Capítulo 9 - O maldito dever

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Enquanto a mente de Po estava em um delírio de choque, seu corpo já começou a agir, correndo até onde Soc estava inconsciente de maneira desesperada, o agarrando na mesma hora e o virando para poder ver o que havia acontecido.

Po viu Soc de frente, Havia uma leve abertura em sua cabeça, porem grande o bastante para elevar o desespero de Po em apoiar a cabeça de seu amigo inconsciente em sua coxa o que inevitavelmente o leva a leves lagrimas no canto de seu olho, porem ele sabe que deve se concentrar em ajudar seu amigo, Po então tirou seu casaco e amarrou na cabeça de Soc para evitar que ele sangrasse mais, Enquanto erguia Soc em seus braços percebendo que ele é bem mais leve do que ele esperava, Po forma uma hipótese sobre os acontecimentos que trouxe Soc e Po a essa situação "Ele provavelmente tropeçou enquanto corria para poder chegar na sala de aula a tempo e caiu de cara em uma pedra e abriu um corte, e no choque ficou inconsciente." Po fica cada vez mais desesperado pensando em quanto tempo Soc estava inconsciente e ele não se mexeu para ajudar, a ansiedade em correr mais rápido para chegar ate a escola faz suas pernas tremerem e ficarem bambas, sua visão fica cada vez mais e mais turva, como se estivesse entrando em um túnel mal iluminado ou em um campo de esportes com luzes que chegam a ser ofuscantes.

Mesmo com toda sua ansiedade Po finalmente consegue chegar até a área principal da escola porem fica hesitante em levar Soc até a diretoria para tratar de seu ferimento, pois isso poderia colocar tanto ele quanto Soc em um problema diferente, como correr para fora da área principal do colégio enquanto estavam em horário de aula, já que o sinal da primeira aula havia tocado enquanto ambos estavam fora da sala de aula. Com esses pensamentos hesitantes, Po decide tomar uma rota diferente e corre até a biblioteca de seu colégio, que geralmente esta vazia, dado ao fato de que poucos funcionários do colégio trabalham especificamente com essa área ainda mais em dias onde nenhuma classe tinha aula de literatura.

Po chega esbaforido na biblioteca, e como ele imaginava não havia ninguém no local. Quando ele chegou ele colocou Soc em uma mesa e começou a andar em círculos pensando furiosamente em um jeito de conseguir ajudar o Soc, mas enquanto ele surtava em seus próprios pensamentos, Po olhou fundo no rosto de Soc, olhou fundo como suas bochechas eram macias assim como seus lábios, como sua feição era fofa mesmo inconsciente, Po se viu hipnotizado por um breve instante até se auto corrigir dizendo:

— FOCO PORRA!

Pensando mais um pouco Po teve uma ideia e pegou seu celular que estava no bolso de sua calça e mandou algumas mensagens para Pepe.

<Po> Cara, fica de olho na minha mochila e na do soc pfv

<Po> Eu explico direito dps mas agora não vai dar

<Po> Qnd a aula acabar leva elas ate o portao da escola a eu pego.

Assim que Po mandou essas mensagens ele colocou Soc em seus ombros novamente porem dessa vez Po prestou muito mais atenção no cheiro de Soc, é doce como um perfume leve com um cheiro sublime o hipnotizando novamente, porem se corrigindo mais uma vez, Po sai sorrateiramente se escondendo em todos os lugares que consegue imaginar até finalmente chegar até a entrada para a floresta, assim que ele chega na entrada ele imediatamente segue o muro da escola até chegar na rua se desviando totalmente do caminho da floresta.

E assim que ele chegou na rua, foi correndo o mais rápido que podia até sua casa para poder tratar dos ferimentos de Soc de maneira eficaz.

...

Apôs intensamente correr sem parar aproveitando-se do fato de ser horário de serviço tornando as ruas praticamente vazias, Po finalmente chega em sua casa e desesperadamente tira as chaves da sua casa de seu bolso e destrancando a porta. E no mesmo momento, Soc começa a lentamente recuperar sua consciência.

Tinta vermelha e Fios rosaOnde histórias criam vida. Descubra agora