➳ Chapter Twenty Three: A Very Special Day

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...

O dia primeiro de fevereiro começa horrível, porque é uma terça-feira, o que significa que Harry precisa ir trabalhar.

Na semana anterior, as aulas para Noah iriam começar, mas como a escola ainda estava sendo limpa de toda a neve e adaptada para o novo ano letivo, eles acabaram adiando para a semana seguinte. Então no dia primeiro, Louis precisa voltar a acordar cedo para preparar Noah para a escola. Ele já tinha se acostumado a dormir até um pouco mais tarde e gostava de enrolar o dia todo com Noah no sofá, mas sabia de suas responsabilidades e, por isso, no horário certo, ele está com o filho na porta da escola, ajeitando sua mochilinha em suas costas, conferindo sua lancheira e se certificando de que o paninho do mais novo estava guardado para o caso de ele precisar durante o dia.

Noah se recusa a entrar na escola antes de ver Peter, com medo de não vê-lo naquele ano. Louis está tentando convencê-lo a entrar com diferentes frases motivacionais medíocres e pouco inteligentes para crianças. Ele odeia frases motivacionais, e estar usando várias delas significa desespero. Ele precisa que Noah entre e realmente não é o melhor dia para tê-lo fazendo birra na porta da escola. Louis odeia lidar com birra e agradece sempre por Noah não ser do tipo que faz esse tipo de coisa, principalmente na rua. Mas, como toda criança, ele tem seus dias ruins, que se tornam os dias ruins de Louis, por precisar encontrar um jeito de fazê-lo se comportar sem ser agressivo. Ele também não gosta de ser agressivo.

Louis tenta pensar em uma solução que não o faça se sentir um monstro mais tarde. Seu tempo está acabando e ele precisa fazer Noah entrar. Ele não pode esperar que Peter chegue ou não, além de existir a possibilidade do garoto já estar lá dentro. Ele não pode mimar Noah num momento assim, ou ele pensará que pode fazer isso mais vezes. Suas emoções estão tão confusas nos últimos dias que agora, ao invés de manter a calma e tentar pensar direito, ele quer muito chorar.

E é claro que isso o leva ao descontrole.

— Noah, já chega! — Ele diz, piscando algumas vezes para se impedir de chorar. Ele não pode chorar ali. — Se você continuar com essa birra vai ficar de castigo. O tempo está acabando e você precisa ir para a aula.

Noah pensa em ir contra, pensa em espernear e pensa em sair correndo. Mas ele sente que Louis não está bem e percebe que pode estar piorando a situação.

Ele não gostava de fazer sua mãe sofrer.

— Desculpe, mamãe — ele murmura, apertando seus dedos um nos outros. — Tchau, mamãe.

É uma despedida tão simples e vaga que Louis sente a vontade de chorar cada vez pior. Noah se vira e segue o fluxo de pequenos alunos para dentro da escola, todos guiados por professores e cuidadores. Louis quer ir até lá e buscar seu filho, mas tenta ser forte ao que ele entra sem sequer olhar para trás.

Então, o dia primeiro de fevereiro começa horrível, e promete apenas piorar.

Antes que ele comece a chorar no meio da rua, Louis entra numa lanchonete, pede um suco de maracujá e depois corre para o banheiro, entrando em uma das cabines e então caindo no choro. Ele está sensível, triste e sozinho, porque seu melhor amigo ainda não voltou, seu namorado está trabalhando e seu filho está na escola, pensando que Louis o odeia. Que dia horrível.

É aniversário de Harry, então tudo deveria ser colorido e alegre, mas ele sequer falou com o cacheado ainda, então nada está colorido e alegre.

Ele pensa em ligar para Harry, mas, honestamente, ele não sabe se conseguiria sequer discar o número e falar de modo coerente.

Então, ele apenas espera. Alguns minutos depois, ele se acalma e tenta se recompor, saindo do banheiro, pagando sua conta e indo embora. Ele pega um táxi para casa e, assim que chega, vai se deitar, sentindo sua cabeça doer e tudo rodar. Enjoo e dor de cabeça são apenas duas das coisas que ele está sentindo, mas tudo parece triplicar quando ele simplesmente para e começa a pensar.

one million reasons to stay || l.s. mpreg!louisOnde histórias criam vida. Descubra agora