sua hesitação.

Fora bastante difícil encontrar as aranhas. Fugir dos professores o tempo suficiente para entrar escondido em um banheiro de meninas, e ainda por cima o banheiro de meninas bem ao lado da cena do primeiro ataque, ia ser quase impossível.

Mas aconteceu uma coisa logo na primeira aula, Transfiguração, que varreu a Câmara Secreta para longe dos pensamentos dos dois garotos pela primeira vez em semanas. Minutos depois de entrarem em sala, o Prof Slughorn avisou que os exames começariam no dia primeiro de junho, dali a uma semana.

"Exames?!" Exclamou Tracey Davis. "Com os acontecidos, querem que prestemos atenção em exames?"

"As instruções que recebi do Prof. Dumbledore foram no sentido de manter a escola funcionando o mais normalmente possível. E isto, não preciso dizer, significa descobrir o quanto os senhores aprenderam neste ano." Respondeu o professor.

Draco suspirou. Ele era bom na escola, tinha uma facilidade para aprender e haviam matérias que ele estudava com Regulus antes mesmo de entrar em Hogwarts. Contudo, ele vem andando distraído com tudo que acontecia na escola nesses últimos meses, e sabia que teria que parar de negligenciar seus estudos se quisesse passar de ano com tranquilidade.

Três dias antes do primeiro exame, a Prof a McGonagall deu outro aviso no café da manhã.

"Tenho boas notícias." Disse, e os alunos no Salão, ao invés de se calarem, desataram a falar.

"Dumbledore vai voltar!" Exclamaram de alegria vários alunos.

"Apanharam o herdeiro de Slytherin!" Gritou, esganiçada, uma menina na mesa da Corvinal.

"Os jogos de quadribol vão recomeçar!" Berrou Oliver excitado.

Quando o vozerio diminuiu, a professora disse:

"A Prof a Sprout me informou que finalmente as mandrágoras estão prontas para serem colhidas. Hoje à noite, poderemos ressuscitar os alunos que foram petrificados. Não será preciso lembrar a todos que um deles talvez possa nos dizer quem ou o que os atacou. Tenho esperanças que este ano tenebroso terminará com a captura do culpado."

O Salão se encheu de vivas. Draco sentiu-se aliviado - especialmente considerando que Hermione era uma das vítimas - e não sentiu mais tanta pressa para descobrir se Murta era ou não a vítima da última vez que a Câmara Secreta havia sido aberta.

Nesse instante Pansy se aproximou e se sentou ao lado de Diana. Parecia tensa e nervosa e Draco reparou que torcia as mãos no colo. Ele franziu a testa, vendo os olhos da menina correrem pelo salão.

"O que aconteceu, Pans?" Diana questionou com preocupação.

"Eu..." Estava se balançando para a frente e para trás na cadeira, levemente trêmula. Ela hesitou por um instante, então sua expressão se fechou. "Eu queria saber se poderiam me ajudar com poções? O dever é um saco!"

Draco e Diana trocaram olhares, os dois sabendo que Pansy não estava nem um pouco bem, mas não sabendo exatamente o que fazer sobre o assunto. Ela não era o tipo de pessoa que falava quando pressionava, então eles não podiam perguntar muito, ou ela iria simplesmente se afastar mais ainda.

O Papel das Sombras - O menino que sobreviveu 2Onde histórias criam vida. Descubra agora