Saturday

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No dia seguinte Camila acordou com uma ressaca colossal, mas por sorte ela não teria que ir trabalhar pois era sábado.

Ela ficou deitada por mais alguns minutos, curtindo sua dor de cabeça e lembrando da noite anterior. Foi então que recordou-se que havia beijado uma mulher.

Apesar de estar bastante embriagada ela podia lembrar muito bem da sensação que tivera ao ter seus lábios tocados por outros lábios femininos. Ela passou os dedos sobre seus lábios como se pudesse reviver aquele beijo.

Havia sido um beijo rápido, um beijo apenas de lábios. Mas foi o suficiente para Camila saber que beijar uma mulher era muito diferente do que beijar um homem.

Camila havia tido alguns relacionamentos, mas nenhum muito intenso. Ela era romântica e acreditava que um dia encontraria um homem que seria capaz de causar um sentimento tão profundo em seu ser que ela saberia ter encontrado o amor da sua vida.

Já fazia um ano que ela estava ficando com um colega de trabalho, chamado Austin.
O rapaz era apaixonado pela Camila desde que a conhecera, ele havia investido por um longo tempo nela, mas ela nunca demonstrou tanto interesse. Mas, certo como o ditado "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" Austin insistiu tanto em convida-la para sair que um certo dia Camila aceitou. Desde então, Camila e Austin estão ficando, mas sem compromisso, como Camila faz questão de deixar claro.

Enquanto Camila tentava lidar com sua ressaca, do outro lado da cidade Lauren ainda dormia. Seria uma noite de show para ela e sua banda, por isso poderia dormir até mais tarde. Mas querer não é poder.

O interfone tocou e Lauren foi acordada pelo aparelho. Lauren demorou- se um pouco para sair da cama e ir atender ao aparelho, quando chegou à cozinha para atende-lo já era tarde, pois havia parado de tocar. Mas Lauren nem teve tempo de andar de volta para o seu quarto, pois a campainha tocou, indicando que a pessoa que havia interfonado agora estava diante da sua porta. Lauren olhou pelo olho mágico e respirou fundo antes de abrir a porta.

- Oi, pai!

- Quando você vai tomar uma atitude de adulta, hein Lauren?

- O que o você faz aqui, pai? - Lauren perguntou sem ânimo enquanto passava as mãos pelo cabelo para organizar os fios bagunçados.

- Você esqueceu, para variar você esqueceu. Não sei porquê ainda me surpreendo. - senhor Michael falou em deboche.

- O que eu esqueci? Fala logo, não tenho o dia todo.

- Hoje é o aniversário da sua avó. Estão todos lá em casa esperando apenas por você. Sua avó não merece tanto descaso!

- E o senhor não poderia ter apenas ligado para o meu telefone, tinha que vir até a minha casa?

- Seria ótimo que você atendesse ao telefone para variar... Sua mãe e seus irmãos estão te ligando desde cedo, mas você não atende.

Lauren então se pôs a procurar por seu smartphone e percebeu que não sabia onde o havia deixado. Depois de procurar em alguns lugares do pequeno apartamento, lembrou-se de olhar no bolso de sua calça da noite anterior. Lá estava o aparelho, no modo silencioso.

Havia inúmeras chamadas perdidas da sua família e uma mensagem da sua amiga de banda, Dinah. Ela decidiu ouvir a mensagem da DJ depois e foi encerrar o drama com o seu pai.

- Ok, pai. Pode ir para casa agora. Estarei lá em meia hora. Obrigada por ter vindo me despertar.

Lauren expulsou, assim, seu pai do seu apartamento e foi se arrumar para a festa em família. Enquanto tomava um banho pôs a mensagem de Dinah para tocar no viva-voz. A mensagem dizia que elas precisariam chegar um pouco mais cedo ao bar, pois o Jake precisava fazer uma reunião com elas.

GAY PANICOnde histórias criam vida. Descubra agora