3 - Suspiro efêmero

2K 316 144
                                    

Como hoje é o dia oficial do lançamento, vou liberar mais um capítulo ♥

Como hoje é o dia oficial do lançamento, vou liberar mais um capítulo ♥

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na  noite seguinte, Ikaris estava pronto.

Eram poucos erelins que possuíam animais de cargas naquelas terras montanhosas. Mas, com a ajuda de Gildor, havia conseguido um cavalo de pelagem escura e olhos de fogo.

Não se despediu de ninguém.

Quanto menos erelins soubessem da partida e de sua missão, mais chances de sucesso teria. Sempre havia chances de alguém traí-lo e entregá-lo para algum soldado em troca de comida, medicamentos ou qualquer coisa que precisasse.

Assim, após abastecer o cavalo com provisões e selá-lo, Ikaris prendeu o arco às costas, deixou a aljava pendurada na lombar do animal, montou-o e disparou pela trilha íngreme que formava a descida da montanha e se abria no acampamento dos soldados.

Enxergou o brilho das tochas, o cintilar do metal das espadas.

— Quem está aí? — alguém bradou.

Com uma mão, Ikaris segurou a rédea do cavalo; com a outra, libertou um dos Suspiros de Áster.

Foi como uma explosão de estrelas.

Como se o céu gritasse.

Como se a lua tivesse descido e tocado a terra.

A luz irradiou por todo o acampamento, cegando os soldados momentaneamente, ao mesmo tempo em que a energia do Suspiro de Áster se agarrava ao cavalo.

O trotar se transformou em um galope rápido; logo, os cascos do animal mal tocavam o chão, e eles avançavam como um borrão veloz pelas terras baixas que circundavam as montanhas, fundidos ao vento, ao céu e à noite como se fossem um só.

Fogo e sangue se agitaram dentro dele.

Era a primeira vez, em toda a sua vida, que experimentava uma centelha da magia perdida e roubada do seu povo.

"Ah, nos tempos gloriosos, nos tempos em que os céus nos pertenciam, os erelins costumavam..."

Mas Ikaris não perdeu tempo admirando a sensação poderosa.

Aquela magia era efêmera e ele não podia perder tempo. 

Tinha que ir para o mais longe possível que conseguisse do acampamento antes que o Suspiro de Áster se dissipasse. Não haveria outra chance de escapar dos soldados e das barreiras na fronteira. E não poderia usar a segunda pedra.

A velocidade do cavalo aumentou.

Em algum momento, soube que já estava distante demais para ser encontrado ou capturado.

Jardim de Estrelas | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora