9 | rejection

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BEVERLY BALDWINpoint of view

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BEVERLY BALDWIN
point of view.

Me espreguicei criando coragem para começar o dia.

Meu colchão parecia tão duro e ao abrir os olhos rapidamente, pude perceber que meu quarto adquiriu uma cor e mobília diferentes.

Eu estava na sala, no chão.

Vincent!

Levantei com uma velocidade recorde e minha cabeça girou, fechei os olhos novamente e inspirei e expirei pela boca até que senti a regularidade de meus batimentos e aquele latejar nas têmporas que se dissipava aos poucos.

O lugar ao meu lado estava vazio, a casa silenciosa demais.

Ergui-me com dificuldade e me dirigi a cozinha, pus a cafeteira para trabalhar e então comecei minha higiene diária.

Enquanto a água quente relaxava meus músculos na banheira, minha mente estava cheia dele.

Aquele rosto de traços únicos, os olhos acesos, o sorriso sincero, aquele corpo, droga!

Deixei-me afundar na água por alguns segundos, quem sabe alguma clareza retornasse aos meus pensamentos, o problema era que aquele rosto estava entranhado em meu consciente.

Ele me beijou novamente ou fora só um sonho?

Talvez um desejo reprimido que se materializou em meu estado de semi sonolência, eu poderia ficar aqui arrumando mil desculpas e direções para o que aconteceu, mas eu sabia da verdade, sabia que estava deixando as coisas irem longe demais.

Eu o desejava, senti ciúmes e agora sentia o quê?

Sua falta?

Acho que é cedo demais pra isso, talvez a companhia de Vinnie me agradasse a ponto de confundir meus sentimentos, talvez o fato de ele ser absurdamente lindo e de nossa recente proximidade, contribuísse para que as coisas se embaralhassem mais em minha cabeça.

Apesar de tudo, decidi vê-lo, iria agradecer pelos cuidados, iria agir com indiferença, algo que modéstia a parte sei fazer bem.

E depois o mundo real me espera, com o meu sei lá o quê e assim poderia preservar a amizade que estávamos construindo.

Hoje fazia quatorze graus, e acreditem, isso era motivo suficiente para usar aquelas roupas lindas e leves que ficam mofadas de tanto tempo enfurnadas no guarda roupa.

Pus um jeans escuro e uma blusa de manga decotada em um tom de pêssego que combinava com a cor de minhas bochechas, busquei um tênis simples de cadarço, na cor branca com detalhes pretos e uma trança resolveu o problema de meus cabelos, tomei um gole do café preto e antes que a ansiedade terminasse por me fazer vomitar, corri até a casa dos Hacker's, ignorando minha metade racional que dizia para ficar quietinha em casa.

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