➳ Chapter Thirty: Smiles and Kisses

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...

— Quando eu tinha seis ou sete anos, minha mãe me levou numa galeria de arte — é a primeira coisa que Louis diz em sua nova sessão com Mary. Ele não havia faltado em nenhuma. — Eu me lembro de ver quadros e obras que nunca entendi, mas sempre soube que era arte. Eu respeitava o que as outras pessoas tinham feito, porque minha mãe me disse que eram sentimentos retratados ali.

Mary anotava coisas que ele nunca descobria o que eram, mas à essa altura ele já não se incomodava tanto.

— Nesse dia, eu vi um quadro que me chamou atenção, mas depois disso, eu nunca mais o vi — Louis continuou. — Eu não sei explicar direito, não sei se era um quadro muito famoso, mas retratava várias pessoas juntas e uma única pessoa sozinha. Era como eu me sentia na escola. Nunca tive muitos amigos quando era mais novo. E isso só foi mudar quando eu percebi que não faria nenhum amigo se eu não quisesse.

— E como você chegou nessa conclusão? — Mary pergunta, concentrada em sua história.

— Algumas crianças vinham falar comigo, mas eu tinha medo de fazer amizade, por isso não queria me aproximar — Louis dá de ombros, pensando nisso como uma coisa idiota. — Se eu quisesse, podia ter feito muitas amizades.

— Você já percebeu que se culpa por cada detalhe ruim que já aconteceu na sua vida? — Mary simplesmente joga a questão, olhando séria para Louis.

— Como assim? — Louis franze o cenho.

— Louis, algumas pessoas são tímidas, outras são inseguras... Você não acha que se quisessem mesmo ser seus amigos não teriam se esforçado mais? Só para te conhecer. — Mary explicou. — Sim, você precisa abrir a porta para as pessoas entrarem, mas as pessoas também precisam se esforçar para ter você, porque você é especial e merece um voto de confiança de alguém que apareça e te diga que vai lutar por você.

Louis nunca pensou assim.

— Veja, você fala sobre seu namorado em todas as nossas sessões, e sempre fala o quanto ele luta por você todos os dias — Mary prossegue. — E é isso que você merece, alguém que lute por você tanto quanto você luta por esse alguém. Não é culpa sua que tenha perdido alguns amigos e algumas oportunidades. O importante, é que você conseguiu fazer tudo o que queria fazer, e a sua felicidade nunca mais vai poder te abandonar.

Parecia verdade. Mas parecia difícil de acreditar.

— De quantos meses você está agora, querido? — Mary pergunta, mudando completamente de assunto.

— Seis, quase na vigésima sétima semana — Louis responde, acariciando sua barriga no mesmo instante.

— Bom, então, por recomendação, vou sugerir que marque nossa gestação para depois que seus bebês nascerem — a terapeuta sugere, deixando o caderninho de lado. Faltavam apenas cinco minutos.

— O quê? Por quê? — Louis se entristece.

— Estamos começando a fazer um grande progresso, mas se chegarmos em algum assunto muito delicado, pode te fazer mal — Mary explica. — Mas, se tiver qualquer problema, medo, ou se quiser conversar, você tem o meu número. Pode me ligar sempre que quiser.

— Tudo bem — Louis se levanta, devagar, porque é impossível se levantar muito rápido do tamanho que ele está. — Obrigado. Eu vou marcar assim que puder. Te vejo em breve.

Eles se despedem e Louis sai da sala, sentindo suas costas doerem. Ele fez muito bem em escolher seguir o curso de artes em casa e trabalhar com Zayn por telefonemas e videochamadas. Diferente do que ele imaginava, Zayn estava se saindo bem sem ele, e agora passava mais tempo com Liam, que sabia como reproduzir o trabalho de Louis. Então, bem, Tomlinson estava descansando.

one million reasons to stay || l.s. mpreg!louisOnde histórias criam vida. Descubra agora