CAPÍTULO 25 - SURPRESA

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POV CHAY

      A segunda-feira chegou. Mel se despediu de mim hoje de manhã indo pra RS, e agora finalmente estou no meu apê em SP. Era confortante demais estar em casa, principalmente sabendo que vou ter companhia essa semana. To animado mesmo sabendo que ela ainda teria que me confirmar se vinha mesmo. Concentro o resto das minhas poucas energias na organização dessa casa, até a hora de dormir.

POV MEL

      Terça-feira à noite eu confirmo meu vôo pra SP com a Ju. Tudo aqui está bem calmo, e minha vó parece bem, já até começou a fazer gracinhas com a gente. Aviso minha mãe que amanhã viajo e peço pra ela não êxitar em me ligar, caso qualquer coisa aconteça. Recebo o beijo carinhoso de Berenice na cabeça e vou pro meu quarto, ligar pro moço onde pretendo me hospedar.

-- ligação on --

— Alô, Chay? – digo assim que ele me atende, já no terceiro toque.

— Oi Melzinha! – ouço sua voz animada.

— Atrapalho? – pergunto.

— Não, nunca. – ele responde e me faz sorrir.

— Percebi, me atendeu rápido. – digo.

— É, to de bobeira. E ai, você vem? – sua voz soa curiosa.

— Tudo crê que sim, minha vó até ta fazendo graça já.

— Ah, que ótimo morena. To feliz.

— Porque minha vó ta fazendo graça? – pergunto sem entender.

— Também. Mas é mais porque você vem. – ele confessa.

— Que bonitinho. – sorrio – Mas preciso te dizer uma coisa. – digo mais seria.

— Fala, to todo ouvidos.

— Você aceita só a minha companhia? – pergunto.

— Ih, porquê essa pergunta? Não entendi.

— Ta, vou ser mais específica: Em só a minha companhia eu digo, sem sexo.

— Ah, acho que já saquei... Mas me fala só pra mim ter certeza. – ele pede.

— Eu to com a minha colega mensal aqui, ela veio me fazer uma visita hoje de manhã.

— Ahñ?

— Você não entendeu? – começo a rir.

— Não, que colega é essa? O que isso tem a ver? – ele questiona.

— Seu lerdo, to falando da mestruação! – gargalho.

— Ah... Não, ta, faz sentido agora. – ouço ele rir baixo, entendendo.

— E ai? Qual a resposta? – pergunto voltando ao assunto.

— Ah Melzinha, eu quero você. Aquela última vez compensa sua vinda aqui, eu me contento.

— Que bom, porque se caso sua resposta fosse ao contrário eu ia te dar um pé na bunda agora, Suede!

— Ia nada, você ama minha companhia.

— Amo, mas tudo tem limite também.

— Pois eu não tenho!

— To vendo... Mas é sério Chay, vai querer minha companhia mesmo?

— Qual a parte do, quero você, que você ainda não entendeu?

— Ah, sei lá. Das vezes que ficamos juntos foi tudo na base do fogo e não muito da companhia.

— Só vem, Melzinha, só vem.

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