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Respirei fundo, mais uma vez e finalmente ganhei coragem.
Abri a porta da delegacia e suspirei sem saber o passo seguinte.

Já tinham passado dois meses desde que que o Draken tinha ido embora, era quase Natal.

Eu não queria, mas o Declan estava certo, eu precisava fazer aquilo, eu disse para ele que não ia adiantar, já que o Collins era rico e o Giller estava morto, mas ele disse para que eu fizesse na mesma, que eu me sentiria mais leve.

—Oi, posso ajudar?— uma policial bonita, perguntou e eu congelei.

Neguei com a cabeça e sai da delegacia, o céu estava escuro e tinha algumas nuvens cinzentas, indicando que ia chover a qualquer momento e eu lá, de short e uma blusa leve de mangas compridas. Me afastei o mais rápido possível de lá e frase meu cenho assutada quando um Mustang surgido do nada estacionou bem a minha frente e quase esmagou meus pés.

Ele baixou o vidro e mandou eu entrar no carro. Franzi meu cenho, mas obedeci, eu sempre obedecia.

—O que estava fazendo?

—Porquê estava me seguindo?— não procurou saber se ele realmente me seguia, eu já sabia que sim, tinha a certeza disso.

—O que você fez Kyara?!— o loiro estava irritado.

—Nada, eu não tive coragem okay?!— falei assustada e ele me olhou por mais alguns instantes antes de dar partida.

Respirei fundo, seu cheiro não tinha mudado.

—Eu estou bem, obrigada por se preocupar!— falei sarcástica e o vi revirar seus bonitos olhos azuis.

—Você está péssima Kyara e também não perguntou como eu estava então, me erra!

—Eu não tenho que perguntar como você está Collins, porque foi você quem foi embora não eu!

—Não cansa de falar isso?

—Eu canso, mas parece que você não entende!

—Eu posso ter ido embora, mas pelo menos não destruí sua vida, te tornando uma toxicodependente, antes de te abandonar igual seu dragãozinho fez!

—O Draken não me abandonou ele vai voltar, e porquê está falando dele assim, foi você quem me mandou procurá-lo!

—Acha mesmo que ele vai voltar?— o garoto riu e eu cruzei meus braços.

—Tenho certeza!— eu tinha mesmo, mas era de que ele não voltaria, mas não daria ao Collins o gostinho de saber disso.

—Então okay, auto ilusão faz bem para todos!

—Porquê estou aqui afinal?— o olhei irritada.

—Boa pergunta!— o loiro sorriu de forma maliciosa para mim e não deu para não revirar meus olhos.

—Eu nunca mais vou transar com você! Esquece, só me leva para casa!

—Acha mesmo que tem escolha?— eu sabia que não e no fundo eu nem queria ter, eu só não podia me entregar de bandeja.

Não respondi e vi o garoto loiro encostar seu carro na berma da estrada e desligar os faróis.

—Kieton!— revirei meus olhos ao repreendê-lo. Mas ele não quis saber e meteu a mão ao meu pescoço, para me levar a seu encontro.

Soltei o ar pelo nariz, foi só seus lábios tocarem os meus, que meus mamilos ficaram rijos e meu clitóris pulsou, pedindo por ele.

—Kieton!— chamei por ele ao afastá-lo de mim e o garoto grunhiu.

Pecado de minha peleOnde histórias criam vida. Descubra agora