sakura no mundo de BNHA

Capítulo 7

Inquieto, Tomura bateu nas teclas do teclado várias vezes, atualizou o navegador e olhou para o monitor. Ela só usou o cartão dele uma vez? Para o ônibus e foi isso? Ele não entendeu. Ela podia comprar quase qualquer coisa com o cartão que ele lhe dera. Tinha dinheiro suficiente para comprar uma casa, se ela quisesse. Ele disse a ela para usá-lo, por que ela só usou para o ônibus?

Tomura começou a coçar o pescoço com irritação. Por que ela não comprou nada? Como ele poderia acompanhá-la se ela não usasse o cartão? Ele sabia que ela estava com fome, ele tinha ouvido seu estômago roncando enquanto esperavam pelo ônibus.

A menos que... ela tivesse dinheiro. Ela tinha dinheiro, ele se lembrou das notas que ela tirou da bolsa. Quem tinha dado isso a ela? Por que ele não tinha pensado em perguntar a ela de onde ela tinha conseguido aquele dinheiro? O Mestre a trouxe aqui, não foi? Foi o que ele disse a ele quando voltou para o bar depois de ver o ônibus de Sakura rastejar pela rua.

Ela era dele. O Mestre a puxou de seu mundo para ele, para estar com ele, para apoiá-lo depois que o Mestre não pudesse mais. Tomura arranhou e arranhou, o sangue escorria da ferida, encharcando a gola de sua camisa.

Tomura voltou atrás em todos os seus passos naquele dia. A câmera de vigilância do bar Musutafu captou sua aparência incomum, chamou sua atenção, então ele a observou, viu como ela derrubou aquele ladrão com facilidade, com tanta habilidade e... ela pegou parte do dinheiro? do roubo?

Não, ela não tinha. Ele teria notado. Ele a tinha observado com tanto cuidado, ansiosamente enquanto ela curava aquele lojista inútil e... não, ela devia ter o dinheiro com ela antes de perseguir aquele ladrão.

O que significava... Tomura pegou seu teclado e o jogou do outro lado da sala. Ela conheceu alguém antes que ele a encontrasse. O Mestre lhe disse que não tinha conseguido teletransportá-la diretamente para o bar. Então ela deve ter conhecido alguém antes dele.

Quem? Ele tinha que descobrir.

O Mestre concordou com ele, depois de lhe contar o que havia acontecido entre eles naquela tarde, que tudo correra bem. Que era um progresso e que ela viria, ela o procuraria porque ele era o único que ela conhecia, que ele era o único capaz e disposto a lhe dar as respostas que ela desejava, mas se ela conhecesse alguém mais cedo naquele dia, antes que ela o conhecesse...

Tomura chutou a cadeira do computador para o outro lado da sala, viu quando ela colidiu com a parede e caiu de lado.

"Não não não não. Mestre você estava errado, você estava errado. Ela não está sozinha. Ela não usou o cartão que eu dei a ela. Não posso rastreá-la agora. Tomura virou-se para olhar para seu monitor, a rota de ônibus para o Transporte Público de Musutafu em sua tela. '2:35 pm, Musutafu West, parada 8', apareceu em sua tela mostrando onde Sakura havia descido do ônibus, e escaneou o cartão que ele havia dado a ela.

"Ela não está sozinha." Tomura pegou seu moletom, puxou o capuz sobre a cabeça e saiu do quarto. Ele próprio iria para Musutafu. Ele precisava ver por si mesmo. Ele a encontraria sem o cartão. Ela não poderia ser tão difícil de encontrar, poderia? Uma kunoichi do velho mundo no mundo moderno?

"Tomura Shigaraki, aonde você vai?" Kurogiri perguntou ao homem de cabelos brancos enquanto passava por ele no bar.

"Fora." Shigaraki abriu a porta do bar deixando Kurogiri para trás.

"Deixe-o ir embora." A voz de All For One saiu do monitor no final do bar. "Deixe-o ver por si mesmo quem é seu concorrente. Será um bom aprendizado para ele, Kurogiri."

Kurogiri assentiu. Ele não tinha certeza se concordava com o Mestre, mas não era seu lugar expressar suas preocupações. O Mestre provavelmente estava certo, o homem quase sempre estava certo. A sabedoria tende a se acumular com a idade.