O amor nunca foi sobre eternidade.
Ou sobre desconstrução.
Park Jimin agora sabe bem disso. Um florista com perspectivas imensuráveis sobre a vida, nunca se deixou envolver com pessoas famosas ou qualquer coisa do gênero, seu coração sempre soube qu...
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Seoul, Coreia do sul. 12 de abril de 2018, 09:36min. Hospital central.
"Aquilo que pedimos aos céus na maioria das vezes se encontra em nossas mãos."
NARRADOR
Jimin nunca foi o maior amante de lutas, apesar de ter lutado inúmeras no decorrer de sua vivência.
Então, do que adianta não ser um amante de lutas se a vida obriga todas as almas desavisadas que estão na terra a lutar?
Havia passado muitos dias desde que a repentina melhora de Jungkook foi apresentada a todos naquele corredor gelado. Porém, estamos falando de fatos reais, e nenhuma recuperação é realmente rápida. Se estamos falando de um sistema digestivo afetado por veneno, é mais lenta ainda.
Logo, a melhora seria lenta. Mas a única coisa que importava, era que Jungkook resistiu. Assim como Jimin, ele havia lutado muitas lutas, e tinha vencido mais uma delas, naquele dia, não se deixou levar pela parada iminente dos seus órgãos.
E se formos falar da luta de Jimin, os dias seguintes a melhora de Jungkook foram um verdadeiro inferno.
Na verdade, o dia em que Jimin agrediu Lanon no banheiro e Jeon melhorou foi um inferno.
Park foi capaz de fazer um escândalo no corredor do hospital quando Lanon apareceu no local, gritando aos quatro ventos que ele havia sido o responsável pelo envenenamento, mesmo sem provas. Jimin poderia ter sido taxado de desequilibrado – porque ele realmente estava – se não fosse os companheiros de banda de Jeon terem ficado ao seu lado.
E por um momento, Jimin pensou que ele seria carregado dali direto para uma delegacia por ter agredido o ex-empresário da banda. Mas... Qual não foi a surpresa quando o florista percebeu que aquela luta tinha acabado de sair das suas mãos?
Quando o senhor Jeon tocou seu braço, rodeando seus dedos gelados em sua pele, puxando o florista para trás de seu corpo, ele percebeu que algo aconteceria. O pai de Jungkook andou lentamente para perto de Lanon, um silêncio tão pesado que era capaz de furar aquelas paredes. Os hematomas recentes estavam começando a aparecer no rosto do homem quando o senhor Jeon enfim ficou a três passos dele.
— Vamos conversar no terraço.
Essa foi a única coisa que ele disse.
O homem pegou o outro pela gola da camisa e o jogou dentro do elevador sem dificuldade alguma, fechando as portas e deixando todo o resto do pessoal para trás naquele corredor branco. Lanon parecia não acreditar ou não ter ideia do que poderia acontecer quando chegasse ao último andar do hospital.
