Rafaella olhou no fundo dos olhos de Bianca, elas estavam próximas, ela queria aquilo, então por que não? A mineira sorriu, fechou os olhos voltando a aproximar sua boca da da outra e a carioca também fechou os seus, sentindo o coração acelerar ainda mais em expectativa. Rafa firmou o aperto na nuca dela, encaixou seus lábios e desfrutou da textura macia sentindo os efeitos daquele simples contato no corpo inteiro.
O barulho de algo se quebrando impediu que o beijo fosse aprofundado e fez com que se afastassem assustadas. Enquanto Bianca foi ver o que tinha acontecido xingando o universo mentalmente, Rafaella percebeu uma onda de sentimentos inesperados que lhe deixaram atordoada se espalhando. Uma coisa era sentir atração pela carioca, ela já tinha aceitado aquilo. Outra completamente diferente era toda aquela confusão de emoções depois de um simples beijo que nem beijão não tinha sido.
— Acho que não vai rolar fazer mais um pedido né? — Bianca perguntou em partes brincando e em partes querendo continuar de onde tinham parado quando voltou para perto da mineira.
— Ihhh fia tá achando que eu sou fácil assim é? — Rafaella fez piada tentando passar diversão na voz, mas sentindo o coração acelerado só de pensar na possibilidade — Pedir até pode, agora receber...
Bianca se sentiu frustrada com a resposta, tinha gostado do beijo e queria muito continuar ele, mas não adiantava querer sozinha.
— Ah, esqueci que você é uma moça de família minha rosa. Que tal um encontro antes, então? Eu pego uma garrafa de vinho, alguns sanduíches que sobraram do piquenique e a gente come a sobremesa lá no meu quarto mesmo — ela respondeu brincando também e tentando esconder seu desagrado. Sabia que a noite tinha acabado ali, só esperava que não ficasse um clima estranho entre elas — Não? Tudo bem, mas o vinho é ótimo viu? Tu tás perdendo.
Rafaella sorriu ao perceber que ela não insistiria no assunto. Não sabia se teria cabeça para fingir estar tranquila com aquela situação por muito mais tempo e estava agradecida demais por Bianca decidir respeitar seu afastamento sem questionar nada mesmo parecendo insatisfeita com a situação. Era incrível como a carioca sempre sabia como agir com ela.
— Tremzinho besta! — falou sorrindo e puxando Bianca para um abraço de tchau meio desengonçado devido ao Apolo — Muito obrigada por hoje, esse foi o melhor mesversário de planta que eu já presenciei.
— Isso é porque tu não viu o que a gente tá planejando para o próximo Rafinha — Bianca falou e então deu um beijo na bochecha da mineira — Obrigada por ter aceitado participar.
— Eu não perderia por nada Bia — falou sentindo o coração acelerar ainda mais com o contato — Mas ouuu, eu quero ajudar a planejar o próximo.
Bianca sentiu o alívio lhe atingir ao ouvir aquilo. Se Rafaella queria planejar o próximo mêsversário do Apolo junto com ela significava que ela não deixaria o clima ficar estranho. Elas estavam bem afinal e era só isso que queria.
— Pode deixar patroa! Amanhã mesmo já começo a te enviar as ideias que eu tive, tu vais amar! — respondeu feliz vendo Rafaella abrir o sorriso que lhe encantava enquanto iam até o carro da mineira — Até outro dia então? — perguntou se apoiando na porta enquanto a outra ajeitava o cinto no Apolo.
— Pode ter certeza Bi — A mineira respondeu lhe dando um último abraço apertado antes de entrar no veículo e ir embora. Bianca poderia estar imaginando coisas, mas o coração de Rafa parecia quase tão acelerado quanto o seu próprio durante o abraço. "Será que ela se sente tão afetada com a proximidade quanto eu?" pensou e sorriu boba, seria incrível se aquele fosse o caso.
Quando voltou para dentro de casa ainda com o sorrisinho no rosto ouviu a voz de Venturotti lhe atentando.
— Você adotou mesmo o apelido de patroa hein? Agora só falta latir e dar a patinha — a mulher falou rindo e se abaixando bem a tempo de evitar que uma almofada lhe atingisse.
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Tudo Pelo Seu Sorriso
FanfictionBianca e Rafaella não se falam. Isso até Rafa enviar um direct para a carioca depois de beber: "Quando os ataques param de doer?" Bia então decide fazer todo o possível para distrair a mineira dos comentários negativos. O que começa como empatia pod...