Não Tão Santo

Prazeres

— TANJIRO! — Zenitsu correu até o amigo, Nezuko vinha logo atrás com um pedaço de bambu do tamanho de uma vassoura na mão.

— Zenitsu? O que aconteceu? — indagou confuso, desviando do abraço do loiro choroso, o que não foi um movimento bem calculado uma vez que quase caiu em cima de Inosuke, pois o mesmo estava estirado no chão como um cadáver. — De-desculpe Inosuke! — pediu rapidamente.

Mas não ouve nenhum surto por parte do caçador javali, ele estava realmente parecerendo um morto.

— Aquele louco está apanhando!

— Louco? — perguntou confuso.

— Hum! Humhum! — Nezuko usou o bambu para simular espadadas em si mesma.

— Ah, o Shinazugawa-san... — ele olhou para o sol, depois para a irmã, então para o loiro que continuava a funga como uma criança ranhosa. — De um Oni?

— CLARO QUE NÃO SEU CABEÇA DURA!

— Hum... Humhumhumhum — a Oni deu bambuzadas em suas canelas.

— Nezuko, para com isso, vamos todos nos acalmar...

— Kamado — uma voz grosseira e hostil chamou pelo garoto, mas todos se viraram para vê-lo. Normalmente Genya estaria xingando como um marinheiro, mas a maldita menina Oni chegou perto de si e começou a "fareja-lo" como um cachorro. — Vi-viu me-meu ir-irmão? — ele corou violentamente, prendendo a respiração.

— O Shinazugawa-san, eu o vi apenas de manhã, ele disse que ia...

— ELE ESTA SENDO TORTURADO!

O Agatsuma berrou pulando no pescoço de Genya, que já estava travado por causa da vergonha, então isso facilitou na queda dos dois em cima de Inosuke, porém esse não se moveu.

— Zenitsu! — tanjiro o repreendeu.

— Hum! — Nezuko também xingou, seu bambu partiu no meio.

— Nezuko! Não diga essas coisas!

Genya estapeou sua própria cara "acordando para a vida" quando ouviu as risadinhas vinda das meninas ali perto. Viu Nichika sussurrar algo no ouvido de Kiriya, que apenas lhe deu um tchauzinho e saiu andando com o cesto de lençóis nas mãos e a companhia da irmã.

— Filha da puta... — xingou a cunhada, chutando o louro para longe de si.

— O que está acontecendo? — Kanao se aproximou do furdunço.

— Viu meu irmão? — perguntou sem olha-la, por que tantas meninas?!

— Sim, ele está transando com o Himejima-sama.

Um silêncio constrangedor se instalou pelo grupo até que...

— Quem tá transando? — perguntou Kocho indo até sua aluna com curiosidade, embora mantesse o semblante tranquilo de sempre. Tinha nas mãos uma xícara e alguns biscoitos de arroz.

— O Shinazugawa-san e o Himejima-sama — a pupila respondeu sem nenhuma vergonha.

— AHHHHHHHHH! MENINAS DEVERIAM SER DOCES E INOCENTES — berrou Zenitsu horrorizado.

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Na manhã seguinte, os hashiras estavam todos reunidos na sala esperando o mestre enquanto a atenção da maioria - com a excessão de Tokito, que estava "viajando na maionese" - estava voltada para Himejima e Shinazugawa.

Gyomei tinha um sorriso calmo no rosto enquanto Sanemi parecia uma fera, pronto para desmembrar qualquer ser que tentasse perguntar se estava tudo bem. O mais engraçado era ver ambos com seu uniformes bem fechados, Kocho ria internamente pois já sabia que aqueles dois safados andaram fazendo.

— Querido — o monge sussurrou no ouvido do marido, sorrindo para ele. — Ei, ainda está bravo por causa de ontem?

— Não. Fala. Comigo. — disse entredentes, embora tivesse arrepiado ao sentir o hálito quente de seu homem bater em seu rosto.

— Isso é um sim?

— Gyomei, não testa minha paciência.

Mas sexo não deixava as pessoas mais calmas? Ou talvez ele só precisasse de mais um pouco.

— Você quer fazer amor comigo denovo?

E mais uma vez o albino se arrepiou.

—...quero.

No fim, parece que nem o mais santo resiste aos prazeres mundanos.

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Notas da autora:

Dia 01/07 eu tenho uma surpresa pra vocês nessa fanfic 🙉🙈