THE DEVIL'S OBLIVION - VINNIE HACKER

Capítulo 5

Aos poucos vejo todos os membros saindo e logo atrás, Vincent.

- Vem comigo. - Me puxando pelo braço, ele me direciona à uma adega. - Escolhe uma bebida. - Ele pede.

Ando de um lado para o outro, procurando uma bebida decente. Até que vejo em um canto, uma garrafa de Whisky Macallan Decanter, um single malt de 64 anos e um dos mais caros também... Tenho um em minha adega, mas nunca o bebo.

- Esse. - Digo retirando o Macallan da prateleira. Vinnie arregala os olhos. - Me diz que você pelo menos tem noção de quanto custa isso... - Ele provoca.

- 77.130 euros por litro, ou 3.085 euros o copo de 40 ml. - Sorrio e ele pega a garrafa de minha mão, à servindo em dois copos, e me entregando um ele se recosta no balcão.

- Porquê deixou eu matar um de seus homens? - Pergunto, quebrando o silêncio que havia pairado sobre nós. - Na verdade, eu não deixei. - Ele se impõe. 

- Poderia ter feito algo comigo depois daqueles tiros, e não fez. - Você tem um ponto, eu realmente poderia fazer algo... - Vejo o sorriso sacana se formar em seus lábios e seus olhos vagarem sobre meu corpo. - De qualquer forma, ele merecia... - Ele volta a falar, trazendo a atenção para meus olhos. - Ele havia roubado um de meus relógios da Michael Kors e falou o que não devia. - Levanto uma sobrancelha. 

- Ficou com ciúmes, Vincent? - Dando mais uma golada em minha bebida e a deixando no balcão, paro de frente com o mesmo. - Gostou de passar a mão pelo meu pau, Morgana? - O vejo mudar de assunto e sorrio. Pego novamente minha bebida e tento sair de sua frente, mas ele me impede, me segurando pelo quadril, o mesmo me puxa para si. - Abotoar minha camisa foi apenas uma desculpa para encostar em meu corpo, estou certo? - Nego com a cabeça. 

- Está querendo mentir para mim ou para si mesma, Morgan? - Ele me chama pelo apelido, pela segunda vez. Só os mais próximos me chamam assim.. - Meu apelído? Sério? - Ele faz um sim com a cabeça. - Sabe que pode me chamar de Vinnie, né? Por mais excitante que eu ache você me chamando de "Vincent" com um ar de superioridade. - O dou um tapa no braço de brincadeira e nos olhamos, ou tentamos. 

Intercalo o olhar entre seus olhos e sua boca e ele faz o mesmo, finjo que vou o beijar e desvio. Ele cai certinho. - Tão inocente... - Provoco, mas vejo que ele ficou nervoso com a brincadeira. 

- Está fodendo com Kio Cyr a quanto tempo? - Ele pergunta, me soltando e indo até a porta. - Minha vida sexual não te diz respeito, Vincent. - É uma simples pergunta, Morgana. - Ele murmura indiferente.

- A anos. - Respondo pegando o copo da bancada e bebendo o resto que tinha. - E vocês namoram? - Ele pergunta esperando ansiosamente a minha resposta. - Aonde você quer chegar com isso? - Pergunto pegando a garrafa e a virando na boca. - Porque você está se esquivando do assunto? - O mesmo retira a garrafa da minha mão. 

- Não, Vincent. Não namoramos, não curto relacionamentos. Apenas, gostamos de transar quando nos convém. - Tento o dar as costas mas ele me segura. - Temos algo em comum. - A ética que não é. - Rio e ele revira os olhos. - Parece que sua fixação por mim te fez pegar minhas manias, está até revirando os olhos. - Provoco. 

- Se não parar de falar merda, quem vai estar revirando os olhos com a bunda empinada da mesma forma que estava na sala de reuniões e de costas para mim, vai ser você! - Ele diz baixo, sua voz rouca só o torna ainda mais sedutor.. Suas palavras são tão sujas, ele não tem um pingo de educação, tento evitar, mas eu gosto disso nele.

- Imagine isso durante a madrugada e use suas próprias mãos, é o mais perto de transar comigo que irá chegar. - Dou um sorriso sarcástico, pegando o copo de bebida e saindo andando pela cobertura. Que por sinal, é gigante.