5 - Puxão invisível

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Presente para vocês: mais um capítulo! Fiquem atentos que o capítulo 4 foi postado pela manhã ♥

Ao se olhar no espelho, Maressa quase não se reconheceu sem as joias, a tiara e os vestidos cheios de pedrarias e bordados

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Ao se olhar no espelho, Maressa quase não se reconheceu sem as joias, a tiara e os vestidos cheios de pedrarias e bordados.

E, para sua surpresa, gostou do que viu.

Havia algo na simplicidade daquele vestido azul e dos cabelos presos em um coque pouco requintado que a fazia se sentir leve.

— Os portões serão abertos a qualquer momento, Alteza — Nina falou, animada e empoleirada na janela do quarto. — Ah! Estão abrindo! As comitivas estão entrando!

Maressa se virou e caminhou até Nina, debruçando-se ao lado dela. Seu coração disparou ao ver as carruagens e cavalos que adentravam nos domínios do castelo.

— Seu futuro marido está entre eles, Alteza.

— Por favor, Nina, me chame de Maressa. Nós crescemos juntas. Sempre te digo que não precisa usar títulos formais comigo. E, depois do que está fazendo por mim, não há razão para formalidade.

Nina mordeu o lábio inferior.

— Não é correto, Al... — O olhar fulminante de Maressa a fez limpar a garganta. — ...Maressa.

— Viu só? Nenhum raio atingiu sua cabeça.

Com um sorriso, Nina apontou para o pátio.

— Você não vai descer para começar a conhecê-los?

— Sim. — Maressa alisou a saia do vestido e puxou o ar. — Farei isso agora mesmo. Quanto a você, desfrute dos seus dias de descanso. Pode pegar qualquer livro da minha biblioteca. Se precisar de alguma coisa, peça para as outras criadas. Já as deixei avisada. Volto ao anoitecer para te contar tudo.

— Boa sorte, Maressa.

— Obrigada.

Puxando o ar mais uma vez, Maressa se virou e deixou o quarto. Enquanto atravessava o corredor e descia a grande escadaria, grata pelo tônico ter restaurado suas forças naquela manhã e amenizado as tonturas, ela percebeu que era a primeira vez que se sentia animada em muito tempo.

Não poderia evitar o casamento e as leis tradicionais de Arustar, mas, pelo menos, tinha conseguido abrir algumas brechas para participar dos eventos e controlar o próprio destino.

Para alguém como ela, aquilo já era uma vitória.

Ao cruzar as grandes portas que levavam para o pátio e o jardim, Maressa precisou erguer a mão e proteger os olhos. O sol brilhava em meio a um céu azul e sem nuvens.

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