"Olá, caro leitor(a)
Imagino que você deva estar curioso para saber o que vai descobrir lendo este relatório, já vou avisando que ele contém informações precisas que se caírem em mãos erradas podem começar uma guerra entre países vizinhos. Por que estou revelando elas então?
Bem, talvez eu queira que uma guerra se inicie, talvez eu queira que uma fagulha queime entre ambos os lados e eu estaria assistindo enquanto me embebedo com vinho. Isso faz de mim o vilão?
Se faz, eu não me importo mais.
Chega de enrolar porque eu vou contar quando às duas bases Coreanas (Sul e Norte) caíram por conta de um amor sórdido de seus soldadinhos de papel.
E essa historia se inicia numa tarde nublada em Seul, em uma base secreta que ficava oculta nas montanhas, longe da movimentada de cidade, coberta pelas árvores e neve. A KD era uma base denominada "Korean Division", sendo a principal organização de serviço secreto da Coreia do Sul. Muitos cidadãos brincam com o termo pensando que a divisão não existe, mas ficariam chocados com o que acontece por de baixo da expansão de "kpop e dorama" para os estrangeiros.
Ela existe e desde o fim dos anos 50.
A divisão compreende 5 direções-gerais.
A primeira direção, a mais importante, incluía a subdireção dos ilegais (agentes que viviam no estrangeiro sob uma falsa identidade), a subdireção científica e técnica, um serviço de contraespionagem, serviço de ação e um sobre os negócios sujos (assassinatos, atentados, sequestros, bombas). A segunda e terceira direções-gerais eram encarregadas da informação, vigilância e da segurança interna, a quarta dos guardas da fronteira e a quinta, das escolas, que são muitas e variadas.
Haviam outras diretorias além dessas cinco, mas conforme vocês vão acompanhar nesse relatório não precisarei me estender nesses detalhes agora.
E foi em nessa tarde nublada que um dos agentes que monitorava os dados da KD notou uma atividade suspeita de um usuário que não tinha ID reconhecível, ele franziu o cenho e ergueu a sobrancelha esquerda, enrijeceu a postura e ficou observando pela tela do computador o rastro deixado pelo suspeito. Seus dedos foram ágeis para começar a perceber onde ele estava indo, mas, novamente, ficou sem reação quando seu acesso estava sendo negado.
Como um corpo que nega o seu doador.
— Senhor! — O soldado exclamou chamando atenção daquele que possuía o título de alto padrão.
Chanyeol, possuidor oficial do círculo dos Oficiais Generais nas forças armada coreana, tinha um rosto que parecia amigável para quem o conhecia de primeira, pois a fama dele era de um homem que merecia o título de maior cafajeste que este mundo já conhecerá. Fanfarrão. Mas quando estava no trabalho sua postura era fria como o muro de Berlim e assim marchou até ficar ao lado de seu soldado com seu terno preto bem alinhado, sem qualquer amassado ou fiapo.
— O que foi?
— Alguém esta tentando acessar o nosso servidor, senhor!
Chanyeol se curvou para observar a tela de computador e deixou seus olhos vagarem por esse sujeito que parecia revirar os arquivos como se fossem gavetas, uma por uma, bagunçava elas.
— Qual a localização? — Indagou ainda mantendo seus olhos na tela.
— Ainda não verifiquei, senhor.
— E está esperando o quê? A porra de um convite?
— Não, senhor, mas ele bloqueou o meu acesso. — O soldado explicou com o tom de voz alto, o típico usado para alguém da sua posição. — Se eu estiver errado, seus dados parecem está em busca da primeira divisão e numero 0456.
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Gaiola
RomanceVítima dos próprios desejos, escravos dos próprios prazeres. É assim que se inicia um romance sombrio entre dois espiões coreanos.