IV

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Já fazia sete dias que Min Yoongi estava na mansão de Kitty

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Já fazia sete dias que Min Yoongi estava na mansão de Kitty. 
 
O alfa havia saído na noite anterior e o ômega não sabia para onde ele foi e nem o que ele iria fazer, e mesmo que tivesse perguntado, Kitty não diria. 
 
Desde o dia que tocou piano para o criminoso, Yoongi se permitiu conversar com ele, conversas curtas sobre suas vivências e o seu eu individual, e também toda vez que Kitty pedia para que tocasse, o ômega tocava a mesma música que ele queria escutar.
 
No início, Yoongi não entendeu as razões dele, mas depois de questioná-lo durante uma refeição matinal, Jimin contou num tom melancólico e nostálgico sobre seu passado, sobre a perda dos pais, os problemas que teve, a solidão e sobre o início de quando entrou no mundo do crime, e principalmente, sobre o motivo de pedir para tocar a mesma canção: era uma música especial que o fazia ficar disperso em suas recordações, voltando para o passado. 
 
Não perguntou mais para Kitty sobre o dia que ele o levaria para casa, mas ainda esperava que ele o deixasse ir. Não era certo o alfa o manter na mansão e ao mesmo tempo não estava desesperado para ir embora, apesar de sentir muita falta do pai, pois acabou compreendendo o porquê ele o mantinha na residência de luxo. 
 
Yoongi ouviu o barulho da porta do quarto. Estava lendo um livro de romance entre um pirata e uma sereia, aproveitando a luz da tarde que atravessava as grandes janelas, antes de içar seus olhos do livro e ver Kitty entrando. 
 
Jimin usava as vestes parecidas com a de Yoongi, calça preta e camisa branca, o que diferenciava eram as cores do colete, enquanto a do alfa era cinza a do ômega era azul escuro.
 
Yoongi saiu da cama, arrumou suas roupas amassadas e colocou os sapatos nos pés. 
 
Jimin se aproximou ficando perto de Yoongi. Os olhos azuis observavam a face alheia devagar, traço por traço, até descer seus olhos brilhantes para o pescoço do ômega, que estava metade coberto pelo colarinho da camisa e apertou a joia que carregava na mão.
 
Yoongi umedeceu os lábios. O olhar violento do alfa em sua pele fazia sentir uma leve queimação no baixo ventre. Era novo para ele. Kitty era o único alfa que olhava para si de forma tão exorbitante e com interesse carnal.
 
— Enquanto vinha para cá, pensei que você pudesse ter fugido — Kitty proferiu, voltando a encarar os olhos do jovem.
 
— Eu não iria fugir... Não sei como poderia voltar para a cidade. Seria arriscado e eu poderia acabar morrendo — murmurou um pouco tímido. Suas mãos transpiravam, então passou elas no tecido da calça para secá-las.
 
— Hm! Fez certo. Poderia ser perigoso e eu ficaria muito preocupado. 
 
— Preocupado? — indagou numa mistura de confusão e curiosidade.
 
— Sim. Tu é minha responsabilidade. E se algo acontecer contigo, iria sentir culpa pelo resto da vida, ômega — disse calmamente, contrariando a forma que seu interior estava, almejante e frenético.
 
— Oh! — exclamou, ficando com os lábios rosados entreabertos. 
 
O alfa ergueu a mão com o objeto valioso, mostrando-o para o mais novo.
 
— Eu trouxe essa joia para você... É uma gargantilha e queria que usasse. Ficará lindo em seu pescoço — sussurrou e levou sua outra mão até o pescoço dele, abaixou o colarinho sem o impedimento do loiro e, com o polegar e o indicador, afagou as duas laterais com delicadeza.
 
Yoongi sentiu um arrepio na espinha com o contato dos dígitos quentes de Kitty em sua derme suave e seu coração bater mais forte contra as costelas.
 
— E-eu não uso jóias... 
 
Kitty sorriu de canto.
 
— Por favor, experimente. Deixa eu ver pelo menos como vai ficar. Se será igual ou não à minha imaginação... — pediu, ansioso. Sua respiração ficava mais pesada.
 
Yoongi umedeceu a garganta e virou de costas para ele. Abaixou mais o colarinho e esperou que que alfa colocasse a gargantilha envolta de seu pescoço.
 
Jimin se aconchegou nele devagar, seus olhos analisaram a pele desnuda e, sem resistir a tentação, encostou seu nariz na derme do ômega, inalando o cheiro de tangerina para sua total perdição. Seu lobo vibrou. Era maravilhoso o perfume dele. 
 
Os olhos de Yoongi abriram-se mais no instante que percebeu o que ele fazia, porém não desejou que ele se afastasse mesmo que fosse errado. O alfa não era nada seu.
 
Em seguida, Kitty colocou a gargantilha de brilhantes no pescoço dele, a pele se eriçou ainda mais com o contato do objeto frio. 
 
— Pronto, agora… Vire de frente para mim, quero ver como ficou em você, Yoongi.
 
O ômega suspirou e obedeceu ao pedido do alfa.
 
Kitty sorriu largo e seus olhos brilharam de forma intensa. 
 
— Uau! Está mil vezes melhor do que fantasiei — confessou, admirando a joia no outro. — Você é lindo sem enfeites. — Mirou os orbes do ômega. — , mas com eles… fica ainda mais lindo.
 
A respiração do ômega ficou descompassada e suas bochechas ficaram rubras como a cor da polpa de uma melancia. 
 
Yoongi direcionou sua mão direita até a gargantilha e abaixou o olhar envergonhado.
 
— Obrigado...
 
Jimin segurou o queixo de Yoongi, ergueu o rosto dele e acariciou seu polegar no local, mantendo seus olhos presos enquanto passou a língua pelo lábio superior.
 
— Eu posso te beijar? — perguntou num timbre rouco.
 
Yoongi se surpreendeu com a fala do alfa, não esperava por esse pedido dele e se afastou, dando dois passos para trás. Seu coração disparou tão alto que os ouvidos de Kitty provavelmente escutaram.
 
— E-eu n-não posso deixar isso acontecer... é errado... 
 
Kitty franziu o cenho. Pensou que o ômega poderia recusar, não que ele falasse o que ouviu.
 
— Errado?
 
— Sim! — Engoliu em seco. — Não posso fazer isso... Só… só depois que eu me casar.
 
Kitty ficou calado, observando o ômega. Depois, respirou fundo e deu dois passos até ele.
 
— Yoongi, se você quiser beijar, você pode. Não precisa esperar o casamento acontecer para isso... — Esfregou o polegar pela bochecha do ômega num carinho delicado, e em seguida, fez o mesmo ato nos lábios atraentes dele. As pálpebras do ômega abaixaram-se um pouco e suas pupilas dilataram. — Eu sei das regras impostas para ômegas pela sociedade francesa, mas você não precisa seguir elas só porque dizem que não é certo.
 
Yoongi ficou mais nervoso e com o interior fervendo. Não sabia o que fazer. Uma parte de si ansiava, outra parte não. Era a razão versus o desejo que sentia no momento.
 
Virou o rosto desfazendo o contato, foi se sentar na beirada da cama e olhou para qualquer outra coisa, menos para ele.
 
— Acho... acho melhor você ir. — Seus lábios tremiam, assim como seu corpo da cabeça aos pés. Não tinha nenhum tipo de experiência sexual alfas e por estar perto de um que estava o desejando, provocava emoções novas em sua derme e íntimo.
 
Jimin suspirou.
 
— Tudo bem! Vou deixar você sozinho. Nos vemos depois, Yoongi. — Saiu e foi direto para a sala de estar, ainda sentindo todas as sensações gostosas em seu corpo e, quando desceu as escadas, ouviu o som do telefone soar no local.
 
Taehyung que ligou para ele mais uma vez. 
 
Ainda não trouxe o filho do Jeon até mim, porque? — Jimin fechou as pálpebras e expirou baixo. — Eu preciso do filho dele aqui o mais rápido possível para que o acordo que fiz com ele dê certo, Kitty — o outro alfa proferiu raivoso.
 
Houve um breve silêncio, até que ele foi quebrado pela fala de Kitty.
 
— Irei levar Yoongi amanhã cedo em sua casa. Não se procure, Kim.
 
19 anos atrás
 
Jungkook ouviu os gritos de Jane ainda mais alto. Gritos de dor e desespero. Ela estava parindo o filhote que esperava.
 
O alfa havia saído para buscar a parteira, mas talvez não foi rápido o suficiente, pois quando adentrou seu aposento com ela, o bebê já estava quase fora por completo da vagina. Jungkook ficou paralisado ao ver a prima suada, descabelada, de pernas abertas e chorando, assim como o bebê. O odor de sangue dominava o local. 
 
A parteira falou algumas frases para o Jeon que no início não conseguiu ouvir. Ele tremia, assustado demais vendo a parteira puxar o pequeno bebê, fazendo os pés dele saírem de dentro da mãe. Um grito final saiu dos lábios da ômega nessa hora, ela chorou ainda mais de alívio e pelo nascimento do filhote. 
 
Com uma pinça e tesoura, a parteira cortou o cordão umbilical. Depois, pegou tecidos de dentro da gaveta para limpar o bebê com a orientação da mãe já que o Jeon não fez o que a parteira pediu.
 
O pequenino teve a maior parte do sangue de seu corpinho retirado e logo foi deixado nos braços da ômega. A parteira saiu do quarto para ir pegar uma bacia com água para finalizar a limpeza no bebê.
 
Jungkook buscou forças para sair da paralisia e se aproximou aos poucos da cama. Ficou olhando para a prima e o filhote, e ambos não paravam de lacrimejar. 
 
Ao notar a aproximação de Jungkook, a ômega desviou seu olhar do filhote para ele.
 
— Primo… Cuide... Cu-ide d-do meu... bebê... — Jane balbuciou com a voz fraca, deixando Jungkook preocupado e desesperado. — Por... favor... Só me prometa q-que irá cuidar do meu menino... Eu... Eu… — Ela parou de falar e começou a ter dificuldade de respirar.
 
— Prima... O que... O que está acontecendo? — perguntou,  sentando na cama e tocou o rosto dela. Seus olhos escuros estavam arregalados e seu coração ficava mais angustiado.  — Por que diz isso? 
 
— Eu não estou bem... não estou... D-dói, kook... — O choro dela ficou mais forte e estendeu o bebê para o Jeon. — Segure ele... segure.
 
Com as mãos trêmulas, o alfa pegou o menino e colocou com delicadeza e um pouco sem jeito em seus braços. Nunca segurou um recém-nascido, era a primeira vez que fazia isso. 
 
De forma imediata o filhote parou de chorar. Jungkook ficou admirando o bebê com seus orbes brilhantes, encantado e tão atento que não viu Jane perder o ar, as pálpebras dela tremerem e o rosto pequeno cair para o outro lado, até ela parar de respirar. 
 
Quando a parteira surgiu no quarto outra vez e Jungkook voltou a olhar para a prima, saindo lágrimas de seus olhos cheios de emoção, percebeu que ela estava morta. 
 
E Jungkook chorou de forma desesperadora, fazendo o bebê fazer o mesmo como se ele tivesse sentido que algo de errado acontecera.
 
No outro dia, quando Jane foi enterrada, Jeon prometeu que ficaria com o bebê para sempre e que o amaria com todo o seu ser, porém não foi fácil.
 
Deixou Yoongi em um orfanato em um momento de desespero por estar criando um filhote que não era seu com apenas 20 anos e por não ter mais dinheiro para sustentá-lo. Jungkook sofreu muito, não conseguia dormir à noite pela culpa e a saudade, afinal amava o pequeno Yoongi — nome que deu ao menino — mais do que ele próprio. E não aguentando de saudade, dias depois, pegou Yoongi de volta, e juntos foram morar em uma igreja onde foram acolhidos por um padre.
 
Atualmente
 
Jungkook se encontrava em cima do palco, segurando a foto em mãos de uma criança de seis anos, passou seus dedos sobre a fotografia enquanto se recordava do passado, no entanto saiu das lembranças na hora que ouviu a porta da Magic Shop ser aberta e aparecer Taehyung diante de suas írises. 
 
O tempo estava chuvoso no período noturno em Paris.
 
Taehyung retirou o chapéu um pouco encharcado de cima dos cabelos castanhos, em seguida passou seus dedos nas madeixas para arrumá-los.
 
Jungkook praguejou um palavrão em um sussurro por ter achado a simples ação do outro alfa atraente. Taehyung não havia voltado desde a última vez que veio até a Magic Shop e talvez, tenha esperado pela presença dele.
 
O alfa que possuía cheiro de café andou até o palco, subiu a pequena escadaria e foi até o mágico.
 
— Não esperava que aparecesse aqui, Taehyung — Jungkook afirmou, guardando a foto no bolso da calça e lançou seu olhar para ele. Diferente do Kim que usava a vestimenta completa, Jeon não usava o casaco, e não o chamou de Kim porque não sentia mais tanta raiva dele e sabia que seu filho estava bem através de ligações que trocava com o alfa mais novo. — Veio me dar alguma notícia do meu filho? 
 
— Sim... E tenho algo para te dizer que vai te agradar... — Taehyung parou perto dele. Tinha um sorriso pequeno nos lábios bonitos. — Seu filho será entregue amanhã na minha casa. 
 
Jungkook sentiu seu coração bater descompassado e seus olhos reluziram de esperança e alegria.
 
— É verdade? Finalmente meu filho estará livre e voltará para perto de mim?
 
— Sim, Jungkook! E esteja bem cedo na minha mansão amanhã. 
 
— Estarei, pode ter certeza. Não aguento mais a preocupação que tenho em meu peito... Só eu sei a angústia e a saudade que sinto do meu filho…  — Jungkook disse num tom mais sério, encarando Taehyung que desviou o olhar forte dele. 
 
Silenciosamente, Jungkook ainda o culpava pelo que ocorreu e Taehyung sabia que ele possuía toda a razão. 
 
Jungkook se afastou dele e foi até o bistrô onde estava posto algumas facas. Em frente ao móvel, havia uma roda alguns centímetros maior do que um ser humano, com amarras de couro para prender mãos e pés.
 
Curioso, Taehyung se aproximou novamente do alfa. 
 
— Por que? — questionou o mágico.
 
— Ahn?
 
— Por que veio pessoalmente me avisar? — Jungkook pegou uma das facas e limpou a parte da lâmina afiada. — É um homem ocupado, não é? Poderia ter me avisado por telefone, ou mandado um criado me comunicar. 
 
Taehyung passou a mão pelo pescoço, coçando.
 
— Eu pensei melhor que poderia te dizer cara a cara... Para passar confiança.
 
— Huum! 
 
Jungkook fitou o alfa e notou o olhar de curiosidade dele. 
 
— Pergunte!
 
Taehyung ficou sem jeito, engoliu em seco e um leve rubor apareceu em suas bochechas. Sentia-se diferente, frágil e sem barreiras diante de Jungkook. Não era assim, mas agora estava ficando dessa forma. Jungkook tinha poder sobre ele.
 
— Eu... eu queria saber para que serve essas facas... Tem a ver com a roda? 
 
Os lábios do Jeon esticaram-se de um lado.
 
— Sim... Faz parte de uma apresentação. Mas é arriscado. Não é mágica que uso, são habilidades precisas que exigem de mim muita confiança, não só de mim próprio, mas também daquele que estará preso na roda giratória.
 
Taehyung se manteve em silêncio durante um curto espaço de tempo. Para ele mágica eram somente truques, todos os que conheceram possuíam uma carta na manga.
 
— Sabe… — O alfa de cabelos negros prosseguiu. — eu perdi minha assistente por sua causa também, mesmo que não tenha sido de forma direta. Então... acho que você deveria ser meu assistente nesse momento. O que acha? — indagou, desafiador. Seus orbes permaneceram fixos no Kim. — Não vou machucá-lo, se eu quisesse já teria feito.
 
Taehyung passou a língua pela bochecha.
 
— Mas você já me machucou, Jungkook! 
 
O mágico sorriu largo.
 
— Foi só um soco, e merecia mais se quer saber... — disse e arqueou a sobrancelha. — Mas então, vai querer ou vai acovardar? 
 
Taehyung estufou o peito e soltou o ar pela boca.
 
— Eu aceito! — alegou e com pressa, retirou o sobretudo do corpo, afrouxou a abotoadura da manga da camisa para deixar os pulsos despidos e seguiu o outro alfa até a roda. Tinha mais confiança do que receio, para sua surpresa. Se fosse outro mágico que tivesse feito o pedido, mesmo que não houvesse nenhuma desavença, tinha certeza que recusaria. Mas era Jungkook e ele não era qualquer mágico.
 
Taehyung teve seus tornozelos amarrados ficando com as pernas abertas, depois foram seus pulsos que foram presos, um de cada lado de sua cabeça. Estando firme na roda, Jungkook instruiu para ele se manter calmo, visto que iria girar a roda para lançar as facas de arremesso.
 
— Pode fechar os olhos se quiser — Jeon falou e assim o Kim fez. Não possuía coragem o suficiente para ver, o que lhe deixou envergonhado. Alfas tinham que ser muito corajosos, porém ele não estava tendo nessa ocasião.
 
Jungkook respirou fundo, seus olhos pareciam de uma águia, mantendo-se concentrado em sua presa, a única diferença era que não iria pegá-la para comer, mas sim, para assustá-la.
 
Ele atirou a primeira faca. O peito do Kim sobressaltou quando seu coração palpitou de maneira brusca ao ouvir o som da faca ficando presa na madeira, entre seu pulso e rosto.
 
Taehyung esbugalhou os olhos e o Jeon lançou outra faca no instante em que o outro alfa estava posicionado de lado, então a faca atingiu entre as pernas dele. 
 
Kim soltou um leve grito para o divertimento alheio, depois mordeu o lábio inferior para não fazer isso outra vez. 
 
— Irei lançar mais uma,tudo bem?
 
Taehyung balançou o rosto, assentindo nervosamente. Era só mais uma, só mais uma faca. Ele manteve os olhos abertos e, quando Jeon lançou o objeto, viu ela ir na direção de sua face.
 
— AAAH! — Deu mais um grito quando ela pegou acima de sua cabeça, mais alto dessa vez. Seu coração parecia querer sair pela boca e arfava. — Céus! Essa... essa foi perto. 
 
— Foi intencional... Só quis te dar um susto — disse, indiferente.
 
— Oh! — emitiu, perplexo. No fundo, estava impressionado com as habilidades do outro homem.
 
Jungkook caminhou até ele, o som de sua bota cano longo contra o chão era soado no ambiente fechado. Taehyung tinha sua respiração pesada. O outro alfa o olhava como um predador. Sua garganta ficou seca, portanto umedeceu-a com saliva
 
— Vai me desamarrar? — O nuance de sua voz saiu fraco e rouco. 
 
Jungkook parou de frente a ele, encarando-o com seus olhos cintilantes e suas pupilas bem dilatadas. Posteriormente, direcionou seus olhos para a boca atraente dele. 
 
Era um olhar intenso e sôfrego. Taehyung retribuiu o olhar na mesma intensidade, que provocou uma mudança nas cores de suas íris por completo. 
 
O dourado dominou as íris do Jeon enquanto o vermelho-sangue dominou as íris castanhas do Kim. Seus lobos estavam entusiasmados devido a tensão que os envolviam e a proximidade de seus corpos. 
 
Ansiavam sentir mais da quentura do outro. 
 
A essência de café e laranja ficou mais evidente, enfeitiçando a ambos.
 
De maneira rápida, Jungkook segurou a mandíbula de Taehyung com força no tempo em que a outra mão pousou na cintura dele. As respirações quentes e ofegantes se mesclaram, os lábios se roçaram querendo bem mais, e sem paciência, Jeon encostou seus lábios nos do Kim sem delicadeza e calma, mas com força e desespero, envolto numa lascívia abundante que grudaram em suas peles e foram sugados pela parte interior de seus corpos. 
 
Os lábios de Jungkook eram rápidos nos movimentos, seus dentes mordiam o beiço inferior e superior com avidez de Taehyung.
 
Taehyung soltava gemidos sem conseguir contê-los e ansiava por mais, muito mais dessa sensação quente e dominadora que deixou seu corpo trêmulo e arrepiado. Tentou se soltar para tocar no corpo de Jungkook, mas não podia, estava preso. Por isso, só deixou-se aproveitar pelo toque forte em sua bunda feita pela mão atrevida do outro e pelo ósculo cheio de desejo e paixão.
 

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