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🗒 JULES o'brien pov's
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Mais um dia de trabalho e uma...até que boa, notícia. O senhor Jacob vai tirar férias e me pagou pra cobrir o turno da tarde também. Meu salário aumentou mais ainda.
Eram umas sete horas da noite já e Vinnie já estava comigo.
— E se a gente comer alguma chicletes escondido? As câmeras não estão funcionando não é? - Vinnie sugere.
— Não. Nem pense.
Ele bufou.
— É entediante ficar aqui sem fazer nada. - Ele resmunga revirando os olhos.
— Então vai embora.
— Eu não quero ir embora.
— Você não tem família? O que eles acha de você estar vindo aqui todo o dia?
— Eles acham que estou com minha namorada. - Ele diz simples.
Fomos interrompida pela mesma garota de cabelos castanhos. A do teste de gravidez do outro dia.
— Oi. - Ela diz baixo.
— Tudo bem? Em que posso ajudar?
— Tem...pílulas pra aborto?
Eu me choquei com o pedido.
— Desculpe, eu não posso vender isso. - Nego.
— Por favor. A minha vida depende disso. - Ela insiste.
— Parecia estar desgastada.
— Me desculpe. Eu não posso. Procure a ajuda de um médico profissional. - Tento confortá-la.
Ela deu as costas.
— Mas, pensa bem antes. - Digo antes dela sair.
A mesma parou e me olhou, lançando um sorriso e logo saindo.
— O que rolou aqui? - Vinnie Me olha confuso.
— Ela veio aqui a alguns dias e me pediu um teste de gravidez. Parece que deu positivo
— Gravidez na adolescência pode ser bem ruim.
— Ela podia ter fechado as pernas ou usado camisinha.
Vinnie me olhou assustado.
— E brincadeira, idiota. - Eu ri e dei um empurrãozinho nele.
Ter a companhia de Vinnie me deixava melhor e deixava o serviço mais suportável.
— Posso trazer jogos amanhã? - pergunta mexendo no celular.
— É o meu trabalho e não uma creche.
— Bruxa
— Como é? - Jogo o pano do balcão em cima dele.
— Bruxa. Bru-xa. - Ele solta o celular e começa a rir.
— Você tem cinco anos? Ah, a idade mental é de três - Eu brinco.
— Quer que eu diga o que? - Ele pergunta dando de ombros.
— Que eu sou linda, maravilhosa..
— Gostosa. - Ele completa.
— O QUE? - Me irrito.
Ele riu e saiu correndo pelo meio dos corredores.
— Vinnie seu idiota! - Eu jogo uma embalagem de lenços nele.
— Não pode jogar coisas em mim! - Ele para rindo no fim do corredor.
— Ah eu posso sim! - Jogo um rolo de toalha.
— Jules! - Ele ri. — Desculpa. - Eu revirei os olhos e voltei para o balcão. — Desculpa. - Ele vem atrás. Eu o ignorei. — Desculpa, Jules! - Ele pega as minhas mãos e me vira para ele. — Desculpa? - Ele insiste rindo.
Seu sorriso era perfeitamente alinhado. Seus olhos se cruzam com os meus e faziam um triângulo entre um, outro e a minha boca.
— Babaca. - Dou risada e o empurro.
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