Desejos e vontades

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Sanemi acordou naquela manhã sentindo seu corpo todo doer, mas não era por uma boa causa.

No entanto, havia pegado uma gripe muito forte e estava em uma das pousadas com brasão de glicínia a quase uma semana, tentando se recuperar de uma gripe.

Enquanto ele estava se entupindo de chás e remédios para melhorar logo, seu marido vinha com a cabeça nas nuvens pensando em seu esposo. Após aquele dia das provocações eles mal tiveram contato, o que deixou Gyomei frustrado, mas o mundo finalmente decidiu conspirar a seu favor. O mestre havia mandado ele em uma missão com Uzui e isso o deixou satisfeito, aquele hashira era o melhor para pedir conselhos sexuais.

Até haviam outros que namoravam lá, como Tomioka e Rengoku, mas eles eram grudentos demais, era quase insuportável ficar perto dele, até porque Giyu estava esperando o primeiro filho deles, por isso estavam mais apegados que nunca. Himejima tentava não julgar e até acharia um exemplo de casal, isso se estivesse no passado, depois que começou o namoro com Sanemi, haviam pensamentos maldosos em sua cabeça. Por falar em maldosos Iguro e kanroji também eram um casal, junto a Kocho, eles três tinham uma relação e isso, na visão de Gyomei, era um pouco estranho. Seu Shinazugawa não o deixava nem olhar para osados quando estavam juntos, isso que ele era cego.

— Uzui-san — chamou pelo colega ouvindo o mesmo murmurar para ele continuar. — Gostaria de te pedir alguns conselhos.

— Conselhos? Eu? — encarou o hashira da pedra curioso.

— Como você começa um momento... quente com suas esposas?

— Normalmente elas já estão fazendo algo entre elas, eu apenas vou na onda, tá ligado? — ele tinha os braços cruzados atrás da cabeça, parecia tranquilo com tudo.

Esse linguajar dos jovens... ele pensou.

— Mas e quando elas estão... fazendo birra, sabe? E mesmo assim você que quer tentar convencer elas.

— Convencer? Quando eu estou com vontade, simplesmente pego uma e meto com força.

— Isso não é meio errado? Ela não te deu consentimento de nada.

— Ah querido Himejima, você tem muito que aprender na sua vida de casado. Primeira lição: vocês são casados, não precisa pedir consentimento para transar.

— Mas...

— Segundo: — cortou o maior para não ser interrompido — Makio é bem estressadinha, assim como o Sanemi, aposto que ele fica assim com a esperança de que você o coloque no lugar dele — dizia todo cheio de si, como se fosse o deus da sabedoria.

— Não sei, ele sempre fica irritado quando falo mais alto que ele, acho que Sanemi gosta de estar no poder das coisas — analisou o comportamento de seu marido, o Shinazugawa realmente era mandão, porém Gyomei não tinha problema em deixá-lo no controle da situação na maioria das vezes. — Mas as vezes, quando estou sendo submisso demais, ele acaba se irritando e dizendo que me falta atitude.

— Viu só? Ele quer ser dominado.

— Dominado?

— É cara, você precisa amarrar ele e então chamá-lo de sua vadiazinha, aposto que ele vai adorar receber uns bons tapas também.

Verdade, Sanemi gostava de receber tapas as vezes quando eles estão sozinhos em casa. Sanemi gostava de provocar também, ele sentava em seu colo com força e enquanto o marido meditava no quarto, ele passava colado em si, lhe dando bundadas sempre que tinha a chance.

— Obrigado pelos conselhos.

Após um tempo eles avistaram a pousada glicínia e pararam lá para descansar, Gyomei sentiu seu peito arfar em ansiedade quando soube por um dos caçadores que o Shinazugawa estava hospedado ali também.

Não Tão SantoOnde histórias criam vida. Descubra agora