Ele estava desesperado e não sabia o que fazer, ele estava afundando, cada vez um pouco mais dentro desse líquido estranho, esse líquido era idêntico à água, mas era completamente escuro, de pouco em pouco ele se afundava um pouco mais, um pouco mais e um pouco mais, até que ele sente algo puxando sua perna e então ele afunda completamente e a última coisa que ele vê... é...
Soc acorda assustado com o seu despertador como sempre, porem não surpreso com mais um pesadelo que ele vem tendo nas últimas 2 semanas como se ele estivesse amaldiçoado, porem ele apenas ignora como ele faz com todos os seus problemas. Ele esfrega lentamente seus olhos tentando se levantar da sua cama para o último dia de aula da semana, ele tenta focar em objetos do seu quarto para poder concentrar usa cabeça em algo na sua frente e acordar com mais facilidade.
Soc então, olha para a sua mesa, ela está cheia de cadernos de poemas e historias nunca terminadas com alguns papéis com anotações sobre seus personagens e historias esquecidas, alguns dos papéis tem alguns rabiscos de como ele imaginava seus personagens e suas aparências. Soc vira seu olho um pouco para a esquerda e encara a porta de seu guarda-roupa e lentamente vai subindo sua visão e olha com cuidado todas as caixas de antigos brinquedos de sua infância, alguns poemas antigos que ele já havia escrito, e algumas cartas de seu amigo Pepe de vários trabalhos escolares que eles já tiveram que fazer no passado. Soc então pisca levemente cansado e olha diretamente para o seu lado onde fica o seu criado mudo, onde na sua superfície está lotada de canecas com alguns restos de café no fundo, e como todas as manhãs Soc fala para si mesmo que vai lavar todas essas canecas assim que voltar da escola, mas, no fundo, ele sabe que não vai fazer isso porque ele vai esquecer quando chegar da sua aula exaustiva e vai mergulhar sua cabeça nos seus poemas.
Soc finalmente junta força para levantar e segue até seu banheiro onde ele começa sua rotina da manhã para se preparar para mais um dia na escola...
Despretensiosamente Soc fica pensando "Bem... Mais um dia, devo me preparar para a escola rápido, pois se eu demorar muito no café da manhã tenho certeza que vou chegar lá atrasado........ Esses pesadelos estão ficando cada vez mais estranhos, mas por quê? Não sei se eles significam alguma coisa ou se é apenas meu cérebro fazendo uma pegadinha de mal gost- NÃO eu disse para mim mesmo que eu vou apenas ignorar esses pesadelos, não quero ter que me preocupar com isso no meio da aula, já que minha atenção pode ser facilmente tomada por algo que eu me interesse mais do que minhas aulas, ainda mais que a professora de biologia vai terminar de explicar o conteúdo desse capítulo do livro e vai passar as atividades como dever de casa logo em seguida, e eu odeio fazer coisas da escola em casa..."
Soc toma seu café da manhã sozinho como sempre e quando ele está terminando sua vó acorda e vai para a cozinha fazer o próprio café...
— Pode deixar vovó, eu passei café para você também - disse Soc já se levantando de sua cadeira.
— Ah, brigado fiu, a vó já vai ir aí, só vou pegar um pãozinho pra comer com café
— Tudo bem, eu já vou indo tá bom, fica bem.
— Vai com Deus e nossa senhora.
— Beijo...
No caminho para a escola, Soc viu na distância da outra rua enquanto passava por uma esquina Po indo na mesma direção que ele estava indo, em direção a escola, Soc decidiu o ignorar já que eles nunca nem se falaram, além de ele estar um pouco assustado com sua altura...
Já Po assim que percebeu Soc começou em ir em sua direção
Os pensamentos de Soc vai a mil de maneiras descontroladas "POR QUE? POR QUE ESSE CARA TA VINDO EM MINHA DIREÇÃO, EU NUNCA NE FALEI COM ELE, se ele tivesse virado para o lado oposto ele teria chegado igual e talvez até mais rápido a escola, por que ele decidiu virar na minha direção!?"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tinta vermelha e Fios rosa
RomanceNuma cidade pequena em um estado e pais não identificados, Soc um garoto de 16 anos, vive uma vida tranquila, levemente conturbada, porem acima de tudo tranquila. Porem, um caminhão de emoções começam a aparecer no instante em que ele conhece Po um...