Capítulo 16- Jason e Ártemis- parte 1

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Jason Todd Wayne havia acabado de se despedir de Steph que seguia caminho para seu estágio, enquanto ele foi para o lado oposto em direção ao Museu dirigido por sua mãe, ele queria visitar a nova coleção sobre o Egito, aproveitando para ver sua mãe e dar uma rápida olhada em Duke, o garoto havia acabado de se recuperar de um trauma, quer dizer, as pessoas aceitam e passam a viver melhor, mas as vezes ele mesmo tinham pesadelos com sua quase morte e anos sequestrado, mas era algo que realmente não valia apena lembrar.

O segundo filho mais velho dos Wayne estacionou seu carro e correu para entrada do museu, passando educadamente para falar com os seguranças, dois homens de meia de idade que praticamente o viram crescer.

“Oi Dave, hey Jon” ele sorriu para os dois que o comprometeram de volta.

“olá Jason, como está os estudos?” perguntou Jon o homem a sua esquerda.

“Está bem, meio cansativo, muitos livros pra ler, mas sempre posso dar conta” ele deu um sorriso travesso fazendo os dois senhores rirem, por fim os três entraram num debate sobre o time dos cavaleiros, assim como Diana, Jason era um viciado no pobre time.

“soube que chegaram peças do museu itinerante egípcio, vocês sabem se mamãe já começou a exposição?” disse o garoto apontando para a sala lateral que ficavam as peças de viagem.

“sim” respondeu Dave “sua mãe e o pessoal deixaram a sessão realmente bonita, até aquelas múmias esquisitas estão bonitas de se olhar”.

“com medo de múmias senhor? Soube que à uma maldição que os fazem levantar a noite e puxa o pé dos medrosos” ele fez um leve suspense e completou “bu”.

“filho, quando você nasceu eu já assistia filmes de terror no cinema” os três homens riram com um Jason dando tchau e entrando no museu, o garoto conhecia praticamente todas aquelas peças antigas naquele lugar, ele viveu quase sua vida toda ali, suas melhores memórias se encontravam também naquele lugar.

Quando ele entrou na nova sessão, ele concordou com Jon, o novo espaço estava incrível, ele analisava peça por peça quando viu um garotinho fazer uma pergunta a sua mãe e ela não soube explicar, ele se aproximou educadamente e explicou para mãe e filho sobre porque Tutancâmon faleceu tão jovem, por fim a mãe da criança contente agradeceu e eles se retiraram, ao se afastar do local e indo em direção de onde ele havia parado ele escutou.

“com licença, você poderia me dizer onde está o Machado de Rá?” Era uma garota extremamente alta para o padrão comum, não tanto para ele já que ele também era alto mas para o comum, era diferente.

“desculpe, não trabalho aqui” a garota parecia mortificada.

“por favor me desculpe, eu o vi explicando tão bem para o garotinho e eu pensei “ então ele a interrompeu.

“Ah tudo bem, não trabalho, conheço esse museu como a palma da minha mão, bem, não essa nova sessão, não vi a montagem, mas posso te achar a procurar”.

“oh, obrigada, seria perfeito” então eles começaram a caminhar juntos atrás do tal machado, Jason desde jovem sabia que era um tanto tímido, mas aquela moça parecia alguém interessante para se conversar, mas antes dele pensar em algum assunto ela iniciou “você vem muito aqui? Não o clichê” ela se corrigiu e ele sorriu “Não seja presunçoso, você disse que conhecia aqui como a palma da sua mão".

Ele concordou “sim, a minha mãe trabalha aqui desde sempre e como sempre fui interessado por história passava muito tempo aqui, explorando sabe? As vezes os meus irmãos ainda vem, mas eu tenho mais frequência, na verdade um dos meus irmãos trabalha aqui”.

“mesmo? Isso parece interessante, uma família com interesses históricos, é raro” ele a observou amarrar os cabelos extremamente grandes, com um ruivo brilhante refletido pela luz das lâmpadas nos artefatos.

“minha família tem muitos tipos de passa tempo, mas minha mãe consegue unir todos nós as vezes e a história parece ser um bom caminho, ela costuma dizer que nós temos a decência de termos a curiosidade e saber questionar”.

“a sua mãe está completamente certa, ela me parece ser uma pessoa sensata” Jason gargalhou, como explicar a sua mãe?.

“eu diria que mamãe é um tanto sem parafusos, eu diria não conte isso pra ela e ela seria capaz de afirmar que sem parafuso seria pouco” a moça que agora estava parada observando modelos de roupas egípcias sorriu.

“com toda certeza sua mãe deve ser divertida é bom pessoas assim nos museus, onde cresci a tradição é muito levada a sério, na verdade é tudo muito sério, as vezes é horrível e estúpido”.

“como assim sério?” ele queria fazer perguntas a ela mas não queria ser indelicado.

“bom, não nasci nesse país, na verdade nem pertenço a América, países do Oriente médio ainda tem uma cultura um tanto diferente com a do Ocidente, é complicado” ele definitivamente sabia disso.

“sim, é horrível saber que ainda há guerras no Oriente, deveriam ser algo que deveriam estar só nesse museu, no passado, não presente na vida de muitos povos” ela concordou.

“uma guerra estúpida que só separa ainda mais o meu povo, mas nós devemos lutar, nunca perder os meus direitos, muito menos meus irmãos e irmãs” ela sorriu convencida.

“você está completamente certa” eles andaram mais um pouco quando Jason viu de relance um Machado e disse “é essa peça que você procura?” ele apontou e ela focou sua atenção no machado.

“definitivamente sim” ela deu um sorriso brilhante.

“fico feliz em ajudá-la” quando ele se lembrou da mãe “Cristo, a minha mãe, preciso ir”.

“oh sim, certo” Jason havia se preparado pra correr enquanto se despedia quando ela disse “como é seu nome? Eu sou Ártemis” ele respondeu sem jeito.

“É um belo nome, uma deusa grega” enquanto ele pensou na semelhança com o nome de sua mãe, Diana, a forma romana de Ártemis “ sou Jason” ele completou.

“um nome de herói grego, creio que nenhum de nós dos nascemos na Grécia, mas nossos nomes vem de um lugar em comum" ele tinha de concordar.

“na verdade a minha mãe é grega, mas de fato não somos gregos, mas temos algo em comum”.

“você deve adiantar, não quero que sua mãe venha atrás de mim por roubar seu tempo com o filho dela" ela sorriu carinhosamente, ele se despediu e a deixou com o machado, ele só esperava um dia vê-la de novo.

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