sakura no mundo de BNHA

Capítulo 48

Sua cabeça doía. Ele podia sentir as batidas de seu coração com cada inspiração forçada. Seus pulmões pareciam estar pegando fogo e por um breve momento, ele desejou poder parar de respirar.

Sem abrir os olhos, ele levou a mão à cabeça e gemeu. Mover a mão doía mais do que a cabeça. Ele deixou cair a mão ao lado dele, rolando lentamente em sua cama.

Shouto esfregou a cabeça contra o cobertor macio. Cheirava diferente de sua cama. Tinha cheiro de...

"Sakura?" Shouto abriu os olhos, piscando contra a luz de uma fogueira. Ele tentou se levantar, mas não conseguiu. Ele caiu de volta contra a cama, seu peso demais para seus braços suportarem no momento. A dor subiu pelo seu lado esquerdo. "Merda, o que aconteceu? Eu estava procurando por você e encontrei uma caverna, mas..."

"Ei, está tudo bem. Estou aqui, espere, deixe-me ajudá-lo. O aborrecimento e a frustração de sua discussão anterior foram esquecidos em face de sua descoberta mais recente. "Você vai ficar bem, vai doer um pouco, mas depois de uma boa noite de sono, você vai ficar bem, eu prometo." Sakura acariciou o cabelo da testa dele e colocou o pano frio que ela tinha na mão sobre a cabeça dele.

Shouto fechou os olhos e suspirou. Sua cabeça já estava melhor. Se era por causa do pano ou porque ele estava aqui com ela, ele não sabia, nem se importava. "O que aconteceu?" Ele perguntou a ela.

Sakura mordeu o lábio inferior. Como ela deveria explicar isso para ele? "Você conhece minha peculiaridade, Shouto? Como eu uso a energia da terra e a manipulo em diferentes formas e a uso para coisas diferentes?"

Shouto abriu os olhos e virou a cabeça um pouco, apenas o suficiente para que ele pudesse vê-la corretamente. "Sim?"

"Bem, acho que você pode ter essa capacidade, só um pouco, ou pode ter um pouco dessa energia em você e não pode usá-la. É hereditário, pode ser de muito, muito tempo atrás, mas você tem um pouco dessa energia em você. Você precisa, caso contrário, meus selos na frente da minha caverna não teriam afetado você assim." Ela tentou explicar para ele da única maneira que sabia.

"Drenagem de energia Shouto, foi o que aconteceu comigo, por que eu estava na clínica naquela hora, lembra? Minha energia foi usada até o ponto de exaustão." Ela lambeu o lábio inferior. "Desculpe, eu não sabia que alguém aqui ainda tinha essa habilidade. Achei que eu era o único. Isso é minha culpa por causa dos meus selos."

Ela não estava mais brava com ele. Ele não se importava com seus selos ou com a energia da terra, tudo o que importava era que ele estava aqui, em sua casa, finalmente e ela estava cuidando dele, sentada ao lado dele, colocando um pano refrescante sobre sua cabeça. Ela se importava com ele.

"Eu sinto Muito." Ele fechou os olhos. Sua cabeça ainda lhe doía. Ele queria olhar para ela, mas a luz atrás dela ardia em seus olhos. "Hoje cedo, quando exigi que você me desse seu telefone. Eu sinto Muito. Não sei como lidar com isso, como me controlar às vezes e fico com raiva. Com raiva, e eu vou longe demais. Eu sinto Muito." Ele abriu os olhos e olhou para ela.

"Me desculpe, eu quebrei o telefone que você me deu." Sakura o encontrou no meio do caminho. Ela se arrependeu quase imediatamente, mas não podia, não podia deixá-lo ver as mensagens de texto de Tomura. Se ele tivesse brigado porque ela não lhe deu seu telefone, ela não queria pensar no que ele teria feito se soubesse sobre Tomura.

"Vou te comprar outro." Ele disse a ela, tentando se sentar em sua cama. "Agora, que horas são?" Ele olhou para a frente de sua caverna onde ele podia ver a luz, estava escuro, mas ele não tinha certeza se era porque estava ficando tarde ou se era a profundidade da caverna alterando sua visão.

"Agora, você precisa descansar Shouto. Duvido que você possa andar por conta própria agora, muito menos ir comigo comprar um telefone. Nós vamos pegar um no caminho para casa da escola amanhã, ok?" Ela tirou a toalha da cabeça dele, caminhou até a beira da água e a enxaguou.