Capitulo 6 - Um dia dividido

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Nos pensamentos de ...

Eu estou sobrecarregado, todos me pedindo ajuda e socorro, eu não consigo aguentar, sinto que minha cabeça vai explodir a qualquer momento, ouvindo essa caquefonia de vozes, cada uma mais desesperada que a outra, consumindo minha cabeça de maneiras inacreditáveis "Eu não quero estar aqui" "Alguém por favor me ajuda" Frases como estas preenchem minha garganta, mas de lá... Não saem...

Soc então acordou de mais um pesadelo, com uma cara de cu depois de ter 3 pesadelos seguidos.

— Se eu começar a me acostumar com isso talvez meu subconsciente desenvolve

Soc então levantou de sua cama e olhando lentamente de canto de olho para o relógio na mesa de seu quarto percebendo que acordou cedo num sábado e imediatamente ficando ligeiramente entristecido

Soc então se direciona para a cozinha para fazer uma caneca cheia de cafe, e enquanto ele preparava a agua para esquentar sua vó o chamou...

— FIIOOO, ocê pode ir lá na venda comprar mozarela pra vó? — Disse sua vó

— Posso vó, mas por quê?

— A vó vai fazer lasanha para levar para o bingo hoje a noite, e acabou a mozarela. Busca la pra vó bem.

— Ta bom, mas você pode olhar meu café enquanto eu tó indo la buscar?

— Claro bem.

— Beleza to indo — Disse Soc enquanto calçava seus chinelos em direção a porta para a rua.

Enquanto caminhava, Soc ficou pensando nos últimos dias e como a escola virou uma selva perigosa, já que sem a Regina para poder exercer o cargo de menina perfeitinha e patricinha, o cargo ficou livre, e agora todas as meninas estão disputando para ver qual consegue exercer esse cargo, porem, até agora nenhuma delas conseguiu, além de nenhuma ter ideia de como conseguir esse cargo, porem, nada impediu elas de tentarem... Soc também refletiu sobre a arvore na qual ele fica durante o período da escola pensando se existe outra entrada, querendo ir com mais frequência por ser um espaço confortável e quieto, porem, querendo manter total segredo sobre ele para poder ter momentos de relaxamento no único lugar onde ele se sente bem ficando sozinho...

Soc estava tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu que estava próximo a beirada de uma calçada praticamente pisando numa rua extremamente movimentada, e no momento que ele percebeu onde estava, Soc teve uma crise de ansiedade... Mentalmente, ele ficava repetido "de novo não" infinitas vezes, mais do que ele conseguia contar, essas vozes estavam ensurdecendo sua voz, e na cabeça dele tudo iria se repetir e as vozes iriam retornar, porem, enquanto tudo isso acontecia em seu subconsciente, seu corpo estava num estado automático, e atravessou a rua, praticamente sem o consentimento do seu consciente muito menos sem checar ambos os lados...

E foi quando Soc ouviu um som de buzina ao seu lado que ele praticamente entrou em estado de choque... Sua vida passou diante dos seus olhos como um riacho fluindo sem parar ate o mar onde a historia da agua doce acaba e uma imensidão salgada o esperava, tudo ficou preto, sua cabeça começou a girar seus pensamentos se embaralharam em diferentes pedaços e inúmeras vozes vieram, gritando em dor, agonizando de maneiras dolorosas de se escutar até que...

...

...

...

Tudo era cinza... sons cinzas, cheiros cinzas, líquidos eram cinza, e claro, as cores eram apenas tons de cinza.

Nada tinha vida...

Tudo era sem graça...

Nada era divertido...

Tinta vermelha e Fios rosaOnde histórias criam vida. Descubra agora